segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Parábola do semeador


 E o semeador saiu a semear. Onde o reino dos céus é!

Quanto se nos apresente a prova, de vida que segue apesar da dor, quando alma querida parte antes de nós e fica um vazio, falta alguém a mesa, não se tem mais o ruído de chegada, quando mansamente entrava porta, ou de forma ruidosa, enfim sem mais sorriso ou palavra pronunciada, ficou um grande silencio. 

Vez ou outra passeamos pelo evangelho nos deparamos com as sublimes mensagens do verbo divino, nos afirmando ocultamente, que a vida prossegue sempre, que uma vez tendo investido em amar, amar nunca se perde, vezes a saudade assola como dor provativa, afinal, partiu antes para a viagem de retorno a ser somente espírito.

O semeador entanto, o Cristo, deixa claro para nossa vista que ele cuida do terreno intimo se abrirmos a porta para que entre, se o coração aceita o que a razão analisa como certo, como vida, muito embora as provações estejam para esse final de ciclo ásperas e difíceis, é onde se prova o espirito para que torne perene as aquisições em si, de virtudes que o elevem a condição de terra boa.

De certo que muitas vezes recebemos as perolas preciosas a beira do caminho e as ilusões quais nos preencham a trajetória não permitem que a gente saia de pronto, do estacionário ensejo de equivocadas posturas, que são escolhas feitas, entanto aquele que recebe com indiferença, pois parece que não diz respeito a ele, são apenas palavras a seu ver, claro que as ilusões aprisionando  vão se tornando um fardo por demais pesado, e aos que passam e pisam sobre suas convicções equivocadas, mais amplia a angustia solitária, como que alguém se achegando lhe retirasse do campo das convicções sob o lastro das ilusões o que seria a sua vista justo e certo.

Para onde irá essa alma já que vivente como todos os que se ligam ao templo escola, se não para a vertiginosa viagem da alma por seus fazeres, suas obras em si mesma, repetindo as lições de vida ate que se fixem e deixe de receber as predicas como se estivesse a beira do caminho onde os pássaros vem e as retiram, fazem isso porque  a alma escolhe ficar a beira do caminho como terra improdutiva, que recebe de forma justa as sementes  da boa nova, mas acha que esta não fala a si, fala aos crédulos e místicos religiosos.

Noutra vez endurecidos por sentimentos que nos afastam da bondade, egoicos ao extremo, duros na indiferença, como se o futuro fosse o tumulo e nada mais houvesse após a vida física, neste engano discernitivo, já que toda alma foi feita pelo pensamento do supremo senhor para ser plena, nenhuma confinada para todo sempre nos planos primitivos, se endurecidos recebemos e refratários aos ensinamentos que nos elevam, na indiferença própria dos apegados a matéria, ao ter que pensam ter, ignorando que ser é importante absorvendo as lições de vida, mesmo os movimentos de equívocos frente as leis divinas, há tempo de sermos como o filho prodigo, postos a vida escolhemos mal, depois sendo a dureza gélida da pedra provada e reprovada varias vezes no  forno das encarnações, onde a alma conflita em si mesma, sofre, não entende porque sofre, ate que por ter em sua essência o impulsionamento pela dor desperta e se torna receptiva ao que dita a lei divina, discernindo o que lhe cabe.

Veja bem meu amado filho, nesta parábola, Jesus o mestre de luz em nenhum momento condena pela eternidade quem não lhes receba os ensinamentos redentores, que se portam como a terra pedregosa, ou ainda a espinhenta que sufoca seus ensinos, já que a vida quando farta, sem que nenhuma necessidade se nos atinja, podemos estar na escolha infeliz em permitir que estacionemos nas ilusões, quando passam, e nos deparamos com nossa alma sobrevivente, e olhando para esta em verdade, nada encontrando de virtudes, a angustia que se instala é indesviável, entretanto quando falamos de vida e de Deus, é preciso ter em conta que o supremo amor não é meio amor, a suprema misericórdia nunca foi parcial privilegiando uns em detrimento doutros, quer a todos os que cria segundo nossa vista em compreensão de agora, reunidos e felizes.

Tendo passado pelas experiências e  tomado posse de nós mesmos, conscientes dos deveres quais nos chegam a compreensão precisa, e a eles nos dedicamos ao exercício, é assim que a terra boa age, faz germinar o posto na sua essência, permite consciente cada vez mais de si que germinem as sementes semeadas em nossas almas, e que estas sigam caminho de desenvolvimento e crescimento, onde a tempo de maturação na vida, exalam perfumes e oferecem frutos agradáveis, uns que por verdade alimentam o espirito, outros por dedicação aos aflitos do caminho, noutros ainda por feliz convivência com aqueles que buscam em insistência ao mestre amado para que mais nos esclareça sobre a vida.

Ai nos tornamos arautos um tanto do seu evangelho redentor, repetindo suas predicas nos tornamos consolação, sinta meu amado, o profundo e rico significado de ser terra boa, pois chegada a semente, oportunidade de vida, segue esta a produzir por efeitos ações e comportamentos edificantes a si e ao outro, um gesto ou ação de bondade já premia o emissor com muita paz interna, uma alegria intima de estar frente aos seus deveres realizando caridade viva!

De certo que aos frutos desta obra somos participes, observantes das leis em nós mesmos nos comportamos como os eleitos aos quais é dado repetir as predicas do cordeiro, acrescentar a elas elementos novos, elucidações de que a vida continua e que não perdemos nossos caros amigos, que as oportunidade de desenvolver ainda mais a amorosidade se repetem para todo sempre, e que o espirito de verdade que nos acompanha até a consumação dos séculos, tendo por escolhas arbitradas, a terra boa e fecunda, construímos nossa perene felicidade, recebendo a aprovação do mestre que nos ensina amar.

Sim amado, já recebemos as sementes a beira do caminho, já fomos duros e frios como a pedra desprezando as oportunidades que o divino condutor nos oferece, já fomos o espinheiro rico em imperfeiçoes e equívocos sufocantes, hora nos encontramos como a terra boa, e frutos não são para nossa colheita, todo efeito percebemos em nós mesmos durante a trajetória é certo, e o que mais nos agrada é saber que as almas que aqui chegam  um tanto lhes oferecemos ao discernimento, outro tanto, conquista individualizada pois a vida segue, a alma se imortaliza em boas obras, nenhuma permanece para todo sempre nas escolhas infelizes, a lei de amor isso não permitiria.

Namaste

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caso goste de alguma postagem do meu blog, fique a vontade para comentar, criticar, compartilhar
Antonio Carlos Tardivelli