Parábola do joio e do trigo.
Sem a vista da misericórdia divina
bem postada em nosso mental abstrato, e sem que se considere a vida que se
eterniza para a alma criada por Deus, pouco se entende da misericórdia e da própria
existência sem fim, é isso que o cristo preconizava em suas palavras de vida
eterna, já que sabemos que o corpo templo, tem por mais que a alma fique ligada
a ele, um tempo determinado, quando se exaure as energias que ligam ao fisico, a
alma, que temos por nossa vista como imortal ser criado por Deus se liberta
como estivesse em um casulo e volita para a esfera condizente com sua vibração intima.
Dito isso, sem as sombras dos
dogmas que cerceiam a visão, colocamos nossa alma na escrita, buscando o espírito
de verdade para que nos seja o orientador preciso. Há muitas moradas na casa de
meu pai foi dito pelo cordeiro, desta perspectiva podemos considerar que nestas
moradas habitam os seres segundo seu grau de autoaplicação e observância das
leis divinas, no nosso caso temos as palavras do cordeiro para nos orientar
neste caminho reflexivo e como direção para nossas ações em comportamentos e
pensamentos.
Como todo reino, um preposto pelo
pai celestial, o Cristo, e todos nós almas viventes por sua palavra que é lei,
trazemos seu reinado em nós mesmos, somos portanto os componentes vivos deste
reino, que para nós que nos sentimos nele, é um reinado do amor na acepção da
palavra, por essa razão nosso foco é mais que consolador, já que mesmo para o
joio que separado em será jogado nas fornalhas ardentes das encarnações redimitivas,
e isso é concluso na questão das muitas
moradas, umas mais elevadas compostas por espiritos felizes, outras menos
ditosas como é o caso da terra, que passa para um novo patamar lentamente,
tendo no campo das encarnações, a retirada do ambiente terrestre para outra
morada, aquelas que tem o comportamento e ação de joio, ou seja, os cruéis, os
que praticam a maldade, os autores de ações degradantes seguirão para as mais
primitivas.
O que é justo, e foi alerta que foi
visto e revisto pelas almas que aqui chegam, pelos mais de dois milênios que se
passaram, de que chegaria a hora e é agora, onde o joio seria separado do
trigo, na significação do nosso discernir, o trigo são as almas generosas e
boas que aplicam-se a integrar-se totalmente no reinado de amor do cordeiro,
dando frutos como ele mesmo disse em outra parabólica expressão da lei, de trinta,
outro sessenta, outro cem por um, o que significa que os herdeiros da terra, os
mansos, são participes deste reinado pois a mansuetude é uma qualidade de alma
que promove não somente o possuidor, sim todos ao seu alcance, já que nas
nossas expressões pela fala, pela escrita, pelos comportamentos e ações, somos
todos influenciadores uns dos outros, ora neste reino, influenciar para a
diretiva do amor é o fruto esperado dos seguidores do cordeiro de Deus que tira
o pecado do mundo interno nosso, nos promovendo assim na escala evolutiva.
O queimar, para a alma que
experimenta hoje as benesses da tecnologia que vem para facilitar e ampliar a possibilidade
evolutiva do ser, seria ter que recomeçar sua trajetória ascensiva de um ponto
bem primitivo, rude mesmo com as lembranças que ainda nos vem da arqueologia,
onde nossas feições no plano fisico eram animalescas, e por essa rude estação, quebrávamos
pedras, disputávamos a sobrevivência do dia não sem o egoísmo, ate que fomos
compondo no ambiente familiar os primeiros passos do amor fraterno, do colocar
o outro no mesmo nível dos nossos interesses por sobreviver, compartilhando
nossas conquistas, e o trigo isso faz, mais que alimenta quando conceito bem
entendido, consola a alma por saber-se amada pelo cristo, não fosse por seu
pleno amor, deixando as paragens sublimadas para tomar um templo corpo onde experimentamos
nossas provas e aflições, e promovendo a nossa redenção, para nos encaminhar neste reino de amor, que
necessita da vontade para ir ate as profundidades de nossas almas, descobri-lo
em nós e o manifestarmos dando frutos que alimentam outras almas, em porvindouro
tempo, onde serão postos os mansos, os bondosos, os generosos, em grau de convivência
onde as virtudes da alma sejam uma constância no coletivo elevando nossa
humanidade para um modo de regeneração coletiva, ou seja, curar as feridas da
alma, estabelecer maior luz interior, aprender realmente com nosso passado
delituoso e modificar pois no reino de amor do cristo só adentram aqueles que
passam pela porta estreita das transformações interiores que elevam o ser a renovação
de si.
Falamos da misericórdia ligando
as tantas moradas com nos revela o cordeiro, pois foi construída uma vista
inadequada da misericórdia, confinando a letra o significado que não foi desejo
do senhor que assim fosse, pensar que Deus suprema perfeição criaria almas viventes
e aquelas que cometessem equívocos discernitivos, ou se deixassem nas sombras
destes equívocos, seriam torturados para sempre por um senhor do mau em fogo
eterno, em verdade vos digo, que o fogo dito pelo cristo, esta relacionado com
as encarnações em mundos mais primitivos que o vosso amado irmão, é para esses
mundos, que seguirão as almas endurecidas pelo egoísmo para retomarem de um
ponto bem primitivo a reconstrução das
diretrizes evolutivas em si e manifestas nas suas ações, frutos que são de condição
intima auto arbitrada.
Veja amado irmão o cristo nada impõe,
convida! Espera nossa resposta quando vamos em sua direção para segui-lo, ora se
nos achegamos a ele por certo pediremos, senhor que eu veja! Já que nos indagará
o que queres que te faça, e veremos, pelo espírito de verdade o reino dos céus
em nós mesmos!
A consolação é essa, a vida
prossegue em seu fluxo inevitável, é lei divina posta nas almas, todos devem
por justa medida seguir pelo mesmo caminho, descortinar o reino dos céus em si
e manifesta-lo nas ações em convivência, ora é justo que os bondosos e
generosos convivam na paz que constroem e coletivamente, ampliando pela harmonia
entre os seres os caminhos generosos do criador supremo, que na sua misericórdia
estabelece a lei do reencontro consigo na esfera divina por todas as almas,
neste sentido viemos todos nós de Deus, nosso princípio, seguimos uma trajetória
estabelecida por ele mais longa por nossos enganos, mais breve por nossos
acertos, para chegar ate ele, nosso porto para a eternidade de amor em misericórdia,
para outras paragens que não podemos dimensionar agora, trabalhemos edificando
a nobreza de alma, ela nos elevara paulatinamente a compreensão do porvir que nos
aguarda a todos .
Sim, é justa a lei de causa e
efeito, ser considerado trigo ou joio e recolher os efeitos de nossas escolhas
por ações em nós mesmos.
Por hoje e sempre. Pois a justa condenação
que amor impõe é ser eternamente amor.
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli