Na paixão como atração por uma contraparte, vezes cegante, e vemos belo o que é feio, ou o feio que vemos belo, até que se aprenda a verdadeira beleza, da trajetória em mim e no outro, sempre o sonho que se anseia junto com outro, nos aproxima para natural descoberta, se ambos queremos seguir juntos, e tantas vezes nos apaixonamos mas partimos e não damos conta do quanto, enquanto poeta e poetisa sendo tratados em vida, porque não se torna poema o que não se vive!
Mas tem um dia que a paixão se vai para dar lugar a outra, um rosto por mais querido quando parte é muita vez esquecido, até que se reviva em uma lembrança, e por força de espírito para se tornar poema, e que pode ser no formato de um canto da alma que se aflige, posto que já que me apaixono pelo sonho, em futuro incerto me posiciono, ter ou não ter, ser ou não ser! é o que me toma por vezes.
O móvel da primeira paixão, um rosto, que mais parecia um imã de uma experiência comum mais antiga, foi embora e levou junto dela tudo o que eu sentia, deixando apenas uma lembrança, da posse que tomou-me o sonho por apaixonar-me novamente, estive triste e solitário mas continuei na lida de viver um dia após o outro.
Não demora e outra surge pois cada movimento algo nos ensina, era mestra de ternura, indiferente a mim a não ser pelo dever da instrução que tinha, era como se eu penetrasse em seu saber e a admirasse um tanto, para impressionar ou o desejo que assim fosse, me esmerei para ser o primeiro dos que recebiam seus ensinamentos, e o fui por algum tempo, minha alegria é quando sorria para mim por premiar o meu esforço, com um lápis e um caderno de folhas brancas, mas também se foi com o tempo, para que pudesse escrever em mim outras páginas em branco.
Tive uma outra, que ficava observando a rua na janela, nunca falei com ela, já tinha doze anos, olhos negros pestanas largas, olhar como se visse e entendesse tudo a sua volta, só não me via, eu que sonhava, talvez todas essas minhas paixões e sonhos, fossem degrau a degrau motivando meu renascimento, ora sonho ora desejo de tornar real o anseio, desta vez quem mudou fui eu e tanto a paixão como os sonhos se foram, mas deixaram suas marcas.
Aos dezessete, confidenciei uma nova, surgida como um anseio por sonhar, a hastes ressequidas em um vaso posto ao meio de uma mesa, era um segredo oculto mas foi descoberto e foi chocante em mim o efeito, passei a iniciar o versar sentimentos, rudemente claro, pois ainda não tinha sonhado tudo o que havia na minha trajetória por sonhar, por ter anseios, para que se abrisse o portal de minha alma, onde não por apegos, sim por lembranças, recordasse toda ternura experimentada como se a todas amasse ternamente.
Mas tive que partir e levei todas as lembranças, doeu, mais a princípio encheu-me de ilusões e anseios quanto a isso, porém segui em frente vivendo cada paixão que tive. Por já ser poeta sem o saber ainda, levei-as todas da mente para o coração que hoje as sente, na saudade,com cada lembrança na vida que passei por um dia, uma semana, um ano já não sei.
Não das pessoas que continuaram vivendo suas paixões, suas ilusões, seus erros e acertos, sim de todo sentimento marcante que ficou delas de todos esses movimentos de vida, aprendi a esvaziar o sentimento quando percebia muita paixão no sonho, para não sofrer, tomei-me por outra, na palavra escrita, nos versos de minha alma, no conto de história passada como se o enfeitasse nas palavras lúdicas e felizes por tanto sonho e paixões que tive, e o que tanto movimento dentro primeiro me tomou depois tornou o que estou agora.
Nem em de tanta beleza do principio ao fim de cada passo ou verso, de todo conto de minha vida, dela mesma retida em lembranças, amadureceu o poeta nos contos em sua paixão pela letra, morta que deu vida, ainda retenho pela vida paixão e sonhos, que busco fixar em letras aos setenta anos. Por isso permaneço estando aqui e agora diante de tua vista
Meu verso às vezes meio louco, por tanta palavra de história que ainda seja dormente, desperta no traço com o que tenho reunido em virtude e imperfeita expressão,pois por vezes sonhos reais, noutras ponto de ilusões fugidias, mas na continuidade de vida sigo traçando agora com o que tenho, vezes como agora relendo antigas histórias escritas por mim mesmo em minha alma, talvez seja toque em outra que o sonho de poeta esteja, que viva a semelhança, uma paixão em sonho tão forte que viva comigo desde a primeira letra uma paixão tão forte!
Se não que parta indiferente, porém minha paixão fica. E eu continuo vivendo...
Ainda que tenha tido mil vidas e outras mil eu viva, sem sonho e paixão seria como se nao vivesse
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Antonio Carlos Tardivelli