36 Por prestimo de saudade

Eu preciso da saudade para me lembrar querida, do tanto que te amei  em vida, sentimento permanente pois nada se me apaga da lembrança, te levo porque amo, te sinto vida dentro. Rogo, preciso da lembrança, porque é aquecente ao espírito que procura estar no sentimento verdadeiro, mais amplo que supera o tempo de uma vida, se a temos e de pessoa distinta, pois prefiro estar entre a multidão!

Às vezes rememoro porque sinto que preciso da saudade, noutra ciência de mim mesmo para sentir que me renovo no presente, em todo sentimento que se me ocupe o pensamento, por vezes, é um rosto noutras vezes apenas circunstância de momento, um riso farto talvez permaneça na lembrança, uma palavra amena carregada de ternura sempre fica, se não como lembrança específica por energia envolvente que muita vez não entendemos de onde venha

No meu centro egóico quero e preciso de toque, no meu centro de ser espírito compreendo, que a palavra é toque entre almas que se afinizem, por vezes nem precisam ser ditas pois o olhar e sentir nossa alma e a outra já é também toque em si mesmo, quando do sentir-me amado que alegria, quando do sentir que amo ah que êxtase de venturas.

Tendo muita vez necessidade de carinho, não porque seja carente, não tem nada a ver que o quero ter, tudo a ver com o que sinto ser, e trago do amor em pequenas doses de meu tempo, quando escrevo, por vezes meu espírito se confunde em tanto amor que trago de outros tempos, porém como entendo, que sendo luz ao meu espírito a luz acomodada dentro me norteia em sentido único, e quando deseja visita meus sentimentos quanto agora me coloco a pena, descrevendo sentimentos.

“Sim, eu preciso da saudade, para sentir vida - Quero ser lembrança de ternura

No sonho de tornar a terra prometida fértil - Afago terno em cada presente que ofereça

Colher flores que embelezem a vida- Que se colham frutos de minha alma peregrina

pois quero ser lembrança em ternura, que guardes pois do meu gosto, rosto, meu riso

e da minha alma somente a semente que trago do amor que sinto”

Que a minha alma quanto sinta a sua seja um verso dito e sentido a dois, que meu gosto seja pelo seu compreendido, e se meu rosto ficar a lembrança do que digo, seja lembrança que evoque ternura, que tenhas retida para dar aquela alma que ficar diante da tua, que seja semente que se cuida, com carinho e se precisares de outra vista mais aprimorada pelos teus sentimentos, pegue cada parágrafo e escreva o que nele  sinta que falte, mas que em ti esteja vibrante no desejo de ser sentido, e que assim não seja verso ou prosa de uma alma apenas,mas de duas, três, quatro e tantas quantas nos sentirem verdade e vida.

Como fossemos uma única árvore oferecendo frutos que sejam agradáveis, ou se ainda flor que traga perfume…

namastê