quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

32 por um instante de amar



                                                                Quanto a vista se abre

Por um segundo meu olhar procura nas lembranças, naqueles que olhei ao outro para retomar o mesmo olhar a mim, juntos vivemos cada ato como se fossemos nos rebuscando, amamos muito e amamos pouco, nas duas situações de vida hoje avaliamos os efeitos, onde as lembranças nos afetam as emoções retornam, com a mesma intensidade ou maior ainda, porque diante de nós muita vez não mais está a alma mais querida, e nós que nos poetizamos, tornamos musas muitos rostos radiantes, olhares penetrantes como se quisessem nos devassar a alma.

Sei que vou te amar por toda a eternidade, vou construir-te, instruir-te, acomodar em novas lembranças, onde o que era já não sou porque me tornaste outro, mais ponderado, mais amigo, mais compreensivo, então como não amar-te, ou como não ser esse amor ao outro, na medida do que posso por um segundo ou anos dedicados, minha alma a tua declina letras, quiçá por mim descubras que estás em mesma trajetória, isso se farão não por mim mas por tuas lembranças, é objeto do meu amor agora, rever antigas escrituras, medir acertos e erros, redigir da minha alma como dantes foi em minhas lembranças, meu melhor esforço, como aprendiz que sou de mim mesmo


Na hora de todo toque, pelo olhar, pelas mãos, pelas energias irradiantes, que tornam em efeitos como se tu fosses obra minha, mas não  é o que tenho para dar-te para que em tendo semelhanças em ponto de amar-se superior te encontres, novas lembranças felizes serão formadas no tempo que passa em ações pensamentos que são toques de almas que amam amar-se um tanto, e no seu melhor esforço dão a todo tempo o que tenham construido em si, como se renovassem a cada passo, tomando um vaso novo para a mesma substância eterna, tomarás por certo em posse de si o silêncio eloquente, a voz dita com a alma para outra alma em olhar para a compreensão de si a compreender o outro


Basta que te encontre novamente em um renovado presente, para que folgoso e determinado na calmaria dos anos que passam encontres seus melhores feitos como lembranças norteando todas as ações presentes, porque o que vale em vida é amar para além dela, vezes dividindo um espaço com outra alma, presencia-se em sentimentos muita vez conflitantes em ti mesmo, será que estou amando somente o corpo ou sinto a outra alma em seu pulsar constante semelhante ao meu estado íntimo, estou amando e sendo amado pelos meus sentidos e se não estou amando continuo amando , porque amar se dá mesmo quando não é recíproco, porque amar é ser o que se é sem aguardar retorno


A gente invariavelmente analisa o que já passou para decidir o que queremos nos tornar agora, nisso nosso sentimento estabelece um nível de escolhas, não se faz reféns, libera-se, para que fique na constância do amor desejando que seja eterno, até que concluso em nós mesmos que  é assim que é, para nosso espírito, pois  levamos as lembranças do que aqui fizemos, sendo juízes dos procedimentos,  auto aplicando as penas necessárias para ajustarmo-nos no campo de nossos  sentimentos ,


Mas porque ficar na experiência do medo se a alma pode concluir-se eterna, porque tanto desejo de posse, tanta cobiça pelo ouro não possuido, tanto apego as condições do transitado, quando que sendo o se leva é o próprio espírito em qual inscritas as leis eternas, para que sejam lidas pela consciência de si, e aplicadas em toda ação, em todo pensamento, em toda justiça que se encontra nos efeitos delas em nós mesmos, pois a cada um a justa medida dos seus atos, o semeia no campo íntimo se recolhe  no tempo da colheita que obrigatória se torna para a consciência, juiz da pena quando dolorida e por outra que premia com êxtases de alegrias sem fim, quando a vista do amar-se e ao outro se torna harmonia.


O que direi então a minha própria vivência de espírito ?Pelo tanto que amei? Por tanto ter vivido?

E se por silêncio houver sofrido. Mágoa, desilusão, abandono? Haverá amor que suporte tanto?

Que ditado traçará meu verso, se há nas imagens das lembranças como tesouro a mim reservo, ou penúria, miserabilidade, egoísmo!


 Direi que amo: - Aquela em viagem escolhida para ser força que me inspira, e que se tornem lembranças para que mais ame em vida, e noutra, como sempre me amarei e amarei a alma tua, vida que retenho no campo das lembranças minhas e tuas, eu sei então que vou te amar por todo tempo alma minha, do passado contarei em verso e prosa, direi que vivo porque te amo tanto, e se disser menos, nunca será toda verdade que tenho, o amor que vivo em meu sentimento imenso, interminável como a minha própria existência, dito isso por mim, lindo No aconchego desse enlaçar da lei eterna , oculto está meu desejo de ser mais amor que o que sinto...


namastê


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Antonio Carlos Tardivelli