Pode ser que me desvie quando na somatória dos dias me engane, e por inocente postura descubra depois que o que sinto é justo para que me recomponha, me encontre, me aceite, e me trate com tal desenvoltura que me perdoe e prossiga mais a frente, posto que sempre se me apresenta a vista este aspcto, em continuidade onde o nada não existe e que persiste para mais além é a beleza da procura por mim mesmo pois ao olhar o que está distante percebo o céu tocando a terra, logo concluo pelo ensino do que meus sentidos percebem, que chegarei ao ponto de encontro, ou melhor ainda já me encontro nele.
Pode ser que ao perceber a luz no final do túnel, desta forma mística onde minha alma transcende, que eu perceba que algo há para ser vivido da mesma forma intensa, quando aprendiz tateava, tendo aprendido dimensionando algo mais além de mim mesmo, percebi profundos sentimentos de ternuras, e essas levo como fossem bagagem de uma longa e interminável viagem, às vezes aflitivas para chegar ao horizonte do auto perdão, por vezes na compaixão, noutras no entendimento do que como desafios a consciência presente, junto tudo no campo das experiências passadas, maturando meus procedimentos na maior consciência onde encontro a ovelha perdida de mim mesmo e do mestre que me instrui amoroso sempre.
Nesse reencontro do renascimento, que pode ocorrer a cada badalada do grande relógio que conta feitos e os guarda para serem repensados, remedidos em seu alcance como obra feita primeiro em mim, depois como reação que pode ser de auto perdão para que me harmonize, depois de amar na trajetória que prossegue fossem todos os instantes, preciosas contas, como as de orvalho nas folhas que todas as mágicas e luminosas manhãs vejo refletindo nelas a minha própria imagem, e isso que também é mistico enquanto lúdico traz encantamento, pois difere muito da postura de desânimo e que minhas dores do presente ou do passado se formatem com injustas, outrossim são preciosas lições onde a vida se renova em presentes disposições.
Assim me vejo assumindo as responsabilidades sobre mim mesmo, certo que fui ingênuo e inocente, ou imprudente em minhas escolhas, mas o passo seguinte ao engano constatado é o refazimento no meu íntimo desejo, se antes ansiava pelo ter conhecimento, caminho silencioso e disciplinando minha busca, olhando no entorno e tirando de cada presente a preciosa lição de vida que me oferece ao espírito revivente, tantas vezes quanto me sinta ovelha desgarrada, pois a consciência de perdido no mundo das ilusões que eu mesmo crio, constato, não é eterna na dor do engano cometido, sim de movimento de redimir-me refazendo o mesmo caminho com escolhas diferentes, doutra forma a eterna vida seria uma utopia inalcançável e vazia.
Começa a fazer sentido o conteúdo de uma página esvoaçante à lembrança, no passado onde eu lia “Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos” ,ao mesmo tempo, se não tivesse amor isso de nada me ,ao passo seguinte que o amor ensina, pois se me encontro me amando e se encontro desvio em engano, rogo mesmo vacilante para as forças que encontro no universo mais acima, pois há um campo de plenitude luminosa, educativa, que dita esperança e consolação quando estou em campo aflitivo, medindo-me em diversas fases da maturação do meu espírito, como se sempre fosse escolha minha o que sinto e a oportunidade nos presentes tantos fossem incentivos a conquistar-me resoluto, disciplinando minha consciência em cada vez mais acertos.
Na chegada do ponto onde o céu toca a terra, que é o exato ponto onde estamos mensurando nossos atos, compreendendo os comprometimentos do nosso passado, e nos renovando em esperança, “bem aventurados os aflitos porque serão consolados”, outra página esvoaçante que se me apresenta a lembrança, e à vista de esperança que em mim mesmo se fundamenta eu prossigo, mais a frente e mais acima do ponto que estou agora, algo ainda vacilante, temeroso, inseguro, apalpante aqui e e ali como se cego fosse, tentando uma espécie de luz que refulgente em si mesma de mim se aproxima, e não é cegante, é como se visse com a alma uma mão estendida saído dela convidando-me a descrevê-la para que pelas palavras outros também a vejam, como consolo vindo do ponto mais alto do céu tocando a terra.
De certo que quando sinto o ponto que o céu toca a terra, as palavras fluem como se minhas fossem enquanto educam minha alma propõem o compartilhamento com outras como a sua neste exato momento.
Que fique pois fixada alegria do servir, a quem? A mim e a qual se sinta como eu já me senti “ovelha perdida”.
João
Namastê
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Antonio Carlos Tardivelli