Jésus Gonçalves

Lista de desejos

No um queria só amor na terra, conta-me o amor para que ele exista é preciso que eu também o seja para então seja completo.

No dois desejei ser o amor e o mundo fora me convidou a compreensão do que seja amor ele me segreda que para sê-lo é preciso que eu reconheça as suas manifestações todas no senti-lo.

No três quis as faces do amor e ele por ser amor me amando me mostrou a de todas as criaturas em uma só. O Cristo.

Não bastou ao amor me confundir no que ele seja, disse que transcende a vida, que existe além dela em paragens sublimadas.

No quatro então aqui estou no umbral, onde a terra por trato de experiências me mostra quadros onde existem sentimentos, que tem forma, tem cor, tem luz própria.

Ah amor como compreender-te? Se na listagem do que desejo oferece infinito trabalho para que eu o encontre, dimensionando a lista dos meus desejos em numerário infinito de aquisições necessárias para sê-lo!

Vertem-me lagrimas na alma que se imortaliza à misericórdia do verbo, no beijo que foi dado com verdade, no abraço oferecido com sinceridade, na amizade cultivada com destreza vencendo o ego que limita, as convenções vazias, os medos de ser amor em seus tons sutis na vida.

Veja alma que procura quando amar deseja, a listagem é extensa a perder de vista os momentos pensados pela perfeição divina indicam que amar é presente que o criador oferece aquele que amar busca, em cada dia uma tonalidade de cor na convivência infinda!

Vez o amor indica o amor que parte para outra experiência e nos fica pedaço dele na saudade que de nós não se ausente. É difícil sentir o amor que determina posse, o divino indica que mais a frente o sentimento tomará nova contextura na alma não na palavra que tenta sua listagem logica, numerada, apreendida.

Sim como vivência de cada real momento nos movimentos da eterna vida.

Rogo então a fonte divina que me empresta amar agora, porque parece que esta fora quando existe dentro e pode ser compartilhado para além da vida que compreendes vida, pode parecer delírio de poeta morto! Mas eu vivo o amor no que sinto !

Então no silencio que esse amor permite, se torna ruidoso ao som das teclas que vão sendo pelo amor tocadas, unindo dois hemisférios vibracionais do mesmo amor. O amor que existe no que temos tido como vida que se eterniza na arte de sentir o próprio amor.

Se listares o amor que sentes apenas sinta porque ele por ser gerado perfeito por Deus vos permite experimentá-lo em suas manifestações mais belas e quando pensas fora na listagem de posse só apenas sinta eu sou aquele que sou é vibrante em si.

E então se te permitires viver no amor que sentes em brevidade de vossa listagem de eterna vida sentirás Deus em teus momentos todos.

Assim o amor transforma modificando todos os momentos em sutis alegrias e contentamento, quando tristeza houver lembra do amor que sois e mostre a ela a amplitude do amor divino que segreda que em ti ele existirá sempre, em mais luz, mais entendimento do que seja amor na eternidade de vossas vidas.

Por certo tua alma se deterá muitas e muitas existências a listar o amor que sentes por o ter vivido no calor do abraço amigo sem fronteiras que o limitem. E quando por força do Incriado se dispuseres a constatar que sois amor por fato, encontrará em si a verdade sobre o Ele que te liberta e cantarás em verso tudo o que insistes a dizer o que o amor é no que sentes, por ser presente agora, por ser lembrança nas manhãs e noites que ainda vem no que o amor concede

Sempre vida em ti para que vida seja para além de ti mesmo.

E por crucial momento quando a listagem vossa estiver completa, Ah finalmente Deus compreenderás por fato, porque só sendo amor poderás entender a infinitude do amor divino que te da movimento permite pensamento ousado que deseja listar o amor que sintas.

Encontre o porto no teu discernimento: a vida em seu completo ciclo, saindo de Deus como se vivesses nele todo tempo.

E aquieta tua alma é de amor e por amor o agora que me sentes que te sentes e vives esse presente

Jésus Gonçalves