segunda-feira, 23 de maio de 2016

No silencioso sentimento


Nas fases do amor que sinto
Trato por meu o sentimento de alegria
Por ter o abraço da tua alma à minha
Em tons de energias que me acalmam e fortalecem
Das de ti a mim como quem pede
E dou o que tenho tido por amor que sinto
Sendo pouco é tudo o que posso
Sendo muito é bondade tua que engrandece o beijo.
Em meio ao campo da inconstância
Onde meu querer misturado ao teu em ânsias incontidas
Não nos sacia a sede do outro antes nos mantem cativos
Em nos dar, nos receber, nos sentir no ser abrigo de insaciedade.
Ah minha alma se sente alada quando no amor de ti se encanta
E no abrigo dele que sinto a tua lembrança
Faço-me escravo dentro de mim mesmo a paixão insana
Aquieto-a com o perfume que exala ou  com sorriso qual a calas
As angustiosas querências de ter-te por sempre como angustia
E por poesia ouso como musical da alma a fala no amor que sinto
E tu te calas, como quadro no silencio da sala a esperar que meu amor te ensine.
Que caminho para chegar ao teu abraço?
Eis-me aqui digo neste laço que o poema indigna a ti no que sinto
Porque não sente no meu trato amor só paixão cegante.
Que não vê além do horizonte se não o fogo que consome no agora
E por toda sorte jogo fora nas fases do amor que sinto nas palavras soltas
E partes como a brisa que me toca a levar gemidos perfumosos roucos noutra esfera
Dizes que me esperas eu na paixão demente quero agora
O laço do amor que traço na ventura de lembrar que amo o que sinto
Se condenado a sentença de maior rigor fora do meu verso no teu abraço terno
Que seja ser amado pela mesma intensidade que desejo
E por laço me retenha por tempos, tempos que me perca na paixão cegante
Para que por final feliz tenha lembranças mais adiante
De que dividimos sentimentos mesmo conflitantes
E de quando em quando sorrimos silenciosos cúmplices completamente culpados
Como crianças a doirar como os olhos o doce diante de nos mesmos e sorrindo sempre
E no silencio, olhos nos olhos vezes lacrimosos de felicidade e encantamento.
Juramos na eternidade de um momento eterno amor.
E nas fases então que sinto eu te guardo reservando-te precioso sentimento
Como maior riqueza, lábaro estrelado exposto no firmamento.
A conduzir meu poema como fosse meu abraço em cegante luz
E se me amas guiçá suspires neste movimento de calor que me abrasa
De arfar o peito no teu silencio.
E dizer eu sinto.

Antonio Carlos Tardivelli










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