A um pedido do mestre.
Quando o amor nos solicita cooperação
em alguma obra sua, soa para nós como uma ordem imperativa e a resposta vem de
imediato, nos apresentando a tarefa, qualquer que ela seja, mesmo que nos
sintamos aquém, em qualidades de alma bem sabemos que quando obedientes ao
chamado do amor, seremos instrumentalizados quando carentes em nossas próprias possibilidades
discernitivas, por essa razão nos apresentamos aqui, modestos servidores da
seara do Cristo, em plano vibracional que difere do vosso, mais denso, é portanto necessário que se esclareça a cada passo, para que lhes sejam consolação
na vida que segue dentro do campo da misericórdia divina.
Seguimos conscientes do dever de
somente abordagens próximas ao vosso entendimento, não que detenhamos todo ele,
sim que o dever qual nos chama o sublime amigo, é com naturalidade trazer-vos
para que o acervo da esperança em futuro de pacificação, chegue a vossas almas,
pedintes ou não desta graça que oferece nosso senhor e redentor. Saber que a
vida prossegue para além da temporalidade em um corpo, oferece a consolação precisa
a quem por perda tenha a partida da dimensão física de uma pessoa muito amada.
Se nosso temor seja esse,
pacifiquemos, pois a vida prossegue além da vida e somos agora a mando do senhor
instrumentos de consolação, pois a verdade liberta como esta escrito na lei, e não
mais do jugo dos reis, liberta dos conflitos íntimos, liberta das culpas quais
nos agredimos em paralizações arbitradas, nos condenando quando o amor está a
nos oferecer presentes repetidos, foi assim também quando desligados do corpo
fisico, o primeiro momento é de pasmo, foi assim conosco quando o deixamos, depois vamos nos adaptando
pois as faculdades de alma retomam as percepções do presente movimento, e somos
amparados por amigos de muito tempo, cuja luz em aparência a primeiro toque do
discernimento, dizemos anjos de nossa guarda.
Logo, amados irmãos, a consolação
que trazemos é que a vida continua e somos nós os testemunhadores do campo invisível
aos encarnados, salvo algumas exceções das almas, com trato em missões especificas,
que “veem” nosso campo vibracional, entre aspas pois no campo de ser somente espírito
as percepções são da alma, e ver com a alma assim como foi necessária a adaptação
ou readaptação quando se nasce ou renasce para o campo encarnatório, também precisamos
desta condição ao voltarmos para casa. Esse voltar para casa nunca é para o
mesmo ponto onde nos encontrávamos, pois o progresso acontece sempre é
inevitável.
Assim nos esperam amigos em
alegria compartilhada conosco quando vencemos em nossas batalhas acrescentando
a nossa configuração de alma virtudes que nos elevam, ou quando em parte nos
deixamos derrotar, já que o composto de escolhas é de nossa total
responsabilidade, a misericórdia nos oferece os presentes, somos nós os responsáveis
por eles, e nem sempre fazemos as melhores escolhas, não importa a condição que
tenhamos em nossas escolhas, ao campo vibracional de somente espiritos, quando
necessitados contamos com a assistência amorosa de amparadores, e quando
vitoriosos como pais ou filhos da obra sagrada do senhor da vida, ou ainda como
irmãos em convivência, há jubilosa alegria no reentrar na esfera extrafísica.
Muitos pode argumentar porque não
somos nós os espiritos mais ativos junto a humanidade expondo a situação futura
de progresso de nossas almas, é fácil equacionar essa questão como resposta a
ti, muitos escolhem as ilusões do mundo, poucos são os que se dedicam as transformações
necessárias, ao despertamento das faculdades da alma, enquanto no templo escola
corpo, não se oferece ao cego senão a descrição das belezas da natureza, elas são
aceitas ou não por sua compreensão, em semelhança se descrevêssemos minuciosamente
os consequentes deveres junto ao conhecimento oferecido pelo Cristo, muitas
almas achariam o caminho muito difícil, assim como quando tocados pela
necessidade da pratica da caridade, juntam-se os miseráveis inativos, que se
julgam aquém do chamado para essa sublime missão de amparo e ajuda, que todos
podemos em algum grau exercitar. Repetem solenes, praticar a caridade é difícil,
vezes impossível, como se o senhor da vida estivesse desatento as nossas necessidades
de espírito e nos oferecesse escalada sem nos capacitar nos instrumentalizando a isso.
Por justa medida nos chama
segundo a maturação atingida, o bem é sempre fruto desta condução segura, onde
o mestre nos pede e nosso coração integralmente aceita, pois seu pedido quando
nos indica direção da prática dos deveres para com a humanidade, vem junto da
oportunidade a perspectiva de alegrias porvindouras, pois o maior beneficiário do
amor junto a humanidade é quem ama! É da lei divina. O porto da consolação mais
segura e abrangente, pois é fato que a “cada um segundo suas obras”, percebem o
espírito da letra na descritiva celestial do Cristo Jesus? Referente a nossa existência
como alma imortal, muito maiores as responsabilidades, maiores ainda os
movimentos de felicidade pois o trabalho onde o mestre nos situa, logrando êxito
em nós mesmos, a alegria do dever cumprido é de nossa justa posse.
A quem interessar possa, os
amigos que partem primeiro, estão assistidos sejam eles almas venturosas por
seus feitos junto aos deveres em beneficio da coletividade, ou no simples ato
de oferecer aos quais conviva uma amizade verdadeira e profunda, não se perde
nenhuma qualidade de alma que se vivencia, tudo é soma de virtude, e por razão que
só se explica pelo amar do divino provedor de vida, tanto o ser mais
embrutecido por maldades quanto nós aprendizes de amar amando, todos nós
chegaremos ao ponto mais sublime da existência, estar frente ao mestre e
fatalmente olharemos para nós mesmos, será sublimada alegria o que encontrarmos
em nós, reconhecendo entanto a condução dele, pois em verdade, ninguém vai ao
pai sem que trilhe e molde na própria alma o caminho a verdade e a vida que ele
oferece.
Entre as lagrimas de alegria
agora me despeço. Atendido o pedido ordem do cordeiro, trouxemos nossa modesta contribuição
a obra dele.
Quem tem olhos de ver que veja.
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli