terça-feira, 3 de agosto de 2021

A parábola do joio

 

Parábola do joio e do trigo.

Sem a vista da misericórdia divina bem postada em nosso mental abstrato, e sem que se considere a vida que se eterniza para a alma criada por Deus, pouco se entende da misericórdia e da própria existência sem fim, é isso que o cristo preconizava em suas palavras de vida eterna, já que sabemos que o corpo templo, tem por mais que a alma fique ligada a ele, um tempo determinado, quando se exaure as energias que ligam ao fisico, a alma, que temos por nossa vista como imortal ser criado por Deus se liberta como estivesse em um casulo e volita para a esfera condizente com sua vibração intima.

Dito isso, sem as sombras dos dogmas que cerceiam a visão, colocamos nossa alma na escrita, buscando o espírito de verdade para que nos seja o orientador preciso. Há muitas moradas na casa de meu pai foi dito pelo cordeiro, desta perspectiva podemos considerar que nestas moradas habitam os seres segundo seu grau de autoaplicação e observância das leis divinas, no nosso caso temos as palavras do cordeiro para nos orientar neste caminho reflexivo e como direção para nossas ações em comportamentos e pensamentos.

Como todo reino, um preposto pelo pai celestial, o Cristo, e todos nós almas viventes por sua palavra que é lei, trazemos seu reinado em nós mesmos, somos portanto os componentes vivos deste reino, que para nós que nos sentimos nele, é um reinado do amor na acepção da palavra, por essa razão nosso foco é mais que consolador, já que mesmo para o joio que separado em será jogado nas fornalhas ardentes das encarnações redimitivas, e isso é concluso na questão das  muitas moradas, umas mais elevadas compostas por espiritos felizes, outras menos ditosas como é o caso da terra, que passa para um novo patamar lentamente, tendo no campo das encarnações, a retirada do ambiente terrestre para outra morada, aquelas que tem o comportamento e ação de joio, ou seja, os cruéis, os que praticam a maldade, os autores de ações degradantes seguirão para as mais primitivas.

O que é justo, e foi alerta que foi visto e revisto pelas almas que aqui chegam, pelos mais de dois milênios que se passaram, de que chegaria a hora e é agora, onde o joio seria separado do trigo, na significação do nosso discernir, o trigo são as almas generosas e boas que aplicam-se a integrar-se totalmente no reinado de amor do cordeiro, dando frutos como ele mesmo disse em outra parabólica expressão da lei, de trinta, outro sessenta, outro cem por um, o que significa que os herdeiros da terra, os mansos, são participes deste reinado pois a mansuetude é uma qualidade de alma que promove não somente o possuidor, sim todos ao seu alcance, já que nas nossas expressões pela fala, pela escrita, pelos comportamentos e ações, somos todos influenciadores uns dos outros, ora neste reino, influenciar para a diretiva do amor é o fruto esperado dos seguidores do cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo interno nosso, nos promovendo assim na escala evolutiva.

O queimar, para a alma que experimenta hoje as benesses da tecnologia que vem para facilitar e ampliar a possibilidade evolutiva do ser, seria ter que recomeçar sua trajetória ascensiva de um ponto bem primitivo, rude mesmo com as lembranças que ainda nos vem da arqueologia, onde nossas feições no plano fisico eram animalescas, e por essa rude estação, quebrávamos pedras, disputávamos a sobrevivência do dia não sem o egoísmo, ate que fomos compondo no ambiente familiar os primeiros passos do amor fraterno, do colocar o outro no mesmo nível dos nossos interesses por sobreviver, compartilhando nossas conquistas, e o trigo isso faz, mais que alimenta quando conceito bem entendido, consola a alma por saber-se amada pelo cristo, não fosse por seu pleno amor, deixando as paragens sublimadas para tomar um templo corpo onde experimentamos nossas provas e aflições, e promovendo a nossa redenção,  para nos encaminhar neste reino de amor, que necessita da vontade para ir ate as profundidades de nossas almas, descobri-lo em nós e o manifestarmos dando frutos que alimentam outras almas, em porvindouro tempo, onde serão postos os mansos, os bondosos, os generosos, em grau de convivência onde as virtudes da alma sejam uma constância no coletivo elevando nossa humanidade para um modo de regeneração coletiva, ou seja, curar as feridas da alma, estabelecer maior luz interior, aprender realmente com nosso passado delituoso e modificar pois no reino de amor do cristo só adentram aqueles que passam pela porta estreita das transformações interiores que elevam o ser a renovação de si.

Falamos da misericórdia ligando as tantas moradas com nos revela o cordeiro, pois foi construída uma vista inadequada da misericórdia, confinando a letra o significado que não foi desejo do senhor que assim fosse, pensar que Deus suprema perfeição criaria almas viventes e aquelas que cometessem equívocos discernitivos, ou se deixassem nas sombras destes equívocos, seriam torturados para sempre por um senhor do mau em fogo eterno, em verdade vos digo, que o fogo dito pelo cristo, esta relacionado com as encarnações em mundos mais primitivos que o vosso amado irmão, é para esses mundos, que seguirão as almas endurecidas pelo egoísmo para retomarem de um ponto bem primitivo a  reconstrução das diretrizes evolutivas em si e manifestas nas suas ações, frutos que são de condição intima auto arbitrada.

Veja amado irmão o cristo nada impõe, convida! Espera nossa resposta quando vamos em sua direção para segui-lo, ora se nos achegamos a ele por certo pediremos, senhor que eu veja! Já que nos indagará o que queres que te faça, e veremos, pelo espírito de verdade o reino dos céus em nós mesmos!

A consolação é essa, a vida prossegue em seu fluxo inevitável, é lei divina posta nas almas, todos devem por justa medida seguir pelo mesmo caminho, descortinar o reino dos céus em si e manifesta-lo nas ações em convivência, ora é justo que os bondosos e generosos convivam na paz que constroem e coletivamente, ampliando pela harmonia entre os seres os caminhos generosos do criador supremo, que na sua misericórdia estabelece a lei do reencontro consigo na esfera divina por todas as almas, neste sentido viemos todos nós de Deus, nosso princípio, seguimos uma trajetória estabelecida por ele mais longa por nossos enganos, mais breve por nossos acertos, para chegar ate ele, nosso porto para a eternidade de amor em misericórdia, para outras paragens que não podemos dimensionar agora, trabalhemos edificando a nobreza de alma, ela nos elevara paulatinamente a compreensão do porvir que nos aguarda a todos .

Sim, é justa a lei de causa e efeito, ser considerado trigo ou joio e recolher os efeitos de nossas escolhas por ações em nós mesmos.

Por hoje e sempre. Pois a justa condenação que amor impõe é ser eternamente amor.

Namaste

 

 

 

 

 

 

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Antonio Carlos Tardivelli