Entendo que no tempo nos prova, por justiça nos alcança, embora grandes devedores de vossa misericórdia, sempre recorrentes em pedidos de amparo e ajuda, suplicantes, pois não há outra medicação que nos cure, nem a outro ao qual possamos nos colocar assim, tendo a partir do quarto onde conversamos sobre nossos segredos, para que vejas senhor e nos ouça as súplicas, nem sempre justas, nem sempre tendo méritos para alcançar em nossa busca, mas repetimos sempre nosso peditório, porque senão a ti, a quem iremos, só tu senhor podes perdoar nossos pecados.
Outros nos impõe ritos vazios, sem nexo por justa vista, que aprendemos a relacionar com o que temos, sem julgamentos, a não ser o ponto de necessitados quais nos encontramos, nos ensina entanto a discernir entre os espíritos, e não achamos porto para desaguar nossas angustias, somente nestes momentos em que estamos à tua procura, como acessando o primeiro movimento do nosso ser, que é por tua vontade, recobramos disposição íntima em seguir em frente, a pesar, as nossas angústias, medos, inseguranças, nos sentindo muita vez incapazes de realizar o que a nós colocas como tarefa sagrada.
Percebendo o que nos envia, alguma vez na forma de pequena luz esvoaçante, marcando a nossa vista que devemos despertar para a tarefa agendada, por tua vontade aqui feita, não por mérito nosso, sempre toda realização precede no tempo em um corpo, fora dele como espíritos, criados por ti, em benevolente postura que nos indica diretivas diversas, e de novo retornamos ao princípio, Senhor, para que nos acode na tarefa nos instruindo para a sagrada obra, onde podemos alcançar consolação para dela, vinda de vossos emissários, consagrar nossa alma em trato produtivo compartilhado.
É como sentimos que nos comportamos diante da vida, por vezes, nosso sentimento de grão muito pequeno, de fé que um tanto pensa no que pode e não pode, no que deseja e não sabe se o desejo é justo, que nos equivocamos muita vez no caminho que nos é dado por existência, a nosso ver no sentir sem fim, gostaríamos de ter uma fé do tamanho do grão de mostarda, mas nos sentimos aquém, muita vez nas provas, queremos milagres e até ousamos pedir por eles, até quando como cuidadores dos filhos que nos empresta, sentimos o peso de nossas limitações, mesmo sob o fardo leve que o amor do Cristo nos ensina, suplicantes ainda, ousamos por assistência, pelo milagre a nossa vista em nosso desejo, já que sem o grão de mostarda diminuto como fé, por nós mesmos senhor não ousamos, suplicamos apenas sua interferência
Entretanto, por pautamos disposição tua em nossa intimidade, apenas seguimos e confiamos, afinal, depois de que se apresenta pequena luz em tom azulado a nossa vista, como se tivesse vida própria nos chamando, para que nos coloquemos como instrumentos do teu verbo, nossa dor, transformemos elas em consolação, nossas angústias tomássemos por empréstimo que seja, da paz que o Cristo nos oferece, íngreme é o caminho levando o corpo pesado que nos angustia, como prisioneiros buscando a luz entre as grades dos nossos equívocos, rememorando passadas condições de vida, por vezes repetindo o sofrimento, trazido por nossa consciência, como juiz e sentença, não reconhecemos em nós méritos, suplicamos por perdão por nossas faltas.
Mais uma vez senhor, entre tantas na vida que nos concede, somos de novo suplicantes, por um milagre apenas, não a nós senhor, mas por tua misericórdia em causa de alguém que se perde em tantos descaminhos, que levam a angustiosas condições, sabemos que já nos concede alguma coisa de compreensão, precisa em tua justiça por lei divina, então nós os pecadores suplicantes, pedimos vossa interferência, a nossa vista, um milagre no que não podemos, só sentimos que podemos as vezes suplicar a ti, porque não há outro, posto por ser caminho verdade e vida, vieste por nós senhor os adoecidos de alma, suplicamos por vossa benção em perdão, por misericordiosa ação vossa na direção do que te pedimos aqui neste quarto escuro, onde somente tu acessas nossos segredos mais íntimos.
Bem sabemos, que não é pela multidão de palavras que atendes, mas se não tomamos por direção buscar-te nas angústias, com tantas palavras, que nos ensinas a dizer em nossa busca, a quem iremos senhor, pois não há outro como tu, Adonai, Adonai, Adonai.
Sentimos que é assim que é, está posto, Adonai vê o que está em segredo, e prepara sua resposta, agora, sempre agora, o futuro também lhe pertence em justa medida por si mesmo, então por essa lógica, pedimos e agradecemos aqui e agora, pelo que temos, pelo que não temos, pelo que nos concedes em tua misericórdia…
É nosso juiz
Agora e sempre
Irmãos em caridade
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Antonio Carlos Tardivelli