segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Movimento de vida


Se tens como eu dor lancinante, cuja causa parece vir de perto, não cessa, cerca-te com certo desanimo, uivam os ventos da desesperança, saiba, como eu creio e sei, tudo passa!

A vida física passa no seu torvelinho de situações em que, desde o surgimento a consciência de mim mesmo, foi espinhosa e difícil, na infância, a luta pela sobrevivência sentida pelo labor dos pais sempre foi nos presentes desafiadora as nossas almas.

Sim, criança sente e entende muitas coisas, embora seu campo de ação seja somente sobre seus sentimentos, em meu pensamento buscava o senhor da vida, que o pároco falava que se fechava em um sacrário, ledo engano, o senhor vibra em toda sua criação, veja a flor bela compondo um jardim de cores e odores, cada uma delas traz a energia criadora do senhor da vida.

E a infância passa, passou com seu quantum de decepções, angústias e medos, equívocos que a inocência produz como ação e se instala um grau de sentimento de culpa, a primeira dor na alma é quando nossos valores confrontados com as leis divinas, não batem exatamente em total acerto, entretanto, passa o momento e a lição fica fixada. Não acertamos todo tempo e quando atentos as lições de vida, as vitorias conseguidas, sempre no limite de nossas forças em entendimento, moldam nossos presentes em aceitação e coragem para todos os enfrentamentos.

Temos gosto é verdade, de sussurrar palavras ao poeta, visitando suas próprias memorias já que em semelhança a vida pulsa em toda alma, todas procuram a paz que há para ser encontrada nos efeitos de tanta busca por realizar ações enobrecidas, não sem antes experimentar junto aos acertos os equívocos naturais da inocência.

Chegamos ao ponto onde confrontamos a ciência dos mais velhos, na realidade trazemos valores na alma de um tempo outro onde nos dedicamos as vivencias da lei divina, sofremos os rigores, vencemos nossos limites, ponderamos sobre a realidade de nossas dores presentes, dos desafios que se apresentam, o primeiro trabalho porque já desperta a necessidade de sobrevivência, os pais, provedores desde a infância, do mínimo para que se sobreviva, fica claro nossos deveres para conosco, temos que agira, quiçá todos tenham um Antônio e uma Leontina em suas vidas, cuidadores desta alma que se deixa inspirar por outras a proximidade, visitando todas as vivencias, e tomando posse das letras para demonstrar vida que passa.

Chega a maior maturidade e um desejo incontido surge, formar um grupo familiar, encontrar uma companheira ou companheiro para dividir essa tarefa, trazer outras almas para as lições de vida para elas, se o máximo em benefício destas, seja lá o que que tragam fixados em si para corrigir ou para ampliar no campo das virtudes de almas, isso também passa, fazem escolhas, por vezes com base no que trazem em inscrições de outras vivencias, já que sabemos que a vida não começa na ligação com o corpo da alma nascente, é sim, algo entre nós e Deus individualmente, onde nos fez com todas as possibilidades de sermos plenos por nossas escolhas.

Nosso instrumento mediúnico, passa por momentos aflitivos, mas tudo passa bem sabemos, a vida passa e os anos já contados isso indica, mas segue a vida, também bem sabemos, porque nossa busca comum foi preenchida pelas vivencias onde nossos contatos repetidos são os fundamentos da nossa fé no futuro que vem, por justo anseio, senhor da vida, permita-nos a paz construtiva onde nos situe em condição de sermos na continuidade uteis sob o lastro da experiencia adquirida.

Aos amados que nos empresta, que nem sempre escolhem com acerto, como nós também fizemos em alguns momentos, perdoa senhor, ampara com vossa misericórdia essa nossa passagem por um templo escola, que sentimos nos aprimora, suplicamos senhor vossa misericórdia, como pais, que por vezes aos filhos amados não encontramos meios para socorrer, já que livres podem escolher como nós fizemos nos presentes, e nem sempre escolhemos com todo acerto, contamos com vosso perdão misericordioso, a todos nós senhor.

Tremula o lápis frente as lagrimas do caminho indesviáveis, o que fica, das percepções de vida desde a infância, quando eu instrumento, lia na natureza vossa beleza em realizações senhor, o melhor louvor que posso oferecer, não que necessites de mim, eu sim de ti todo tempo, mas com sincera dobradura, minha alma evocando as lembranças, onde tudo passou e me faço presente agora diante de tua presença.

Rogar por aqueles que me confiaste o máximo possível do meu discernimento, envolva a todos senhor, é minha súplica, no abraço mais que amoroso de vossa misericórdia, permita-nos refazer onde nos equivocamos, tomar as lições de vida no tempo que passa, fixando em nossas almas todo amparo recebido, dos pais amigos devotados, de todos os que te buscam e louvam contagiando nossas almas com verdades profundas.

Essas horas de lagrimas passarão.

Gratidão senhor pelas lições de hoje

Antonio Carlos Tardivelli e por justa vista, as almas que juntas comigo me inspiram a rever os movimentos de vida

 

 

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Antonio Carlos Tardivelli