Quando visitada nossa consciência de ser em reavaliações dos nossos movimentos vividos, sempre encontramos em algum grau lembranças dos nossos entes mais queridos, a mãe que partiu primeiro encerrando a tarefa de vida, parece nos ocupar seu sorriso é entanto uma presença fraterna, já que a vida segue em seu interminável fluxo, o amor por ser força divina nos seres criados, segue ampliando o seu diapasão divino.
Embora explicável a fraterna visita dada a continuidade do amar, por vezes descrentes, frígidos em nossa fé dizemos é apenas lembrança do que hoje me falte, o sorriso, a pergunta repetida muitas vezes, entre outros tantos momentos vindos a lembrança, é sim lembrança e ao mesmo tempo presença intangível, dado que o amor que existe dentro de nós nunca perde sua força, basta uma lembrança que seja toque de um momento por mais antigo é presente.
Ampliando essa vista perceptiva no que mais se insiste como vida, a nossa existência retoma seu profundo sentido, nunca estamos sós, sempre rodeados por uma multidão de testemunhas para nós silenciosas a não ser que lhe despertemos um sorriso, aquele que do mais profundo do nosso sentimento surge diapasão vibrante em harmonia, com os fatos da eterna vida, constatada quando nela se medita, é momento sim, é movimento de lembrança, também, é presença sim! pela vista do amar que se possa dirigir a esfera onde nossos amados também se lembram dos nossos primeiros passos.
No chão de terra batida com cinzas do fogão a lenha espalhadas, no jardim florido de bonita moradia, quase um palácio, em nossa justa lembrança são os momentos mais iluminados, aqueles das conversações, dos risos, das correrias, do esconde esconde, da alegria de estar naquele momento, desejando que não terminasse jamais, mas passa, e por ser movimento de amar vivido, ficam as marcas prazerosas em nossas lembranças, é como um reviver de nossa história revisando sentimentos e pensamentos, que nos ocupavam a trajetória de ser naquele momento que se tornou passado.
No nosso histórico, entretanto, vemos as batalhas com ganhos e perdas, daqueles movimentos muito embora sejam instrutivos aos acertos, mas erramos, ficam as marcas que nos lembram de como chegamos naquele momento, instintivo, não pensado em suas íntimas consequências, como se tivéssemos pecado, sim, existem os julgamentos mais rudes, que de nossa infeliz postura mesmo que em momento impensado, atribuem a necessidade de pena eterna, não se salva essa alma perdida, pouco se ensina de fora para dentro o caminho da virtude, indiferentes muitos os educandos em vida!
Na visita entanto de nossas lembranças sobre nossas perdas e ou comprometimentos nos procedimentos, a pena já se cumpre quando se constate o erro, é uma pena leve entretanto na medida justa, vez que constatado o pecado nele não se permanece, se perdoa um tanto quanto a consciência de si desperte, fui aprendiz de mim mesmo neste tempo permaneci na sentença que a culpa carreguei por um tempo, até que uma alma boa, não vista insufla em meu espírito o auto perdão para prosseguir em frente, que não cessa o movimento ascensivo quando se tem presença de espírito, gerado para que seja imortalizado em suas lembranças do passado e nos atos do presente escrevendo seu histórico futuro.
Assim quando se morre no corpo, não lhe é lógico permanecer somente espírito, já que o corpo é instrumento deste e foi que deu vida ao corpo movimentando os momentos de aprendiz, para depois vez que esteja instrumentalizado, agindo como quem sente e pensa no que sente, espalhando de si porque traz esse presente, pensar nos que partiram e que movimentados por nossa lembrança os atraímos de alguma forma à nossa proximidade, pois a maior força que todos tem em seu princípio, “criemos o homem à nossa imagem e semelhança” é feitio, como se fosse parte do amor eterno, colocado em jornada de aprendiz de si mesmo sempre no modo ascensivo.
Tocados por esse verdade, todos somos seres espirituais em individualizado trajeto, em semelhanças nos misturamos a tantos outros, onde absorvemos lições de vida e elas oferecemos no campo das experiências vivenciadas, existiu antes da imperfeição o que é perfeito ato criativo do senhor da vida, e lhe tendo como homem feito à semelhança, penso que sou ser espirtual em amor eterno, qual o dele que me fez e me coloca aprendiz de mim mesmo.
Como temos todos uma espécie de trajetória em semelhanças, eu que amo aqui neste corpo físico, sou amado por aqueles que partiram primeiro deixando em mim uma parte do amor que sinto por eles e ficando neles uma que é de mim, e chamamos isso de saudade, quanto mais nos vejamos como os seres espirituais que somos mais se apresenta a razão que a vida não termina, o que se encerra é o ciclo de aprendizes no corpo.
Então minhas testemunhas hoje, é a mãe Leontina, o pai Antônio, a vovó Drinha, o vô factor, Bento Marques, Conceição, já são presentes os filhos de minha alma, todos aqueles que leem o que escrevo, como se fossemos uma grande família reunida em tantas páginas escritas, testemunhas silenciosas, sempre espíritos presentes frente a obra em mim mesmo, e a deles neles mesmos, quiçá nesta vida eu possa chegar a quatro mil páginas, e na continuidade da vida espiritual outras tantas, em boa companhia sempre, pois assim entendo a vida como sendo interminável, virão outras certamente, com as presenças nas lembranças e em renovadas experimentações, no modo ascensivo, certamente
Namastê
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Antonio Carlos Tardivelli