sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

24 Em partes somos inteiros


Singrando o oceano de eu sou as descobertas podem constituir-se de memoráveis encontros, para nós, para os outros que apenas observam muita vez indiferentes, isso que grande se torna para nosso espírito, para eles pode ser insignificâncias, tudo se mede pela consciência de eu sou aqui e agora, descobrindo-me ser humano com algo dentro que me forma, divino, desde a origem o que à minha compreensão é um grande passo desafiador rumo a máxima compreensão.

Em aparência conflitam um com o outro em mim mesmo, o humano diz eu posso, o divino diz não convém, ou ainda leva para bem longe das aparências quais por vezes estou, ate a estas o divino conflita com o humano repetindo, podes tudo mas nem tudo te convém. Logo o humano quer e o divino pode  dizer não! Não é possível negar o instinto que acompanha o espírito quando este está ligado ao corpo, porém nesta luta interior entre o humano e, o  divino, os instintos são sublimados, como fosse o corpo uma sombra, e a divina essência irradiante de luz a condutora, para as melhores disposições rumo a iluminada sabedoria.


Sendo viajores em dois sentidos, onde em um ocupa um corpo com necessidades de espírito, o corpo envelhece, o espírito soma experiências, uma viagem portanto onde o anjo oculto vem junto a outros trazendo suas melhores vistas divinas, confinando a elas por lei em causa e efeito, sublimação em felicidade, não sem ter passado com obstinada coragem pelas provas aflitivas na carne. Um viaja pelo corpo enquanto o espírito recorda que a vida na sublime aquisição virtuosa, passa pelo exercício no aqui e agora, que é um tanto humano noutro tanto se diviniza por escrituário no livro da vida.


Todos somos no campo da vida em trânsito quando ligados ao corpo, o espírito por ter o divino em si é um questionador de seus valores, uns por influência no renascimento, maternas, paternas, dos avós, dos amigos confidentes, outros por ciência de si mesmo oculta no psiquismo inconsciente, vezes aflorando em virtudes, noutras vezes sombras a serem corrigidas por auto iluminação, sempre divinizando atos, pensamentos, comportamentos amorosos, se erro não me puno com culpas intermináveis, sempre busco a solução no amor a mim mesmo que perdoa, e atrelando esse perdoar-me a significativa mudança de atitude frente a vida.


Decorrente sempre desta luta em mim mesmo,  pois o corpo é como instrumento para o espírito que escolhe as notas em quais se fixa, cantando louvores ou lamentos, e sempre com o olhar voltado ao infinito dentro e fora, que a primeira vista pode ser incompreensível, mas negar o que sente eu sou no mundo, não é possível, sempre me insurjo contra meus equívocos, chegará um ponto onde essa luta silencia, dando lugar a perfeição dita pelo Cristo, para que sejamos “perfeitos como nosso pai celestial é perfeito”.


Desvestido diante do espelho de toda máscara gerada por desatinos, porque a solução de toda sombra está na luz de dentro qual eu sinta ou até veja, pois vestir-me de máscaras daquilo que não sou abre sob os pés os abismos dos equívocos continuados do egocentrismo, o que em muita vez, somente provas dolorosas curam, é a razão sem equívocos dentro da verdade que liberta, que toda dor é como um resgate de nós mesmos, nas oportunidades de vida, moldando a coragem quando necessária, a aceitação quando seja inevitada na condição humana aflitiva, ah mas o espírito, por ser o lado divino em nós, prevê futuras venturas, paz imensa por ter se superado nas provas redimitivas.


Negar essa luta quando todos estão nela na carne não é possível a nenhum espírito, todos conflitam em si mesmos com o nível de constância que escolhem estar no eu sou, ou no eu não sou. No manifesto eu sou por ser divino, posso afirmar-me amoroso no eu eu não sou, nem tanto, esse conflitar leva a ponderar sobre o que posso transformar em mim mesmo, no meu aqui e agora individualizado, comum a todos os espíritos, e cada um escolhe onde por mais tempo fica, no ócio ou no trato de si mesmo todo tempo disponível.


Porque existo sinto eu sou e escolho o nível de sentimentos que me ocupam, tenho verso e reverso, amor e menos amor, no mais, já prevejo a ventura que me aguarda, no menos amor menor alegria futura, afinal eu sou tudo aquilo que escolho sentir, escolho viver sem medos, e se choro abrando este com a força posta em mim que é divina, não mais como esperança, sim como certeza, que tudo posso e analiso tudo aquilo que me convém enquanto no templo corpo, podem haver outros embates para além da vida física, sigo entanto confiante pois se sou guerreiro no agora o serei mais adiante.


Como se pressentisse o que me espera além da porta que chamamos morte, e eu chamo continuidade de ser eu sou em existência infinda, negar o humano e o divino é ficar diante de um espelho escolhendo a melhor e mais conveniente máscara, que não mudaria nada, um belo dia terei que enfrentar minhas lutas íntimas condutoras que são, para patamares vibracionais que me elevam  pela ferramenta em mim chamada eu quero, por isso eu posso, aqui e agora!


 Namastê



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Antonio Carlos Tardivelli