Sempre justa a lição de todo dia, mergulhado na angústia de meus enganos, a consciência cobrava os dividendos da inércia discernitiva, vez que focado no ego, necessitava urgente de uma espécie de libertação, para que entendesse, que onde estava não era o único, que sofria as cobranças na consciência aflita mas como toda medicação vem em doses suaves de vida era minha necessidade passar pelas experiências aflitivas para ponderar justamente nos presentes recebidos todo tempo.
Assim enquanto permanecia na ala de assistência, recobrando meu equilíbrio minha atenção tomou outro foco, o da dor ao meu lado, fui aos poucos tomando a medicação da compaixão, e ela abriu muitas portas em mim mesmo, até para entender um tanto mais a justiça divina e sua grandiosa misericórdia, como fiquei no leito por expressivo tempo, as observações não tardaram, as perguntas avolumaram, a busca por entendimento se expressava por vezes na curiosidade imprudente, amorosamente corrigida pelos atendentes, que sempre traziam palavra esclarecedora, e ao mesmo tempo, começa o processo de aprender a justa medida das aflições sentidas, enquanto a compaixão surgia calando o ego, a prece foi tomando forma desde minha alma nas horas silenciosas da noite e na madrugada a dentro, enquanto no leito meditava sobre os companheiros de infortúnio, resultante da má administração dos presentes recebidos.
Foi a mim um educandário precioso, que não teria sido tão aflitivo tivesse eu calado meu ego insistente enquanto a oportunidade no corpo se desenvolvia em convivências oportunas, onde predomina o eu sofro em vitimismo inconsequente sem amealhar virtude alguma a meu próprio benefício, sempre diante de nós mesmos vamos ao reencontro forçado ou no campo amoroso, a compreender nosso papel em vida, que é todo ele oferecido na sequências dos presentes, onde necessitamos de ajustes corretivos, e a resignação e coragem diante das provas deve ter suas consequências elevatórias, pois como existe acaso, sim a lei da causa e efeito, devemos estar vigilantes aos nossos sentimentos para não cair nos abismos depressivos egoicos.
Ao meu lado forçosamente na medida em que me equibravam os sentimentos, ia na convivência com meus vizinhos, observando a similaridade em nossos equívocos, onde nos desequilibramos, isso trazia a consideração a oportuna colocação dos necessitados de espírito, nesta proximidade dos leitos onde recebemos as instruções, os alertas, o atendimento amoroso, o que era dado aos meus vizinhos, normalmente em minha alma despertavam ponderações importantes, como que se a instrução atenciosa nos servisse de semelhante modo e como que ressoando em minha intimidade, as palavras ouvidas do clero em sermões edificantes, repetidas vezes abordada a necessidade de nossa vigilância e oração, cuja necessidade em nosso espírito não termina depois do desenlace físico.
Forçoso entender a ação de nossa essência que vem do eterno senhor da vida, por onde orbite nossa consciência, nas mais diversas reavaliações cuja responsabilidade é toda nossa, diante da compreensão que a graça divina, nos oferece a existência e nela, nos aprendizados constantes, vamos aprimorando o nosso entendimento e nos situando pelo amor ou demoradamente pela dor, na sintonia necessária na medicação, obediência, às leis divinas, que via de regra todos os princípios motivadores a evolução da nossa compreensão, estão como inscrições bem definidas no campo da nossa íntima consciência, reagente que é as situações de vida, onde aguarda pacientemente o despertar para os campos de maior elevação, situadas no nosso livre arbítrio, concedencia divina a nosso bem.
Assim nossos pares nos leitos, trazem objetos de profundas meditações sobre os efeitos das escolhas infelizes, e ainda na convivência provativa ao nosso ego, para que silenciando-o aos poucos, no terreno da medicação da compaixão, utilizando de outro mais profundo e abrangente, a misericórdia, no silenciar as críticas e julgamentos, dando lugar a prece sentida ao eterno, para que nos conceda a todos os assistidos, pelas oportunidades de reajuste diretivo, a melhor compreensão de nossas responsabilidades, frente a nós mesmos e ao outro, objetivando em nossos pensamentos que a misericórdia estando ativa, e elevando nosso pensar ao eterno, possamos em ainda condescendência divina, objetivar o que saia de nós , como medicação divina de nossa essência, como se o pai estando em nós, nos conduzisse a compreensão do outro e de nós mesmos, e inevitavelmente Dele o provedor de tudo.
Assim aos como que prisioneiros do corpo físico, seja um alerta de que a misericórdia não cansa, entretanto o superar nas provas definidas por vezes, pelo campo da nossa mais íntima consciência, de que os presentes que se nos oferece a providência divina, são oportunidades realizáveis em nós mesmos, como um preparo para entendermos as perfeições divinas, que devemos a nós, por nosso arbítrio estabelecer nas vivências desde o degredo, que na terra que é uma espécie de éden, e estar no fruto do bem na obediência, nos afastando do fruto proibido do mal que podemos fazer a nós mesmos, estejamos no equilíbrio necessário para responder ao Cristo, no que tange, no aqui e agora sós nosso e do eterno, sermos “perfeitos como nosso pai celestial é perfeito”
Na perfeição possível a nós, marcamos nosso encontro em ser um com o Pai, que colocando de sua essência em nós, criando-nos espíritos e pela semelhança a ele, seres espirituais imortais, estejamos nós prontos a receber as lições educativas, sempre ativas de sua misericordiosa ação, porque a nosso ver, depois de tanta provação, nos quer a nossa vista, felizes espíritos na eterna vida.
Paz e luz que cultivemos em nós no aqui e agora, para sermos luz do mundo e sal da terra.
namastê
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Antonio Carlos Tardivelli