segunda-feira, 18 de março de 2024

17 Por pequeno querer

 



Onde por encanto fosse, seria vida renovada

e se houvesse tristeza, talvez fosse tua ausência

Onde o querer fosse forte significaria presença

e se triste de certo por não querer me perderia.


Em mim marcado o auto encontro dimensiono ser

vez um verso, vez um conto, sem final, no entanto.

Visto que onde há anseio o conto vive as vezes em mim

noutra, na expectativa de ti que me aprisiona


O querer é posse, o ser é o que sonho

realizar entanto em dois carece ser um apenas

no que se quer estar forte presença

se triste, será que não houve querência de alegria?d


Ah se de encanto fosse a poesia, seria conto justo?

pois parece que na palavra que surge há melancolia.

Parece que a tristeza me anima a que seja alegria,

o conto de quem conta de encontro e perda


As vezes sinto que o verso sabe de todas as coisas íntimas

movimenta no que estou feliz ou triste em falas de mim

De certo que a vida do poema sem poeta não seria

sem o conto de alma para alma, o nada existiria


Portanto se encanto fosse seria auto enfrentamento

da tristeza e da alegria, da melancolia ou motivação intensa.

Já que a poesia é feita momentos de ser poeta

e ser poeta é sonho em tristeza e alegria, sigo meu conto


Verso após verso, como se minha alma soubesse de tudo 

o que meu verso precisa, assim acrescente-se o teu entre os meus

Como fosse teu encanto eu este poeta fosse um tanto a causa

De sorriso e lágrima, como em um labirinto por encontrar-nos


Ou apenas verso de nosso reverso compartilhado a dura pena

sempre que tristeza, sempre que alegria, sempre que monotonia

No desejo de ser que nosso verso nos mostre

Efeito em causalidade por sermos nós, apenas nós.


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Antonio Carlos Tardivelli