terça-feira, 26 de março de 2024

29 A nossa parte

 



Diante da vida os desafios se apresentam e diante deles realizamos as obras nossas em nós mesmos, via de regra em algum grau com a participação de alguém. Não há esse que tenha por vida isolar-se completamente, mesmo em situações aflitivas sem em busca das soluções que nos cabem, vamos realizando o enfrentamento, e nele somamos vitórias e perdas.


Surge a pergunta, mesmo nas vitórias que somos causa e efeito com a alegria, estávamos a sós completamente? Nunca necessitamos de alguém com um sábio aconselhamento, ou sentimento solidário ao sofrimento? De certo que se rebuscando em memórias precedentes, vamos sentir de novo o silencioso e respeitoso olhar a nós dirigido, se não compreendidos solidários e silenciosos mas a nossa frente feito presente incentivador as lutas íntimas.


Como fosse no aguardo da nossa parte, só nos podíamos oferecer a companhia, e fomos gratos? Ah se visitarmos nossas lembranças de certo que pareceu-nos um caminho solitário, pois ninguém há que possa afirmar agradecendo pela dor que ensina, a fazer nossa parte para beneficiar a nós mesmos, e quando situados diante do outro, percebendo que está em situação que encontramos em nosso passado, somos solidários ao sofrimento alheio? Fazemos a nossa parte mesmo que em nosso silêncio?


O que trazemos nesta manhã são parágrafos meditativos identificando nossas vivenciações, ora ingratos diante da prova que nos aprimora, reclamantes e meio que revoltados, noutra com sincera gratidão pois passamos a perceber a força interior que nos movimenta o discernimento, aceitando pacientes pois depois da tempestade sempre se apresentou diante de nós por força da coragem utilizada no que foi passado privativo, identificamos a virtude que se forma em coragem resignada, não mais reclamantes ou revoltados, marcando assim um avanço significativo na compreensão da vida.


Passamos por provaturas vezes dolorosas, identificando a nossa parte feita de coragem, resignação, aceitação que nos eleva a um nível superior de consciência sobre nós mesmos,  tomamos posse agora no presente do leme de nossa existência, capacitando-nos a uma compreensão mais profunda, onde identificamos a sublime presença do Criador de todas as coisas em nós mesmos, fato conclusivo diante dos aprendizados absorvidos, pela perseverança em reconhecê-lo como instrutor amoroso que nos quer vendo a nós mesmos dentro do caminho do cultivo em nós das virtudes, que nos torna seres de possível perfeição em atos, pensamentos, comportamentos arbitrados conscientemente.


Assim, ponderando sobre nossa parte, até na vida de relação com o outro, podemos antever o muito realizado ou a falta das realizações construtivas, porém cada constatação de elevação ou penúria, é ensino importante para a identificação de possibilidades ocultas ainda como sementes dormentes que a própria existência comum em humanidade providência, e outras, sob o amparo do criador de todas as coisas, que fez no princípio sua parte entregando em nossas mãos as nossas. Por vezes podemos nos sentir sobrecarregados e aflitos, mas a vista do seu maior emissário como grande educador, ele que venceu o mundo, podemos também por essa vista, realizando nossos deveres sermos ativos no que nos cabe, pois a graça da vida é oferecida a nós todos em repetidos presentes.


Veja meu irmão amado, nós como realização posta a letra, nossa parte é compartilhar sentimentos e pensamentos com relação à existência que temos semelhante a todos, foi necessário longo período de maturação e incessante busca por nós mesmos para estarmos nesta sintonia afetuosa, nossa parte comum foi bater a porta para que ela se abra, pedir para sermos ouvidos pela divinndade concedendo-nos essa oportunidade, tudo isso com movimento de nossa vontade, onde na oportunidade de vivenciar conceitos ja estabelecidos em nossas almas, nos tratemos no campo do trabalho solidario, os frutos destas nossas atividades a nosso ver construtivas, não nos pertence, pois o instrutor, amigo, e condutor que é nosso senhor estabeleceu o convite, “Vinde a mim que vos sentis sobrecarregados e aflitos e eu vos aliviarei” e lá fomos nós para estarmos juntos a esse abraço amoroso.


Nossa parte é feita na escrita em comum acordo por nossas almas, a parte de quem nos leia a alma e compreenda um tanto de nossa trajetória comum é da responsabilidade de qual entenda frente a si mesmo, nas escolhas que são: ler, discernir, aplicar nas vivências em semelhança, dito em semelhança pois o bem que possamos estar sendo instrumentos agora, é princípio renovativo da disposição de outro espírito, assim nossa parte é essa, chegando a conclusão, onde o significado da parábola do grande mestre, Yeshua, nos revela que o que Deus semeou frutificará, e como a semente diminuta de mostarda nosso espírito tomando posse da luz de nossa essência, faremos de tal forma que possa ser vista e, todos agradencentes pois a condução, ao bem nosso na prática junto ao outro, é sempre do senhor da vida.


Namastê




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Antonio Carlos Tardivelli