segunda-feira, 16 de maio de 2016

Cítara divinizada.


A cítara.
A alma humana é algo de indescritível beleza quando se devota a vibrar entonações quais lhe surja no manifesto de sua arte.
Aquela musicada, da alma que busca tonalidade perfeita, embora já a tenha em sua intimidade a redescobre em outras diversas a partir do que é para o que transcenda partilhando.
Para a musicalidade entoando cânticos de louvor a vida, aquela que dormitante espera despertamento, a sua ação renovadora do animo, apaziguadora dos conflitos internos onde se aquietando deixa-se conduzir pela sequencia de despertamento gradativo de qualidades ocultas que os sons despertam em sua sequencias belas, metódicas mais acima, calmas mais abaixo.
Tenores ficam inebriados ao contato isso porque silenciam as notas mais elevadas para serem tocados antes que se manifestem em plenitude, é como um bailar de emoções profundas onde a alma que se procura se encontra e trata por seu, universo de contentamento interior.
Por gracejos ruidosos vez em talento ágil movimenta os corpos lúdicos e graciosos a um bailar levitante como se nem possuíssem corpos densos por qual a alma se entretendo vai flutuante ao sabor das notas como que se existindo além da forma arrastando o corpo nem lhe sentindo o peso.
Vez calma quebrando silencio como se tocando profundamente nos níveis mais elevados e profundos em sentimentos troca tristeza por contentamento, enquanto baila como se a sabor do vento indicando vida em intensidade que valoriza ser aqui e agora como presente que se oferece a vida.
Torna lamento o som tristonho quando a alma tocada em suas dores querendo delas se abstrair, ao toque ritmado como se fragmentando os incômodos um a um vão se esvaindo sugados por uma luz cegante que do peito brota em diversificados tons de cores, lamento se torna cântico de alegria, dor contato com o amor que cura, na mudança ágil do toque que oculta alma em cada movimento.
E assim no curso de um momento, se cura se alegra, se enternece e a felicidade encontra porto onde se aquieta embora borbulhante provoque muito movimento!
Aqui um contar em prosa do que a vida oferece como alegria ali um sentir silencioso como se fosse alimento sorvido aos poucos oferecendo sabor ao maior contentamento. Gotas de saudade oferecem a vista o rosto amado, silencio onde se aquieta a alma à lembrança do que já foi com vistas esperançosas ao que deseja agora, no contato breve, com outra alma que lhe divida o sublimado ensejo de ser no estar futuro.
Quão doce quando a alma aquietada repensa seus valores musicando a alma nas tonalidades diversas despertas pela cítara bem movida em suas notas com valores abstratos retirados do conteúdo que se tenha no amor que sinta e ofereça.
Trato da vibração serena da alma tornada pela corda tangível no silencio. Inquietante toque quando desperta os sentimentos em desalinho posto que no caminho não só se encontra no recôndito da alma flores e perfumes.
Vezes a tortura do amor tido como perdido, noutras a saudade que sendo amor que fica inquieta porque se pensa que o amor é posse e por ser egoico sofre quem o sente assim.
Se demora o teu ser em compreender que o amor é como musica tocada nos cordéis do sentimento, como um repente que transmuta suas cores no abraço de cada presente, por certo não vives o amor em seu verdadeiro estagio de ser oferecer e dar o que se tenha. Ter posse somente é sentir e quando se da por inteiro se lhe é reciproco entendimento do sentir então como se completa a musica em luzes das almas como fossem uma.
E a letra qual se entoa por voz acompanhante não pode ser menos que brota da divina fonte, onde amor transcende a forma em sua inquietante ação que transmuta o que é para ser melhor, o que seja calmo porem intenso e profundo, o que seja ruidoso e alegre a movimentar como vagas intempestivas paixão ardor querência sem saber quantificar o fim como se nada bastasse tudo fosse falta enquanto canto da alma que se possui se dando ternamente.
E por fim para calar a cítara, alma do poeta que canta no que conta, seja toque em tua alma com o que tento encanto enquanto feitiço, já que mago é todo poeta que sonha com a felicidade mesmo não a tendo por completude mas a sentindo no sorriso que, OXALA, desperte.

Luz se faça, luz seja.

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Antonio Carlos Tardivelli