Choro de criança, parece um conto antigo onde antes foi apenas riso, no campo de vida muita histórica contada à luz de uma fogueira, ou na penumbra sentados na rua sob as estrelas. Conta-se da tristeza doutros por terem se separado de alguém querido, ou de uma alma tão bondosa, que ria todo tempo esperançosa quanto ao futuro, pois marcado o encontro pelo mestre divino, foi tocado em sua intimidade de forma a lhe fornecer vista justa sobre si mesmo. Não que se veja já perfeito como o pai criador é, sim como um guerreiro que diante dos desafios de vida, jamais desiste de si mesmo.
João Roberto contava de Pirim, um garoto sorridente, que de cima de uma árvore ouviu Jesus pregando, que corria pelos campos sorridente e feliz em seus andrajos rasgados e desfazendo-se por tempo de uso, denotando pobreza material e ao mesmo tempo no sorriso riqueza presencial.
Alguns que o conheciam o diziam meio doido por falar por vezes sozinho, vez que via o que a maioria das almas não via, crianças como ele brincando, adultos luminosos como anjos amparando os sorrisos e lágrimas, pois na terra assim como no campo não visto nela pela maioria, a vida segue seu curso interminável, pois essa veio da perfeição divina, e o que nos resta, é ser esperança enquanto vida, no sentir, no falar, no sorrir, porque se pode andar ou rastejar em colheita obrigatória, já que “a cada um é dado segundo suas obras”, o que temos em comum todos nós crianças espirituais sorridentes ou não, é a vida eterna, cujo encontro se dá com ela em entendimento, nas palavras sublimes do verbo divino, o messias enviado.
Criança é assim, cresce com as experiências de vida, vez aqui vez acolá, noutra esfera donde do ponto de vista de criança na terra, só existe a lápide, nada mais, porém todos hão de passar pela experiência de ser somente espírito novamente até o ponto onde consciente de si escolha onde ir e porque ir,, sem o peso do corpo a arrastar na duração dos anos que são em verdade oportunidades realizativas, da coragem, da perseverança, do agregar valores que jamais se perde, pois a vida da consciência espírito, só soma elevação, e se para ocioso, a dor o movimenta mais acima obrigatoriamente pelas leis divinas.
Lá no monte das oliveiras, havia um campo a contar história. Conta-se que tinha vindo um homem de porte belo, que pregava algo lindo.E Pirim que a noitinha se escondia lá na oliveira mais alta, ouviu tudo o que era dito.Viu em noite fria e escura, os archotes da loucura, pegar o tal homem!Depois disso ninguém mais viu Pirim! Evaporou-se! como que partindo para realizar seu sonho, chegar ao ponto de descobrir por sua consciência maturada o que disse aquele mestre quando afirmou que o reinado dos céus está em nós e tudo fora é instrumento educativo para o espirito, até que este se torne mestre de si mesmo.
Olhe aqui você que lê, seu encontro está marcado com o mestre que Pirim ouvia, crendo ou não isso acontece de forma inevitável, pois o amor encarnado no Cristo veio para nos ensinar o caminho, e caminhar com nossas próprias pernas bem motivados pela esperança que nos concede.Enquanto choro, agradece, pois tua redenção se aproxima, quanto entendas no agora, ou no tanto que endenderás se persistires na melhora de ti mesmo.
Enquanto Pirim chorava e pedia pelo mestre que ouviu um dia de cima da oliveira, envolto em luz cegante como Paulo na estrada de damasco, ouve: Pirim eu sou Jesus e pasmo suas lágrimas secaram para todo sempre, pois aquele que é caminho verdade e vida lhe ensina algo novo, nem tão novo, pois passamos a lembrar de todo tempo passado nas experiências de vida, e a única pergunta do mestre de amor, é” O que aprendeste Pirim?
Afinal a alegria de estar entrando no reino dos céus em nós é só nossa, por nosso livre arbítrio, sob o olhar carinhoso do Cristo que veio para curar nossos adoecimentos de alma;
Namastê
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Antonio Carlos Tardivelli