Embalando desejos
Vez que sou o que desejo
E se oculto por ele tenho medo
Que me tome, domine me perca.
Sempre que cega a paixão
se achega e digo ela não vê
O homem deixar de ser homem para ser menino
A inocência abandona no abraço que se aninha de si esquece
É como se uma febre tomasse o corpo invadindo a alma
E não há força que cale o que desejo anseia ate que se deixe
saciar inteiro
Embalando por desejos seja então por letras transloucadas endoidecidas
o poeta mente
Dementes palavras sem nexo entanto tão repletas de vida de
medo de ser homem e menino quando tenta descrever o que não faz sentido
Choro compungido se a perda for por pouco período porque dói
se longe se perto queima como fogo fosse grita geme invade a pena quando assim
descreve
Não a guarida de dosagem pouca já que o desejo aumenta
insano insolente
E se for poema que se conte a pena já é saudade do amar que
tenta lúdico movimento
E por ser demente ligado a inconstância que a ânsia toma e
domina se agiganta
Se calar consente que encontre riso de encantamento com o
toque por mais pequeno.
E na ânsia transloucada por insaciedade que predomina a razão
mais lucida
Diz que ama se atormenta na paixão que fica quando a parte a
musa geme e grita
Ficando como companhia a solitária pena que confina a alma nas
palavras soltas
Torna-se a paixão poema o medo o laço que aprisiona almas
outras
E a lembrar fogo que
assim desperta em gemidos roucos quando diz louco
Que paixão pode ser serena? Já que não te esqueço e por
tormento ainda
A pena de descrever-te me deixa a alma encarcerada e assim
me sinta.
Sempre que lembro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caso goste de alguma postagem do meu blog, fique a vontade para comentar, criticar, compartilhar
Antonio Carlos Tardivelli