sábado, 21 de maio de 2016

Portal dimensional... poema ou pena?


Poetas que sonham para além da vida trazem no seu verbo sublimado encantamento
Não porque creem sim porque vivem o que aqui inda se sonha
O sonho do poeta vivo é paradisíaco, onde a amada adormece ao ombro.
E nos campos verdejantes soprando brisa o perfume como se penetra na alma
Descobre que está morto porem vibra como vivo! Como pode ser indaga.
A brisa então lhe segreda esta soprando verso em perfume ao sentidos de outra alma viva!
Que coisa os céus de ser, esse reino de estar no sonho e na vida e para além da morte onde haja vida!.
Por ser pequeno espaço que a letra tem desejo de confinar a alma implode em sublime alegria
Por fato é sopro jogado ao vento como perfume que se espalha
Quem tem ouvidos de ouvir que ouça diz a brisa! E conte em verso enquanto prosa.
O tratar do verbo nas paragens onde se cultiva sentimento
Por vida se buscas encontras no novo testamento relatos certos de algo há além do conto
Se não fechares teu olho para ver de fato, que o que termina é o engano que não há mais vida.
A vida continua seu curso para além do que dela se percebe  nos parece que retorna sequiosa dela mesma
Já que do céu que o poeta alcança outros poetas se misturam a lira como perfume posto à brisa
E como são dos céus o da terra e o do firmamento, duetos fazem neste movimento.
Um mostra quadros de diversos tons de cores, outro escreve a pena o que sinta ver poema!
E em bailar de letras onde todas as linhas se misturam todas as crenças se irmanam
Ora fala um cigano, ora uma  criança, ora esperança ora fé que pensa tudo espirito apenas!
Quando a razão encontra com a emoção de estar no ser o poeta renascente diz ao verso
Eis-me aqui de novo a recontar-me vivo e se ouvidas por certo ao passar pela porta
desejará ser verso poesia movimento e teu sentimento convulsionando dentro de ti mesmo
gritará anseio por um poeta que me acolha os pensamentos oh céus permitam!
E como o céu percebe todo sentimento providencia alguém que também procure outros pensamentos do mesmo céu de ser poema.
A vida que existe em vida para além da vida e então se reconta as historias  ao pé do ouvido como antigamente antes da escrita
De alguém que foi poeta vida a fora sem entender amor e sentiu dor
Contou em versos lascivos languidos sem medir seu erro de vista por certo
E quando chega ao portal divino reconhece seu engodo quer voltar não pode
Pois o feito já tornado letra algo fez algo tornou diferente submetido a lei silencia
Como tu agora que pensa
Será vivou ou morto o que escreve? Só quem é vivo pensa!
Se te serve como alerta ao bem que importa se de uma esfera ou outra já que alguém bateu a porta para que se lhe abrisse.
Se não, feche a tua adormeça não mais leia o que se te apresente ao verso
Mas se desistes de encontrar-se antes de perder-se que será sua vida?
Nem amaste nem o amor te confundiu na pena
E tua vida como foi historia? Se tua memoria foge e não te lembras
Nem viveste então por medo, como alguém que ganha um único talento e o esconde temeroso de viver o ensinamento não recolhe lucro em si mesmo.
Rogo não me guarde distribua graciosamente porque não cobro por ditar minha vida nem lamento minha sorte ainda porque aqui renasço a contar no verso renovado traço onde reafirmo
Eu estou vivo embora não creias nisso!




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Antonio Carlos Tardivelli