Vezes no histórico de iras com sincero arrependimento, noutras vezes indiferente a si mesmo se abrigando em uma dor que não explica, posto que o espírito criado pelo supremo doador de vida, é para agir no bem que possa a si mesmo dentro das atividades junto com o outro convivente, por ciência que tudo passa na ampulheta do tempo, algumas almas amigas vão primeiro para a casa espiritual, já que todos espíritos na escola terra, a fazer nossas escolhas de estar amigo depois sentir saudades
Na ira roga praga, agride com palavras muito rudes, depois como se um cansaço de si o tomou, a essência grita não é esse o melhor caminho, pois nele não se faz amigos, há um auto isolamento aflitivo, ninguém se importa comigo afirma para si, até pensando por vezes em desistir de tudo, conta uma história dessas tantas que fluem por aí, que de tanto isolamento foi o desventurado por si mesmo, encontrar uma árvore armado de uma corda para enforcar-se, um anjo de bondade luminoso entretanto, sabendo dos seus medos introjetados, por ideologias que o cultuam nas criaturas, com seu pensamento utilizando elementos naturais pensa em uma mão de unhas escuras em pele muito suja, e a materializa à vista do pobre em desventura, e produz voz gutural -Quer ajuda?
Pobre homem, apavorado, correu feito um danado, e nunca mais pensou em fugir da vida, aí tem por vontade reescrever sua história de enganos cometidos, começou em suplica por ajuda, mas que não fosse da mão demoníaca que se ofereceu para ajudar no enforcamento, e o anjo luminoso que estava ao seu lado, sorriu compreensivo da sua inocente ignorância, Deus não sujeita o homem a ausência de sua misericordiosa ação, e sempre oferece oportunidades onde em processo de auto ajuda, e com amparo de anjos tutelares, socorre aquele que suplica por ajuda.
Andando pela rua como se estivesse com o pensamento em prece continuada, avista um mendigo pobre deitado na rua em estado lastimável, era dor maior que a sua isso sentiu em sua alma, nem tinha moradia como ele, era inverno, dobrou-se ante ele com todo cuidado, não queria ofender só ajudar, nem se dar por palavras apenas que bem poderia soar falsas, já que vinha de uma situação de medo e penúria, só palavra as vezes não basta para que sofrer, é preciso o pão da vida para que se entenda a necessidade dentro da penúria nossa, de realizarmos ações verdadeiramente nobres.
Acomodou com cuidado num quarto que tinha nos fundos, deu-lhe alimento, sustento, até que o mendigo falasse, pois mudo em sua dor, ausente de todo amor, tinha uma vida desalentada, primeira palavra que ele disse numa manhã chuvosa e fria foi muito obrigado. Entendeu o que queria desistir de sua vida, que os opostos às vezes se chocam em si, e a cura do que temos de maldades só encontra no remédio na compaixão ativa, que nos parece muita vez assistencia ao outro quando é na realidade cura de todo primitivismo, oportunidade divina transformativa, muita vez encontrada no estudo da palavra do Cristo que ensina, a ver a vida pelo espírito de verdade que envia
Por opção damos a mão, de duas formas distintas- Uma agride, outra aconchega, as duas falam entanto não da necessidade do outro mas da nossa, falam quando são entendidas que conhecer-se é aula ministrada no tempo que se ocupa muita vez o templo corpo temporário abrigo ao espírito ao que esteja sentindo, esperando por mudanças importantes que sempre estão sujeitas ao livre arbítrio.
Mas como contador não posso deixar sem dizer: -Era uma vez uma homem muito irado,sem amigos, descobriu ainda na vida, que a ela que se tem, a gente escolhe, ser feliz como ninguém, ou ser um pedinte pobre,daqueles que tudo tem, mas mendigam por carinho.
Tratam tudo como seu e o que tem é apenas isso, seu histórico de acertos e enganos, e quando isso compreenda com justa profundidade, se transforma, o próximo conto pode ser o seu, mas isso já é outra história de vida. Como você está? Sim claro, você que está lendo! Está de saco cheio, bronqueado, raivoso, irritado? Oh meu acorda! Você está aqui fazendo uma viagem! Então aproveita para fazer novos amigos enquanto aprende que o que vale é Ser, e ter é relativo. Não está aqui só de passagem?
Que marcas quer deixar pelo caminho em você mesmo?
paz e luz
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Antonio Carlos Tardivelli