domingo, 29 de maio de 2016

Por paixão bestificante


Embalando desejos
Vez que sou o que desejo
E se oculto por ele tenho medo
Que me tome, domine me perca.
Sempre que  cega a paixão se achega e digo ela não vê
O homem deixar de ser homem para ser menino
A inocência abandona no abraço  que se aninha de si esquece
É como se uma febre tomasse o corpo invadindo a alma
E não há força que cale o que desejo anseia ate que se deixe saciar inteiro
Embalando por desejos seja então por letras transloucadas endoidecidas o poeta mente
Dementes palavras sem nexo entanto tão repletas de vida de medo de ser homem e menino quando tenta descrever o que não faz sentido
Choro compungido se a perda for por pouco período porque dói se longe se perto queima como fogo fosse grita geme invade a pena quando assim descreve
Não a guarida de dosagem pouca já que o desejo aumenta insano insolente
E se for poema que se conte a pena já é saudade do amar que tenta lúdico movimento
E por ser demente ligado a inconstância que a ânsia toma e domina se agiganta
Se calar consente que encontre riso de encantamento com o toque por mais pequeno.
E na ânsia transloucada por insaciedade que predomina a razão mais lucida
Diz que ama se atormenta na paixão que fica quando a parte a musa geme e grita
Ficando como companhia  a solitária pena que confina a alma nas palavras soltas
Torna-se a paixão poema o medo o laço que aprisiona almas outras
E a  lembrar fogo que assim desperta em gemidos roucos quando diz louco
Que paixão pode ser serena? Já que não te esqueço e por tormento ainda
A pena de descrever-te me deixa a alma encarcerada e assim me sinta.
Sempre que lembro.









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Antonio Carlos Tardivelli