quarta-feira, 27 de julho de 2022


Eu que existe 


Alerta o teu ser que insiste, ao ir de encontro ao vosso desejo de estar feliz, para que olhe para si no que faz, pensa, sente, age, pois esse desejo é sequência de quietude para que na calma e pacificação que te rebusques, compreendas que a felicidade é o que entendes sentir no que pensas, ages e te retorna como construtor de si em tuas obras, irrevogável lei por ser divina, a isso condiciona o estar e que na sequência dos momentos passam, como tudo passa, vezes sem que se perceba como a luz do dia onde visita a noite e consequente o inverso escuridão e luz.


O eu que existe, considera, insiste, aquele que corrige quanto se engane, trata a si enquanto pensa e como a felicidade para ser plena, necessita passar com teu mental pelo passado, compreender seus atos, corrigir seu rumo quando equivocado, somente o eu que insiste em ser grande isso torna, por ritmada insistência, na perseverança vai agregando valores outros aos que já tenha, como aluno em vida que se renova dia após dia, e a nossa vista até a consumação dos séculos.


Neste encontrar-se no eu que existe, o que está e ainda pode porque entende, que chegará mais além tendo em si muito mais a oferecer, a vida é uma composição por instrumentalização, o ser no estar agora, como efeito ativo para o teu futuro, na disposição quântica do eu que insiste em amar, mais ama, mais compreende o ser caridoso que se toma por luz irradiante ,é também fruto, como em toda ação por reação é inevitável, o semeador via de regra, quando não o próprio Cristo, é sempre um de seus prepostos, nos indicam diretivas pela pura inspiração, permanecendo nelas, medimos a nós mesmos por justa vista em ascensão dentro de nossos presentes.


O eu que existe opciona em estar consolação, abre as portas da esperança, participa sendo ela a quem procure sem encontrar, claro que no mundo há os indiferentes, por vezes até com relação à própria sorte, se é que existe sorte, porque tudo se encadeia, sempre quando há falta, surge o ser que ama preenchendo ao que não tem no que não sinta, ou pensa nada ter, mostra o caminho de conquistar-se, ter fé e possuir a si é o porto do ser que existe, e isso oferece como vista possível de encontro consigo quem se desencontre, em outras palavras, recoloca-se em vida de espírito porque isso é todo ser que existe, e o que importa,  no corpo entende que transita, no espírito sente que virá sempre um novo presente diante de si, vai renovando sua esperança porvindoura, em alegria alegrando-se, e alegrando no seu entorno agora, sempre agora porque se sente existente onde se faz como quem dá porque recebe um presente.


Sabemos que por nossa linguagem, é difícil a compreensão para o ser que insista no não querer-se, no negar-se de pronta ação, onde lhe pareça que não é fala a si, no que aqui encontra entretanto, que bem , pode parecer fora a quem não compreenda, entanto por justa vista, nunca esse conteúdo está fora,  pode ser mais ampla a vista do que está escrito, porque ao ser que existe está dado por providente ação, para que progrida, lei que insiste que progrida, logo no ser que existe sempre tem o próximo passo mais acima por estar dentro, onde mais se completa, logo, se estás diante minha insignificância, é mais que aparente, entanto por ser que existe podera, qual o bem mais precioso, ter ou ser, não o que se pensa ter, sim o que é por fato existente em si, assim, a letra quando detém espírito, fala linguagem de espírito, vezes consola enquanto consola-se, noutra circunstância abre portais de esperança sendo ela.


Onde estás meu amor, o poeta pergunta a palavra para que encontre seu amor, é algo transcendente, nunca parado no que sente que existe, porque a existência é um constante desafio, onde se supera o passado nos presentes, tornando-se outro ser novo constantemente, o primitivo evolui em sua consciência e não é mais igual desde o ponto de partida, sempre agrega em seus valores a constância da experiência, de ser um ser que existe, pois o que a si se dá é seguir sempre em frente, retomando de um outro patamar o que se concede no presente, como se completasse o passo vacilante com firmeza de propósitos que mais o elevam, sentindo que sua existência será ate a consumação dos séculos, isso o espírito de verdade em si assevera.


Como se tendo uma voz interna que é sempre insistente para que siga um tanto mais, com coragem, mais a frente, pois coragem não é o entregar  a vida para perdê-la, é viver o que seja necessário para que  encontre em seus passos, se não agora porque não compreende ainda o que seja, ser que existe, há sim, os que não se importam com o que sejam, indiferentes à própria sorte, nunca é assim para a alma alada que sempre se reescreve, ampliando os horizontes que hoje entenda no ser que existe, não que apenas seja respirar viver, olhar para ver, dimensionar para entender no que se sinta, o que é agora, neste fechamento traz em si o ato em continuidade, sou um ser que existe agora, já fui antes,  sinto que virão ainda intermináveis presentes, se me angustio na espera alguém consola, porque já chegou onde estarei no meu desejo, no ponto que estou agora, para ser o que me importa no que sinta, estamos juntos em uma tarefa que transcende, de mim para ti que aqui chega, porque existes, sentes?


É o ser que existe, que importa, que tem um porto onde descansa enquanto trabalha, transita, aprende, assim nós somos juntos no espírito da letra


Namastê



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Antonio Carlos Tardivelli