segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Porque pouca, é coisa não desejada


A felicidade.

Quanto se sinta por instante, isso passa, até que outro se apresente e o desejamos logo seja, de preferencia agora, no novo presente que se sinta vivo, viver entretanto toma um novo corpo quando se entende o que felicidade é, como vaso de flor que perfuma e um sorriso, ou na companhia de uma palavra terna que nos acalma a alma dentro das lutas daquele dia, por ser de momento sempre outro novo se anseia e enquanto queira no melhor de si se dá, porque ela a felicidade parece ter vida própria e por ser assim, não há alma que diga que é feliz quando solitário.


Invariável companheira da  solidariedade carinhosa e verdadeira, porque se acompanha a dor do outro como fosse nossa e então por um sorriso agradecido a quem a sinta e traga para o  compartilhar, algo como que uma energia agradável nos preenche e tomamos por ato reativo um sorriso diferente desde o mais fundo da alma em contentamento que somente a força dos repetidos momentos onde se anseia novamente o toque da alegria, ela  aparente termina, ficando  entanto viva na lembrança.


Há quem diga que é algo que se oferece, porque se tenha, como a paz serena que oferece justa ponderação sobre ofertá-la, na forma de letra ou palavra que asserena turbulências que incomodam a alma, e por isso a felicidade deseja e quanto compreende a constrói discernindo, que apenas é por ser atitude vivencial onde nos completamos contemplando-nos no amor sentido, na parte divina em nós, que reconhece outra alma como semelhante a sua, em suas lutas, desafios, conflitos íntimos, inseguranças, que vão sendo superadas, e quando preenchida as sobras de inconstância em nossas sombras interiores, na fé e na coragem como que se enfrenta tudo que dela nos afasta temporariamente como se guardassemos como certo o próximo sorriso festivo diante da existência.


É sempre ser completude, bondade generosa a si e ao outro, porque sendo decorrência de virtude sempre traz  alegria por ser, conquista e isso nada tira, é posse de si que não termina, dela se lembra para que a retome, reviva, como se lhe reconhecendo a íntima causa e os efeitos em si e no seu entorno, porque nunca, nunca há alguém que possa ser feliz sozinho, a alegria sempre se compartilha ou não a tem, na melhor parte de nós sempre nos damos uns aos outros, como se estivessemos intima disposição de isso exercitar momento após momento, sorriso após sorriso, dando mais quanto se concede receber, porque no ser felicidade que está na solidariedade entre almas, parece-nos que quando juntas aceitando-nós tratamos a alegria como nossa, e damos nominativo de amizade por verdade.


Felicidade então é vida presente e recordação, é retomar o ponto de partida onde normalmente o amor indica movimento ascensivo, de posse de si mesmo, de companheirismo, de tolerância a quem pouco entenda o que felicidades seja, porque em menor compreensão do que é ser feliz, muita vez estivemos assim, é completar o quadro do presente com a melhor cor em nossa bondade, é tratar a tolerância das diferenças sem alteração de humor senão quando sorri e nunca indiferente ao que o outro esteja, ao que dentro sinta, ao que tome por palavra sua tanto que transborda a condição de alegria sua para ser entregue ao outro.


De certo que diante do verbo há sonho como um devaneio aparente, de posição futura, previsão segura entanto, quanto se dedique a reunir virtudes de alma para que no bem haja convivência, do ser eu sou para que ao outro no máximo do entendimento possa amar, por fato do dever, tanto quanto do direito que a si se concede em felicidade.


Felicidade assim: é o abraço que compartilha o que se sinta, o sorriso decorrente do estado intimo, sabe que passa mas, se repete porque o querer é forte, e em fortaleza se reconstrói, se repete, dá e recebe. E por assim ser vai tornando em harmonia e bem querer que tudo se renove, dando-se alegremente porque sabe que o que dá lhe retorna, não é questão de crer apenas, é de saber que é assim que é.


Então que eu siga, nunca só, que seja canto de mim e do outro porque nos integramos no mesmo foco, e se faltar inspiração, por palavra que mais complete o entendimento que haja sempre em mim disposição em rebuscar-me no que esteja para o que desejo ao próximo momento, talvez como esse, onde um pouco te completo, um outro tanto te peço  que devolva, se não a mim a outro e quanto mais isso se reproduza chegamos ao cume da existência compreendendo que a felicidade é alegria de ser de todos, os praticam dar-se, os que anseiam receber em suas carências, o que são gratos pelo que já são no que se tornam, aos praticantes da caridade virtuosa, aos que querem aprender com alegria, os humildes que se abrem para o novo amanhecer, aos que pedem como se batessem na porta abstrata para entrar e receber entendimento,  aos que anseiam em seus sonhos, aos que os concretizam em seus momentos, aos que choram para que depois da lágrima o  riso surge, porque até por palavras dizemos de amar quando da expressão generosa.


Vem meu amigo para nosso abraço pelas palavras que transcendem simples e complexas como somos nós 


Seja assim, paz, alegria intensa, porque pouco é coisa não desejada



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Antonio Carlos Tardivelli