domingo, 18 de fevereiro de 2024

37 Quanto fale a alma


 Em uma espécie de caminho visto que os momentos são sequentes como se fossem passos dados, desde a primeira letra, quantas almas se somaram a minha em sutil inspiração, vez que nunca ando só e os aprendizados são continuados onde se deposita fervor, determinação, como algo inscrito a nos nortear direção, por ser a prosa um caminho na linguagem, ela foi desperta pouco a pouco, como se minha alma falasse consigo mesma e com todas as testemunhas no entorno, invisíveis se as quiserem perceber pelos olhos físicos, perceptíveis pelo olhar da alma.

Tenho medo disse minha alma muitas vezes, impulsionada entanto a seguir em frente, chegamos agora, e seguindo essa”voz” interna, que como que diz que reconhece o caminho, feito ele de presentes nem sempre agradáveis, harmoniosos, onde minha alma encontrasse paz, muita vez somavam-se aflições como as vinculadas aos medos, parar e apenas observar a passagem pela vida, nunca foi opção, sempre algo dentro motivava ao próximo pensamento, sinto que sejam todos em semelhante descoberta de si mesmos.


Uns sendo motivados por sonhos em desejos humanos e ora divinos, porque se encanta toda alma a algum tempo dentro das circunstâncias de vida, quer seja por vivências renovadas ou por lembranças tocantes na convivência fraterna, e o que me move o espírito posto a letra, são as similaridades quando penso no que sinto, dentro do amplo campo coletivo, falo do eu porque todos temos em comum esse trajeto, do eu posso tudo o que sinto, entendo entanto enquanto caminho inspirado ou por meu próprio arbítrio, que nem tudo foi de acerto, como se caminhar pela autocompreensão fosse sombra e luz, acerto e erro, reparação em arrependimentos 


Na somatória dos desejos, foi preciso que minha alma desenvolvesse uma espécie de linguagem para falar consigo mesma, pois o entender o que se faz aqui e agora é premissa de futuro em colheita obrigatória, que tanto pode ser de alegria ou dor, amor ou menos amor, compreensão ou nos aprisionamentos do ego, não compreender-se para onde se vai se construindo nos presentes, estacionárias estão as consciências, que no caminho de vida anseiam que tudo lhe seja dado, sentimos na nossa, que é como estar cursando escola, onde se teoriza e se pratica, nos pensamentos que se tornam palavras, nas palavras que falam de nossas almas.


Entender o que somos nos é dado se buscamos, batendo a porta do conhecimento mais profundo, quase místico por vezes, onde o pensamento age na intuição manifesta, e seguimos escolhendo posturas diante da vida, como se fossemos o construtor que de pensamento a pensamento, ação a ação, tomassemos conta da obra em nós mesmos, que é fácil, ninguém o dirá, porque há confrontantes por mudanças que importam, vez viscejamos no lodo das incoerências, noutras nós compreendemos um tanto e nos firmamos em propósitos enobrecidos


Se conto de ventura em nossos feitos, nunca estaremos distantes em posse de amar e ser amado, se bem que precisamos de instrutores neste caminho, alguns a nossa percepção, se tornaram mestres das letras que precisávamos para entender os místicos caminhos pela linguagem, em outros momentos por mestrado de nós mesmos ampliando a nossa vista de alma, pois, depois do aprendizado vem a prática consequente, e quando praticamos o que realmente somos, nos tornamos referenciais para outros que pensam como a gente, que discordam, que mesmo em si conflitam procurando o mesmo caminho por vivências construtivas, uma é mãe, outro é pai, outro irmão ou irmã, depois penetramos com entendimento já formado na grande família humanidade.


Veja olhar amigo que dispôs do seu tempo precioso para esse tipo de releitura de nós mesmos, falamos na primeira pessoa, pois é constante em semelhança em todos nós, se paramos para pensar no porque aqui estamos, no porque pensamos como pensamos, sentimos como sentimos, e em um mundo de lembranças vezes lúcidas de todo trajeto que fizemos estamos como se remarcando nosso reencontro, como Paulo em sua estrada de damasco, cá estamos nós na nossa,como dizendo ao mestre em pergunta importante a nós “Mestre o que queres que eu faça” sim, porque esse mestre instrumentaliza nossa obra em nós mesmos por sua boa nova


Logo as vozes que são testemunhas silenciosas de nossas escolhas, se unem em transcendente postura verbalizada, dizendo como que nos intuindo a ser:


“Deixa de ser meu amor

Para ser encanto a quem sinta

Porque amar não é ter

Sim dividir o próprio ser!

Com quem sente que também ama!

Que é amar então indaga a voz da minha alma?


Veja bem responde no silêncio.

Se teu amor é verdadeira fonte de ternura

Embale os sonhos de todas as criaturas

Com versos que trazem sonhos

E que sejam pintadas imagens reais

Para quem sente o verso

Como a voz da própria alma...


Amas? Então compreendes esta fala..”


Antonio Carlos Tardivelli

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