domingo, 14 de abril de 2024

23 Escolher, graça de vida.

 


No horizonte a luz vizinha que toca nossa alma encantando, olhando a terra o verde e cores diversas provocando idêntico sentimento, nessas horas nosso ser exulta extasiado, depois compõe a história a ser escrita pelos atos frutificados, pelo sentir pensar agir, e quanto mais pensamos um tanto nos sentindo solitários percebemos fora e em nossa intimidade uma sutil presença, vibrante, generosa, capaz de se extasiar com a beleza e no mesmo compasso de tempo realizar um encontro avaliativo, de tudo o que pensamos no que vivemos em expressões do nosso espírito.

De certo que mensuramos a grandeza de qual nos fez em nosso primeiro movimento, esse pensamento nos remete ao nosso passado auto avaliando nossos atos, e aceitando o que estamos que em parte é fruto do que semeamos, vamos seguindo no fluxo da existência que na madureza do nosso espírito não termina, dada a grandeza da obra divina, que também é concluída por nossa presença, pensante, que sente, se auto analisa e percebe que cada dia olhando ao horizonte, cedo ou por mais que tardia, nossa compreensão se corporifica e passamos a nos sentir co autores de tanta obra, mesmo que a princípio simples e ignorantes de todos os fatos consequentes, pela análise nosso espírito soma virtudes e isso nos alegra.

Dos tempos contados a mercê dos efeitos por mim produzidos, já que desistente pensava que logo após dormiria até o juízo que finalmente poderia lamentar diretamente junto ao criador, que tão escassos foram os recursos a mim dados para que fosse forte e bravo, mas não, a dormência por longo tempo só estava agregada a minha forma equivocada de entendimento da própria existência, cego ao horizonte onde o céu toca a terra, dimensionar um paraíso em algum lugar onde não mais as angústias e dores ocupariam meus momentos vividos, é triste constatar nossos equívocos, e a permanencia neles só é geradora de angústias e inconformação.

Tratado no lar da esperança, comecei lentamente a compreender um tanto mais o belo fora para entender que sou responsável pelo bele dentro, que pode e deve iluminar-se de conhecimento sobre si e irradiante como a luz que preenche a vista do horizonte, medir toda a beleza fora como se estivesse e sempre estive em um belo jardim florido, e que prestasse atenção aos sentimentos cultivados, teria na sequencia dos momentos um equilíbrio no discernimento, aceitando as provas quais estava sujeito, em parte como educandário da fortaleza na coragem, qualidades de alma que os vacilantes como eu que tudo aguardava por graça, sem o menor esforço junto as instrumentalizações oferecidas pela providência.

O que trazemos à baila pelas letras abundantes desta alma, é que a existência contínua dentro do contexto de leis eternas, eterna é misericórdia do divino, ela entretanto em sua aplicação educativa, promove o espírito instruindo sobre suas responsabilidades sobre si mesmo, tem todos os elementos facilitadores para que melhor proceda neste caminho, nem todos entretanto, como eu e muitos semelhantes não veem na dificuldade senão castigo injusto, por algo que julgamos erroneamente, diante dos quadros aflitivos onde podemos estar vivenciando, precioso ensino a que se manifeste a coragem, optamos por fugir covardemente, e como não dormimos até que nos chegue o juízo final, afinal somos pela providência obrigados por nossa consciência a rever os atos anteriores e creditar o nível de nossas dificuldades presentes aos nossos atos e pensamentos equivocados ansiamos pela paz em nosso espírito.

Amparados então buscamos na observação de nós mesmos em estudos adequados, para que tenhamos com bom senso na análise construtiva, já que mortos e também vivos, visto que abdicar da existência física não nos separa da consequência no auto enfrentamento, sem usarmos de modo inconsequente uma espécie de reio de pontas cortantes a nossa alma,  chamado culpa interminável, que nos cega a vista aos presentes que nos são dados, necessitados de reagir aos nossos equívocos, as equipes amparadoras do lar da esperança, desde os movimentos desequilibrados até as ponderações edificantes, nos assessoram transmitindo força para o entendimento justo, e a justa reação quanto mais elevada consigamos, para a direção do reequilíbrio em nossa alma.

Nos diversos departamentos de ajuda e amparo guiados diligentes instrutores, em feitio de amparadores ,vão aos poucos educando para a cura as nossas almas adoentadas, a organização é de tal forma amorosa, que mesmo as mais rudes verdades a nossa vista de culpas aflitivas, são argumentadas no foco da esperança que devemos ter por cultivo desde os menores pensamentos, já que continuamos vivos, e a influência dos equívocos anteriores vão perdendo força diante do fluxo interminável da existência, é como um dito dos atuais aparadores que aqui nos trouxeram,  que ouvi das prédicas por inspiração ao  aparelho comunicativo, “Eu sou você amanhã” claramente indicando a minha vista, que posso chegar a ser tão amoroso quanto eles, felizes no campo do serviço meritório, só que para isso indicado está o caminho por Jheosua .

No mais é avaliar justamente tanta oportunidade de renascer da água e do espírito para sedimentar em cada um nós o alcance da misericórdia divina em sua generosa oferta aos filhos transviados, que é sofrido o caminho depois do equívoco é certo, como certo também é o constato da misericórdia que nos assiste todo tempo, e todo tempo não se enganem, consta do tempo do eterno, não da brevidade na ligação com um templo corpo, tão frágil para que se torne forte e resoluto o espírito criado.

Veja alma querida que nosso intuito é trazer aos corações a continuidade de nossa existência, e a responsabilidade diante da lei de causa e efeito, que pode nos felicitar por nossos atos ou trazer ao campo angustioso das provas mais difíceis para que aconteça a reação por nosso arbítrio em escolhas acertadas.

João


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Antonio Carlos Tardivelli