Qual seria a primeira coisa a ser dita por nós se a situação não fosse de uma historia tornada letra, sim de algo que diretamente nos tomasse a consciência, de certo que a primeira vista de mim mesmo eu diria: como assim morto? Já que penso no que sinto e me sinto vivo! Eu diria que não estou morto. Diante desta realidade minha, não me furtaria a consciência de rever meus feitos, já que vivo, levo o que tenho e o que tenho é somente o que sou, tudo mais no físico e no espiritual é lição a ser absorvida.
Portanto se os mortos falassem seriam ótimos contadores de sua história de vida, pode receber por nós pouca importância ou nenhuma, vez que temos uma certa incapacidade de ouvir sentindo o que sente o outro, veriamos nas semelhanças das experiências algo rotineiro, enfadonho, mesmo que composto de movimentos históricos felizes que trazemos em ser por semelhança. Ou ainda na pressa em nossos julgamentos, se fosse um morto de nossa relação que se manifestasse em forma de espírito elevado, de certo que afirmariamos não é ele o que conheci em vida, não era tão meigo e tão elevado, ate um tanto incapacitado de expressar-se dignamente ou claramente, não é ele é outro, afirmariamos convictos.
E se os mortos falassem de alguma forma como inspiro aos "vivos" é porque estariam concientes de si, e a existencia nossa e do outro tomará novo rumo no nosso discernimento, aquele que foi primeiro no caminho trilhado por todos chamado morte, em continuando sua existência, concluiremos que a dele e a nossa não termina, vez que sua verdadeira identidade seria manifesta de forma mais contundente e verdadeira, no que ele sente e se expressa para nossa consideração, veríamos que além da vida há um processo de evolução da consciência, do patamar que fez de si, a outro que se eleva um tanto mais depois da lição apreendida no templo corpo.
Seria intrigante essa “nova” consideração de nossa parte, nos veriamos nos mais adiantados que nós, oportunidade de aprender com eles, nos amplos aspectos de ser, a identificação do que falta realizar em nós, aprenderíamos sobre os profundos meandros da verdade libertadora, como assevera o Cristo, entenderíamos porque seus primeiros discípulos afirmaram indagantes quando questionados : Mestre a quem iremos se somente tu tens palavra de vida eterna?”, compreenderíamos que sendo a vida um constante fluxo, estando frente a frente conosco mesmo todo tempo, de certo que nossa afirmativa entre os sem o corpo físico seria a princípio: Estou vivo! Depois desta descoberta só Deus na conduçao do nosso espirito.
Concluiremos as nuances dos aprendizados anteriores, como base que fundamenta o que nos sentimos estar, e longe de nos acomodar, como é de nossa natureza íntima, questionamos nossas crenças e valores diante de nossa realidade de ser, vivos, enquanto espíritos e, mortos enquanto desligados da natureza física, nos movimentaríamos como é de nossa natureza íntima em processo de renovação de nossos conceitos, como em semelhança a Paulo, na sua estada em Damasco descrita no evangelho, um verdadeiro renascer de novo, como renascemos tantas vezes em uma só vida quando nos decidimos a nos educar e praticar a moral do Cristo, dentro da paz que nos deixa e da paz que nos oferece, exemplificando o que ela é, um novo homem/a surge retomando na continuidade de ser caminho no reino do senhor.
Que é amor, que oportuniza o reencontro de almas em vida imortal de espírito, onde também aprimoramos nossos sentimentos e sempre nos elevando juntos, afinal para ser bondade é preciso da presença doutro em nossa existência, assim como para recebê-la necessitamos discernir o que ela seja, nos sentirmos aprendizes no constante fluxo de vida eternizada em nosso espírito, isso, vida eternizada, só se concebe quando se sente a perfeição divina em sua obra que somos nós, não nos cria para sermos sempre simples e ignorantes de nosso próprio ser , nos confronta com provas e ou expiações bem justas, em um caminho aquisitivo sem violentar nosso livre arbítrio, isso porque aceitar, resignar, aprender, conquistar-se, aprimorar-se é condição existencial que não termina e que é a constante em nosso ser aqui e agora e depois desta passagem pelo templo corpo.
Ora, ouvindo os mortos, descortina-se ao nosso discernimento que estão vivos, como foi afirmado pela sabedoria dos antigos, inspirados certamente pelo divino em esperança porvindoura, Deus é Deus dos vivos, logo percebendo que nossos instrutores em amar, nossos pais, filhos, amigos tão queridos, continuam em seu fluxo continuado de existir no que continuam estar, logramos entender um pouco mais a perfeição da criação divina, e concluímos que temos um longo aprendizado em ser pela frente.
Mas proibiu-se de ouvir os mortos, então a cena do tabor foi inexistente? Uma fantasia? porque ali um vivo educador e amoroso, falou com Moisés e Elias, frente a três que o testemunharam! Rompendo, e dando ao mesmo tempo uma roupagem nova em conceitos sobre a vida em seu fluxo interminável, mesmo aos corações mais empedernidos da época em que se manifestou, gravando em seus espíritos os princípios da continuidade da existência, da interação entre os vivos, calando a voz dos que afirmavam que nada mais existia depois do corpo deitado a terra tido por eles como unica e ultima sua última morada.
Não é necessariamente certo que todos compreenderão a temática proposta, dentro do espírito de verdade que está em nós, se não os dissermos entretanto, nosso criador providência que as pedras gritem as verdades que nos libertaram, da ideia da condenação eterna, para outra onde dentro do conceito “Na casa de meu pai existem muitas moradas” e nosso corpo para o trânsito do nosso espírito no campo das experiências, é apenas uma das muitas, onde nos abrigando nos fornece oportunidades de nos transformarmos no homem novo, espiritualizado, ciente do reino dos céus construído pelo Cristo em nossos corações, cujo reinado não tem fim.
Sempre nos alongamos um tanto, para os pacientes, um motivacional de reverem seus valores, para os impacientes, um longo caminho a sua frente para chegar onde já estamos, em espírito e verdade, sem vaidades, sem ostentação, tentando ainda em nossa inferioridade seguir amando, observantes do caminho da Cruz, com o Cristo a nossa frente.
namastê
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Antonio Carlos Tardivelli