Existe um mundo do anseio e outro como que perambulo, em um o sonho, em outro o que me prova nestes dois pontos definidos onde estar comigo é minha história, lugar que por vezes sou deserto sem que a alguém abrigue, senão a solidão que sinta, um lamento choroso onde me vitimizo, sinto saudade, não tem flores nem perfumes somente anseio e sonho.
No meu deserto tenho entanto verso e prosa onde faço meu abrigo, e conto em cada letra o que tenho conquistado, e por contos quase vivo, rude prova estar comigo. Nas vezes que o sonho me toma à letra qual o declino, é como se formasse quadros de mim mesmo a semelhança de tantos outros desertos no caminho, por isso há gosto no deserto, há pensamento que vivo, emoção que me toca, e quando a letra consola e me instrui, já que no meu deserto muitas almas anseiam o mesmo sonho, nunca estando só eu sigo, marcado pelas saudades de momentos bem vividos, sempre que a procura promova um tipo de encontro, de estar comigo.
Sinta, pois minhas mais ternas lembranças, eu que na inocência permite a entrada de sua ciência de ti mesmo, sem pré julgamentos ou imposições de sonhos e anseios, apenas em nossas semelhanças dentro do deserto que temos, e que nos prova, pode ser que a minha vista da rosa e no sentir o seu perfume, marquemos um encontro onde nos pareça que as mesmas palavras dizemos dela, da beleza e nela seu perfume, por vezes esse ato de estar comigo quando permites por vosso arbítrio estar consigo, tira-nos as dores do caminho, como se balsamisasse a alma viajante em corpos diferentes.
Conto do que sinto, depois de me permitir sonhar e no sonho meu anseio, que tu estejas frente a prosa de minha alma com a tua, sem a visita do medo paralisante, nos permitindo apenas o fluir de nossos sentimentos, afinal por anseios nobres nossas almas se afinizam, desde o deserto qual sentimos nossa solidão educativa, que nos prova que vivemos, e nela na existência damos o que temos um ao outro,
Tanto ocuparei meu tempo
Que o ganho será viver de novo
Com a prova de viver comigo
Mesmo solitário, como vivo o verso ou a prosa.
E se porventura entreter uma alma como a minha
que por inocência deixar-me entrar, me amar
Talvez se tenha por desejo de ventura
E me ofereça as cores, os perfumes nas noturnas luzes.
E se me tiver por prova, que seu sentimento por mim cresça
E se torne como chama sempre terna a aquecer-nos
Nas noites frias de nosso deserto.
E a prova que tenho de viver comigo, será ventura minha e a tua toda sua.
Direi é certo que amo, e que meu deserto foi ocupado por seus perfumes, minha solidão preenchida por nossas lembranças, e no silêncio nós diremos tudo um ao outro, como velhos conhecidos que se reencontram na palavra escrita, de nossas almas reunidas, e se o medo por desventura desfigurar um tanto do sonho e do anseio, desistir nunca foi nossa opção de vida, perder somente os espinhos aceitos ou retirados, onde me magoo e me firo, tomo por empréstimo o perdão para amar mais um tanto, vez que o perdão pe forma de estar comigo
E se por desventura o medo de perder, o que penso ter, me retoma.
Digo que o amor eu sinto e jamais me abandona mesmo, em meu deserto de agora
Embora por vezes tome em prova, existir em mim assim é aprendizado
E que descreva sua força no meu verso ou prosa,que é continuo o estar comigo
E finalizo: Ainda bem que vivo...
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Antonio Carlos Tardivelli