quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

43 a ovelha do bom pastor


“Nenhuma das ovelhas se perderá” foi a fala do senhor a nossa humanidade, entanto que não se acomodem os maus em seus maus pendores, pois a justiça sendo perfeita porque divina, oferece ao autor da obra o efeito, desta forma cada um recolhe em si o que estando dentro semeia no seu entorno, essa fala trata no tempo do senhor que tudo sabe, o mal é ausência do bem, e a compaixão sendo obra divina, providência ao bruto morada inferior onde, refaz toda trajetória, deste ponto, as ovelhas que se desgarram do aprisco, em função da sua violência serão conduzidas a moradas em estágio tão primitivo ou mais que a própria terra para refazer o seu caminho .

Olhando para a humanidade, quantas vidas em diferentes estágios conscienciais. O mais embrutecido não vai entender o que estamos colocando, mas fica gravado no seu psiquismo o que trazemos a revelia desse, importa que um dia desperte onde esteja, e reavalie seus procedimentos com essa base firmada em seu inconsciente, assim bruto e aprendiz caminham juntos no mesmo presente, chega a hora de recolher os dividendos junto ao que aprende na aplicação prática, então a fronteira que os mantém próximos se distancia, ao que absorve os ensinos se eleva, enquanto o outro estaciona nos primórdios de sua existência.


Ao que aprende absorvendo os princípios faz a redescoberta de si observando suas potencialidades dormentes, desperta-as na prática diária destes bons princípios que o movem em elevação voluntariosa e disciplinada, tendo a vista mais a frente, não como prêmio mérito, sim por resultante de próprio esforço discernitivo, do bem que pode, do que deve por dever a si, tornando o amor uma constante em atitudes, comportamentos e pensamentos, ainda pode reter impulsos menos nobre, mas atento a si melhor se torna


Diante deste quadro presente, onde se enquadraria sem o entendimento da repetição de existências seqüentes, em moradas diferentes aqueles que, não se situando na mansuetude e calma, que prepondera em mentes e corações ajustados e equilibrados, dentro desta vista, de esperança futura se perderiam para sempre? Não seria mais justo diante da perfeita justiça eterna considerar que, o que se embrutece, que tem encontro marcado consigo mesmo no espelho da vida primitiva por justo estágio. Assim como foi a terra mais primitiva, hoje é hospital e ao mesmo tempo escola, e já que os mansos e pacíficos terão ela por herança, anote que os brutos são como o joio que  é  separado na colheita. Almas mais primitivas são levadas por arrasto vibracional às moradas condizentes.


Desalojados, portanto da excelsa proteção do amor paternal e justo do criador de todas as coisas? De certo que não, ele que tem em si e que é desde sempre, justiça e misericórdia, promove oportunidades de refazimento que muita vez nos parece castigo, se não compreendemos o conceito de justiça e o alcance da misericórdia divina. A pista oferecida pelo divino missionário da paz, entretanto, oculta em si algo que se deva considerar sob o ponto de vista da existência eterna dos seres que, nascidos do espírito, vivenciam experiências enriquecedoras às suas personalidades.


Com reclamos por vezes injustos diante da dimensão das adversidades, muito do perfeito entendimento se perde, das verdades mais profundas sobre a existência do espírito humano, posto que o próprio homem teceu a si, no campo das idéias e concepções sobre a transitoriedade da vida e, a sua necessidade de entender de onde veio e para onde vai, equívocos enormes e por vezes sem o socorro de mentes mais esclarecidas, de difícil transpor.


Essa idéia de que “nenhuma das ovelhas se perderá”, nos remete a reflexão de quanto somos de onde viemos, para onde vamos com o que estamos realizando em nós mesmos, e o quadro que se forma pela via da intuição, pois nós tratamos dentro do campo físico de algo abstrato, e que na simplicidade da síntese oferecida quer dizer que, ninguém se perderá, variando o maior ou menor tempo dentro da justiça eterna do senhor da vida, segundo a disposição íntima dos espíritos criados em igual oportunidade de vida.


Existem desvios no caminho, mas todos eles quando distanciam-nos de leis naturais que regem todo processo, exigem de nossa individualidade um ajuste diretivo, acontece por via íntima a cada ser e a insatisfação, o desejo de algo inexprimível ocupa o inconsciente, e como resultado a tempo de maturação a volta da personalidade eterna ao ponto de equilíbrio, onde seu discernimento pode avançar significativamente. melhorando pouco a pouco seu estágio vibracional, do bruto ao mais elevado



No campo da humanidade, como podemos sentir, a violência e os instintos mais primitivos preponderam, são ovelhas que se desgarram e que escolhem a faixa vibracional que desejam se situar no momento cósmico. Claro que isso em demora acentuada, conflita com a lei natural que impulsiona o ser para sua destinação inevitável. Aí se encontram as razões para tanta dor e desarmonias diversas.


Quando o divino condutor afirma que nenhuma se perderá, sua vista está para o tempo eterno, e sua capacidade de abstração e análise muito elevada, oferece uma estrada reflexiva que quando a personalidade encarnada atinge o grau vibracional onde a percepção possa ser atingida, o entendimento acontece de forma clara e inequívoca.


E em repetição as palavras postas no meu passado eu digo hoje neste presente:

Felicidade é ser e estar. É caminhar pela imensidão. Compreender o perdão. Oferecer a vista do outro

Sem os limites do ego. O que sente sobre ser eterno. É crescer enquanto se caminha. Compreender esse processo. Sorrir na jornada infinda do progresso. Mas se chorar também entender que aconteceu algum desvio, e em tempo que pode se perder a vista do entender de agora.O chamado a consciência é esse: Deixe-se visitar pela esperança. E a cada lição que absorve.Se liga ao mais alto e mais nobre. Então a ovelha se sente salva. E o divino condutor a abraça. Venceste... Venceste minha amada...


Eu sei, eu sei... Teu nome sagrado meu amado, então responde feliz…





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Antonio Carlos Tardivelli