Quando a compreensão é falha a fé vacila, e na natureza não existem saltos, o que há é sequencial de fatos interligados onde com um movimento multiplicado desde sua íntima essência, produz efeitos tangíveis a razão no ser que pensa e vive por seus pensamentos, que em verdade são em síntese, atos do espírito vivente.
Para a fé em sua sequencia do ponto de origem, a ação que a move, a vontade desperta é sua principal mola propulsora, pois dirige a razão na análise de tudo que a cerca e o que seja vida em si mesma, vê ou sente suas limitadas esferas já alcançadas, e se propõe a angariar meios para ascensão que sente ser continuado ato de si na direção proposta. Ou seja, caminhar como quem sabe que alcança em qualquer proposta que se tenha.
Delimitado o campo que já sente, isso percebe que se amplia na medida que avança, o discernir já não é o mesmo qual o ponto de partida que se encontrava, outros elementos foram se acrescentando, isso porque no campo da fé por auto conquistas meritórias, uma virtude que se tenha leva a outra qual se interliga, assim o ser bondoso é uma das nuances que trazem da profundidade em ser, a paciência, a tolerância ligada a compreensão, como interligação entre uma virtude e outra, como uma malha entrelaçada pela inteligência, antes embrionária, no correr do tempo se torna outra, que mais se completa.
Sua razão analitica soma ganhos e perdas, a nenhum destes pontos entretanto se deixa aprisionar, isso porque os ganhos da fé quando soma virtudes, seu espaço de ação continuada se amplia, e os ganhos que tenha apenas prepara para outros maiores na compreensão de si mais precisa, e a perda, quando sente que se equivoca não se abandona na culpa interminável, pois a fé em si que aprisiona em atos, modifica seu campo de entendimento, não somente ao outro como dever de si, perdoar, sim também a si, como forma de não ficar paralizado na culpa e se movimentar na perseverança.
Nela, na perseverança encontra campos de trato em virtudes quais ainda não tenha alcançado, se o aprisionamento limita, essa força da fé em si promove as transformações necessárias, porque o tanto que se erra se deixando ao abandono, é tempo de descoberta das virtudes que lhe faltem ainda, é aprendizado de suas sobras de sombras, onde por vezes na culpa se confina em perda de tempo precioso de vida, desistir nunca é a melhor opção, vitimar-se também não, melhor é agir para as modificações que já entenda justas, e o entendimento de si leva a auto conquistas importantes.
Os mestrados exteriores são degraus para a compreensão do mestre interno, qual se denomina consciência em atos, não sendo mais aquele que dorme na inação, sim o que se movimenta no campo do desenvolver seu discernimento, já que todos temos deveres frente às nossas necessidades e, estes deveres para que se tornem virtudes expressas em atos, o ponto de partida é a fé em si, mas não a cegada por dogmas enganosos. onde sobram palavras sobre virtudes, mas escasseiam os atos que edificam a si, no trato da caridade junto do outro em semelhante jornada, pois a virtude nunca é ato solitário, sim solidário.
E a solidariedade quando não esvaziada por tantas palavras, compreende o outro, como avanço da compreensão de si em seus deveres, que muita vez relacionamos por realizar pelo outro, em dimensionar que o bem que se aplicar na existência desta virtude, que de igual forma se interliga a outras, o primeiro beneficiado é aquele que a prática, posto que seu campo de entendimento se encontra ampliado, para além da forma indo de encontro a essência, como assevera um sábio, “me encontrando diante de uma alma que eu seja apenas outra alma”.
Assim há elementos para se compreender na fé que sinta ser, como uma força imbatida que nem o contar do tempo a desanima, quando escasseiam os meios é forma provativa à perseverança, embora em alguma circunstância possa ser vista dormente sobre si, é apenas uma espécie de hibernação, onde no silêncio em si mede meditante seus feitos, para que melhor se torne como força transformativa ao meio onde seu espírito atua, é ponto marcante de sua íntima natureza perseverar sempre, desistir de si nunca é sua opção.
É portanto força imbatida que não se entrega, que se torna coragem, sempre bondade com temperança, esperança que toma por vida, crença que transforma, no contínuo fluxo de vida que sente que é, algo ainda não dimensionado plenamente, mas que se torna, tudo o que pensa no que sente, e por isso vigia e ora, como quem crê que alcança tudo o que sonha, pois assim entende, que o sonho é a perspectiva que se apresenta do caminho a ser percorrido, onde na fé em si entende que tudo pode, que em tudo o que discipline seu sentir alcança, e seu pensar justamente auto se avalia como espírito imortal e isso lhe é alentador enquanto resgate de si na sua existência.
Tem outros mestres sim, mas este interior é que decide o que sentimento que em si vai permanecer. Cuja direção atribui ao espírito de verdade que em si se encontra.
Namastê
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Antonio Carlos Tardivelli