No coração do homem, sombra e luz ele pode impor-se, em um o orgulho, causa primária de tantos males visto que o orgulhoso supõe-se e nisso crê, estar muito acima dos seus semelhantes, quando a realidade é bem outra, diante da dureza de coração que o orgulho provoca, se fecha para as mais nobres lições que a vida oferece, muita vez no contato com aqueles que seu orgulho não suporta, os simples, que não tem como ele a ânsia do ter, do domínio sobre outras consciências, ou ganância, pois uma sombra faz com que se desenvolva outra mais doentia ainda.
O humilde por sua vez, se devota a conhecer-se, mede seus feitos e seu coração vai se preenchendo de saberes sobre si, pois se mantém na posição de aprendiz frente a vida, é alguém que se destaca por sua pureza de intenções, sempre aberto para receber o que se lhe acrescenta, humildemente aceitando as instruções de vida, que de forma igualitária é oferecida a todos pelo Criador, enquanto o orgulhoso resiste a virtude, o humilde purifica-se verificando em si seus avanços, quando não, passando uma vida toda em postura pacificada, não lhe arde na alma o fogo da posse nem sobre os bens materiais nem como forma de sobrepor-se aos semelhantes.
Impossível pensar na humildade que pode ser de nossa posse, sem auto avaliar o ponto que ainda se encontre nosso orgulho, de certo que na postura de aprendizes que somos, os sentimentos que menos nos elevam vão se diluindo, como a luz por disposição nossa, acesa no cômodo escuro que ao ser acionada preenche todo ele, na humildade aprendemos a esperar de forma ativa, como quem tem esperança de tornar-se uma pessoa melhor, visto que essa virtude manifesta, sempre trata seus semelhantes com compreensão e ternura, aceita com naturalidade a onipotência do senhor da vida, pois compreende-se não como obra do acaso, mas com um ponto em si virtuosissimo, onde afere as próprias forças no caminho sob o lastro da compreensão da própria essência, que é divina, e que deve ser tratada acrescentando depertamentos oportunos.
A humildade é inserida no processo de auto aceitação das limitações quando na experiência corpórea, entretanto, por sua vista de aprendiz, absorvendo as lições de vida, sabe-a que não termina no último suspiro do corpo, pois sente a perfeição da criação divina em si mesmo, já que pensa e sente sendo observador de si ativo, rebusca-se fazendo com que reverbere em suas palavras e ações, os ensinamentos do maior mestre de todos, que já vivenciou em um corpo a experiência de amar-se e amar seus semelhantes, sendo ele o mais perfeito manifesto do Pai que é supremo amor,, ao campo das angústias inquietações e medos,ainda hoje que ocupam o campo terreno, pode ser entendida como questão de crença para os que veem ainda pouco, em nossa humilde posição de espíritos entretanto, por entender assim, não houve um que fosse o caminho a verdade e a vida tal qual é nosso senhor Jesus Cristo.
Ele que humilde, e aprendiz do pai como asseverou que com ele aprendeu para realizar o amor, foi tomado por seu amor pela humanidade e mesmo antevendo por sua condição Crística, que não seria aceito, seria torturado e morto pela crucificação, orientou-se por aquilo que trazia do pai em si, por ser eterna a vida, alertou-nos quanto a essa, com sua sacrificial postura, e das nossas necessidades, de passo a passo na existência seguirmos após ele, pois seu exemplo por mais que sejam adulterados segundo interpretações dos textos sagrados, ninguém tira sua condição Crística, nem a nossa por sermos ovelhas do seu aprisco, é por ser posse dele no contato com o pai criador, como nos ensina na sublime oração onde se afirma que o Pai celeste é “nosso” pai, não somente dele,
Na sua condição de educador sublime, mais que ajoelhar-se diante de seus seguidores para lavar-lhes os pés, ele lava a alma de quais creiam nele, não de forma mágica e sem que tenhamos que conquistar virtudes, as mesmas que em semente junto ao bruto, faz despertar o ser que sublima seus sentimentos, a humildade é uma delas, que exercitada no dia a dia como oportunidade realizativa, com cada vez mais consciência de nós mesmos, é como um imã poderoso, ou uma seiva de vida que oferecendo a semente divina que estamos enquanto no bruto, no nosso primitivismo, a possibilidade real não fictícia, de nos elevarmos ao reino do senhor em nossos corações, carregando por arrasto vinculação, a humildade ativa, ligando uma virtude a outra que lhe seja consequente.
Assim amados, o caminho da cruz é um sequencial de conquistas meritórias que a humildade se sobrepõe como virtude, para o excelso trato de nossa alma por nós mesmos, para que sejamos perfeitos em nossas ações como agora já identificamos, neste ponto da nossa humana idade, que sendo Deus a perfeição suprema, nos outros os supremados, pela palavra do senhor, verbo divino, podemos desde agora humildemente, sermos perfeitos como nosso pai celestial é perfeito.
Mas, entretanto,porém, toda virtude desenvolve-se no forno privativo individualizado, onde confrontados nas situações de vida, escolhemos nosso lado luz ou nosso lado sombra, ou na humildade ou no orgulho, na primeira como virtude a luz se faz ao entendimento mais clarificada, enquanto no segundo cega cerceando a justa vista sobre nós mesmos, podemos nos tornar o quarto escuro fechado em nós mesmo, nos situando em situações dolorosas ao nosso espírito, ou na postura humilde, acessando as ações todas com o princípio na humildade, que se dobra ao pai, com fez um de seus primeiros seguidores, “quem vê o filho vê o pai” quando disse: Senhor fortalece minha pequena fé, e o abundante amor do Cristo encarnado ,como verbo divino diz ao nosso coração: Toma tua cruz e me segue.
Se meu amado, deixaste ser tocado pela necessidade em ser humilde, reavaliaste seus valores, pois o eco de nossas almas sintonizadas no caminho do bem, só nos acrescenta um ao outro renovadas posses, onde a compreensão e o amor torna-se nosso norte, e o verdadeiro amor é, porque foi, e será, no cristo encarnado, que como humilde emissário da vontade do pai a realizou frente a nós, para que entendamos que amar é o caminho, por verdade, vemos isso como parâmetro a nós no Cristo, e só vivemos verdadeiramente quando entendemos isso.
Leve é o tempo ao coração que se purifica, no campo proativo de vida em humildade, movido pelo amor, a Deus, ao próximo, e ao semelhante.
namastê
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Antonio Carlos Tardivelli