De certo que se ouve e se dedica tempo, concedência do senhor da vida, a que mais compreendamos nossas íntimas necessidades, uma delas é essa, a vivência, como se lhe emprestássemos alma; à caridade, na sua justa expressão, toma vida no movimento da alma que lhe oferece por seu arbítrio, no primeiro momento o movimento discernitivo, na sequência a prática do que se absorve, sob esse prisma, onde as realizações tem o fito de multiplicar virtudes desde a alma que busca sua sintonia com o criador da vida, pois nada por acaso toma parte de nossa existência, tudo é projeto divino e nele se insere todo espírito criado, o que os diferencia uns dos outros é o que depois do aprendizado fazemos com o recebido, distinguindo-se dentre os demais espíritos.
Daremos um nome somente para constar como histórico, João,muitos se estão multiplicando dentro da graça que se torna a própria existência, onde se reúne atividades de espírito graças a continuidade da existência, que no corpo pensamos ser a única possibilidade, muitas vezes, mas quando despertos para a realidade do prosseguimento, crianças ainda em nossa trajetória, buscamos o que já é inscrição em nossa essência, o trato no trabalho edificante a nós mesmos.
Eu fui um suicida, não somente no aspecto de tirar a própria vida da forma como é entendido o suicidio, tive vários lampejos de consciência dos equívocos, mas como muitos em semelhança, ocupava-me na indiferença quanto ao proximo momento da minha existencia, prisioneiro que me tornei das ilusões, dizia a minha alma, não há motivação para me ocupar de outros elementos de crença, pois o materialismo me ocupava insistente e minhas escolhas determinavam que assim permanecesse. Deposto por minha arrogância do pedestal qual me colocava, entrei no lar da esperança, pela porta regenerativa da dor insistente, que me obrigava a buscar solução urgente, e não há desvios a consciência, os auto confrontantes são indesviáveis, e assim me via como mendigo da caridade alheia, implorando por ajuda, para que alguma luz encontrasse que apaziguasse minhas angústias.
Recebido mesmo sendo de miserável aspecto, pois as viciações materialistas me deformavam o campo mais sutil, hoje entendo as consequências dos atos egoísticos e por tanto amparo recebido no lar da esperança, posso contar em poucas letras a trajetória, do ponto de dor concencial quando me vi em minhas misérias morais, ao ponto de agora, refeito um tanto pelo amor da grande mãe no coração de seus devotos filhos,me vejo esperançoso quanto ao futuro, meu espírito ainda não sabe a direção qual vai ser soprado, pois é assim que estou agora em meu mais íntimo desejo, que o senhor me ofereça direção para que me conquiste a mim mesmo, em mesmo trato caridoso a tantos que se equivocam como eu na vida física.
Sinto ainda a necessidade de relatar os meus equívocos, não como forma lamentosa e imprudente, sim como a passar para qual jornadear por mesmo nível de enganos, uma espécie de alerta, repense seus atos, reveja seus conceitos, abra-se para o filho de Maria, que não me sinto digno ainda de pronunciar seu sagrado nome, mas sei por testemunhos dos seus seguidores, que ele veio como médico para os doentes da alma, como eu, que fui no mais abismal estágio, de onde a dor me lançando no espaço, buscava ávido algum alívio para minha consciência, e foi no lar da esperança, onde corações amorosos se dedicam ao semelhante, que encontrei o abrigo, o lenitivo, balsamizando e curando minha alma, é por isso que todos chamamos esse abrigo, de lar da esperança.
A aparência externa, a primeira que tive, é de um grande edifício de vários andares onde adentrei amparado em uma maca de lençois perfumados, o que a primeira vista se assemelhava aos grandes hospitais da terra, tinha entretanto a sua entrada a aparencia tambem de uma igreja, cujo recinto interior inundado em luz trazia profundo reconforto, aí a esperança renasceu em mim e nunca mais me deixou, embora, não se engane, as lutas íntimas para a retomada do equilíbrio ali é uma constante, se recebe a instrução, o amparo e a ajuda, o que nos oferece oportunidade de refazer-nos em nossos pensamentos, sutilizando o entendimento à medida que avançamos no tratamento recebido, o que oferece o ensejo de retomarmos a responsabilidade sobre nós mesmos em renovadas posturas de espírito.
A partir deste encontro com a caridade prestativa de irmãos e irmãs abnegados, instrutores diversos em diversas áreas, ao longo do tempo foram me atendendo e oferecendo os esclarecimentos necessários, a que eu pudesse retomar em perspectiva esperançosa o leme da minha história, que tinha ali por misericordiosa condução da mãe mais sagrada, as descritivas pela escrita, devem ser parciais segundo a condução daqueles que me trouxeram aqui, e estão me esclarecendo mais uma vez, que minha história é uma espécie de semeadura, porto em esperança para os que jornadeando pelos movimentos equivocados, sintam o alerta que minha condição atual posso testemunhar, o amparo e a ajuda recebida, que todos têm a tempo justo, o eterno condutor da vida, é um constante motivador dos corações para que tomem a posse do leme da própria história, e se edifiquem no amor.
Então àqueles que tiveram entes queridos que em momento de escolha infeliz abdicaram na oportunidade que tinham pelo caminho do suicidio, orem com fervor a essas almas afligidas pela vista da misericórdia divina, encontrada em generosa oferta, no coração da mãe sagrada, a mais bem aventurada entre todas as mulheres, que ampara os corações que unidos no lar da esperança oferecem os préstimos de sua consciência,onde aprendem a amparar os que nele chegam na condição que cheguei, e para bom entendedor, embora ainda não esteja espírito luminoso, empresto a luz de maria para me apresentar a vocês como um antigo suicida, e análise do conteúdo, podem concluir que não mais estou em farrapos morais esses passam a ser histórico que não mais meu espírito deseja repetir.
Os orientadores pedem que me despeça agora, que fique a paz que me ocupa por poder participar com o que se tornou em mim esperança verdadeira.
João
3:47 05\04\2024
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Antonio Carlos Tardivelli