E o semeador saiu a semear. Onde o reino dos céus é!
Quanto se nos apresente a prova, de vida que segue apesar da dor, quando alma querida parte antes de nós e fica um vazio, falta alguém a mesa, não se tem mais o ruído de chegada, quando mansamente entrava porta, ou de forma ruidosa, enfim sem mais sorriso ou palavra pronunciada, ficou um grande silencio.
Vez ou outra passeamos pelo evangelho nos deparamos com as sublimes mensagens do verbo divino, nos afirmando
ocultamente, que a vida prossegue sempre, que uma vez tendo investido em amar,
amar nunca se perde, vezes a saudade assola como dor provativa, afinal, partiu
antes para a viagem de retorno a ser somente espírito.
O semeador entanto, o Cristo,
deixa claro para nossa vista que ele cuida do terreno intimo se abrirmos a
porta para que entre, se o coração aceita o que a razão analisa como certo,
como vida, muito embora as provações estejam para esse final de ciclo ásperas e
difíceis, é onde se prova o espirito para que torne perene as aquisições em si,
de virtudes que o elevem a condição de terra boa.
De certo que muitas vezes
recebemos as perolas preciosas a beira do caminho e as ilusões quais nos
preencham a trajetória não permitem que a gente saia de pronto, do estacionário ensejo
de equivocadas posturas, que são escolhas feitas, entanto aquele que recebe com
indiferença, pois parece que não diz respeito a ele, são apenas palavras a seu
ver, claro que as ilusões aprisionando vão
se tornando um fardo por demais pesado, e aos que passam e pisam sobre suas convicções
equivocadas, mais amplia a angustia solitária, como que alguém se achegando lhe
retirasse do campo das convicções sob o lastro das ilusões o que seria a sua
vista justo e certo.
Para onde irá essa alma já que
vivente como todos os que se ligam ao templo escola, se não para a vertiginosa
viagem da alma por seus fazeres, suas obras em si mesma, repetindo as lições de
vida ate que se fixem e deixe de receber as predicas como se estivesse a beira
do caminho onde os pássaros vem e as retiram, fazem isso porque a alma escolhe ficar a beira do caminho como
terra improdutiva, que recebe de forma justa as sementes da boa nova, mas acha que esta não fala a si,
fala aos crédulos e místicos religiosos.
Noutra vez endurecidos por
sentimentos que nos afastam da bondade, egoicos ao extremo, duros na indiferença, como se o futuro fosse o tumulo e nada mais houvesse após a vida física, neste
engano discernitivo, já que toda alma foi feita pelo pensamento do supremo senhor
para ser plena, nenhuma confinada para todo sempre nos planos primitivos, se endurecidos
recebemos e refratários aos ensinamentos que nos elevam, na indiferença própria
dos apegados a matéria, ao ter que pensam ter, ignorando que ser é importante
absorvendo as lições de vida, mesmo os movimentos de equívocos frente as leis
divinas, há tempo de sermos como o filho prodigo, postos a vida escolhemos mal,
depois sendo a dureza gélida da pedra provada e reprovada varias vezes no forno das encarnações, onde a alma conflita
em si mesma, sofre, não entende porque sofre, ate que por ter em sua essência o
impulsionamento pela dor desperta e se torna receptiva ao que dita a lei
divina, discernindo o que lhe cabe.
Veja bem meu amado filho, nesta parábola,
Jesus o mestre de luz em nenhum momento condena pela eternidade quem não lhes
receba os ensinamentos redentores, que se portam como a terra pedregosa, ou
ainda a espinhenta que sufoca seus ensinos, já que a vida quando farta, sem que
nenhuma necessidade se nos atinja, podemos estar na escolha infeliz em permitir
que estacionemos nas ilusões, quando passam, e nos deparamos com nossa alma
sobrevivente, e olhando para esta em verdade, nada encontrando de virtudes, a
angustia que se instala é indesviável, entretanto quando falamos de vida e de
Deus, é preciso ter em conta que o supremo amor não é meio amor, a suprema misericórdia
nunca foi parcial privilegiando uns em detrimento doutros, quer a todos os que
cria segundo nossa vista em compreensão de agora, reunidos e felizes.
Tendo passado pelas experiências
e tomado posse de nós mesmos, conscientes
dos deveres quais nos chegam a compreensão precisa, e a eles nos dedicamos ao exercício,
é assim que a terra boa age, faz germinar o posto na sua essência, permite
consciente cada vez mais de si que germinem as sementes semeadas em nossas
almas, e que estas sigam caminho de desenvolvimento e crescimento, onde a tempo
de maturação na vida, exalam perfumes e oferecem frutos agradáveis, uns que por
verdade alimentam o espirito, outros por dedicação aos aflitos do caminho,
noutros ainda por feliz convivência com aqueles que buscam em insistência ao
mestre amado para que mais nos esclareça sobre a vida.
Ai nos tornamos arautos um tanto
do seu evangelho redentor, repetindo suas predicas nos tornamos consolação,
sinta meu amado, o profundo e rico significado de ser terra boa, pois chegada a
semente, oportunidade de vida, segue esta a produzir por efeitos ações e
comportamentos edificantes a si e ao outro, um gesto ou ação de bondade já premia
o emissor com muita paz interna, uma alegria intima de estar frente aos seus
deveres realizando caridade viva!
De certo que aos frutos desta
obra somos participes, observantes das leis em nós mesmos nos comportamos como
os eleitos aos quais é dado repetir as predicas do cordeiro, acrescentar a elas
elementos novos, elucidações de que a vida continua e que não perdemos nossos
caros amigos, que as oportunidade de desenvolver ainda mais a amorosidade se repetem
para todo sempre, e que o espirito de verdade que nos acompanha até a consumação
dos séculos, tendo por escolhas arbitradas, a terra boa e fecunda, construímos nossa
perene felicidade, recebendo a aprovação do mestre que nos ensina amar.
Sim amado, já recebemos as
sementes a beira do caminho, já fomos duros e frios como a pedra desprezando as
oportunidades que o divino condutor nos oferece, já fomos o espinheiro rico em
imperfeiçoes e equívocos sufocantes, hora nos encontramos como a terra boa, e
frutos não são para nossa colheita, todo efeito percebemos em nós mesmos
durante a trajetória é certo, e o que mais nos agrada é saber que as almas que
aqui chegam um tanto lhes oferecemos ao
discernimento, outro tanto, conquista individualizada pois a vida segue, a alma
se imortaliza em boas obras, nenhuma permanece para todo sempre nas escolhas
infelizes, a lei de amor isso não permitiria.
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli