A necessidade e a disciplina no perdão
Uma viagem é o que propomos, para todos que queiram surpreender-se, não iremos para o espaço infinito visitar mundos felizes, sim para um campo realizativo onde escolhemos ser o que nos tornamos. Nos primeiros passos de melhor discernimento, pouco ou nada entendemos da escrita, uma mão segura a nossa nos primeiros rabiscos, assim como um abraço incentivador aguardando a distância segura, onde vacilantes ousamos caminhar em equilíbrio que vai se consolidando.
Esse ir onde se alcança, a primeiro passo pode ser dificultoso, mas de origem já dispomos como que um arquétipo posto a ser utilizado constantemente, de forma a sentir a disciplina em vida nos encontrando a caminho dos próximos presentes, estabelecemos uma rotina repetida, ir para dentro de nós mesmos, muito embora a fala a princípio nos pareça estranha, a repetimos até entendermos o que nossa própria alma nos segreda.
De certo que para perceber o plano vibracional que nos entrelaça, temos por objeto de vida apenas sentir e ser amor, nesta lógica onde damos o que temos de ambas as partes, nossa necessidade é preenchida à medida que nos tratamos em disciplinada insistência, eu quero crer então rebusco em meus valores percepções mais antigas fixadas, pois sinto que não sou desde o momento do renascimento, vim de outro plano existencial, onde olhando a terra dos planos espirituais em quais me situava, via a beleza do jardim terreno, das cores, dos sorrisos, das reuniões festivas, onde aglutinam-se almas como que querendo compartilhar alegrias.
Da vontade de ir para esse mundo, então meu pensar é tragado por uma força que não se resiste a ela, e dê um salto quântico, parece que a partir de mim algo minucioso e complexo começa a se formar mergulhado em uma espécie de bolha com ligação de somente luz a princípio, depois se densifica em meu entorno uma organização minuciosa em sistemas organizados, a primeira coisa que sinto, é um pulsar ritmado, como se minha voz fosse já tomando parte de pensar ativo, intuitivo, sem formação senão dos meus pensamentos em linguagem única , o que vai ocorrer a partir de agora? E o tempo que se conta nesta bolha, parecendo um instante, de repente algo frio, cortante, tira as partes de mim me fracionando, me revolto porque me parecia o mais certo seguir vivendo, pois me aguardavam provas ao crescimento, mas infelizmente fui rejeitado em um aborto agressivo, que me pariu em partes, não me permitindo ser o todo, corpo e espirito, ou espirito e corpo como queiram.
Foi retomada outra planilha de planejamento, porque deveria e estava destinada a ser um arauto de outras esferas, mais uma vez a disciplina eterna me confina noutra viagem de luz em consciência de mim mesma, para repetir o processo, neste ponto, já me apiedo dos que me cortaram, a anterior possibilidade de manifesto do meu espírito, outra alma nobre me recebe, na simplicidade de um casebre, e meu espírito exulta alegremente, mais uma vez retomo a disciplina de nascer segundo minha necessidade de espírito.
Há uma necessidade que se fixa no passado para colher no futuro, é o que dita a lei na existência de espírito, surge então em um choro estridente parecendo ser gente, recebida com um sorriso farto em alegria, alguém me aquecia em seus braços me oferecendo seios fartos de um líquido precioso, mas isso tudo foi um passo, repetido por necessidade do meu espírito, sujeito à mesma lei de causa e efeito. Depois do choro já reconhecem a sequência disciplinada da vida física, da semente surge a árvore, não foi comigo diferente, cresci num lar amoroso onde as sequelas do meu passado na forma de uma tristeza inexplicável me acompanhou durante algum tempo, deixou suas marcas, deixou, mas passou.
Como tudo se entrelaça por lei eterna, a necessidade do outro em função de ato delituoso frente a vida, sem que se meça o sofrer do espírito por renascer, retorna ao emissor porém, pode encontrar porto generoso no perdão do agredido, este também necessita disciplinar o seu perdão, muita vez em ação como reação mais diretamente, na nova oportunidade recebida fui instrumento por perdão, a primeiro instante nos acontecimentos conflitantes em uma gravides indesejada, fustigada para que procedesse de igual forma criminosa com o espírito que por meu corpo era trazido a sua colheita obrigatória e a minha semeadura.
O feto entanto sentiu toda discussão sobre abortar ou não, seu nascimento, era aquela que me abortara vindo ao meu útero recolher na minha piedade a colheita de seu ato, recebida para por fim ao sofrimento, meu fixado por sua violência no psiquismo profundo, entanto com minha negativa ao aborto esta renascera, para sentir amor por si não ódio ou revolta, e mudou a partir dai toda historia minha e da minha agressora,
Não é regra dizem os superiores, que me permitem esse relato, que aconteça desta forma, no nosso caso foi assim, pois haviam antigas pendências a serem ajustadas diante da lei de amor que deve ter prevalência em todos os seres criados, e esta lei conduz as almas a busca por caminhos para encontrarem-se no perdão.
É isso, estou grata, que sirva de alerta para que não gravitem nesta ideia de abortar, temos direito a vida não a interromper a vida do outro. embora esteja em síntese no relato, o tempo de colheita no sofrimento, com arrependimento, foi bem longo.
A vida sempre segue seu fluxo interminável...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caso goste de alguma postagem do meu blog, fique a vontade para comentar, criticar, compartilhar
Antonio Carlos Tardivelli