Em nossa existência, sempre que lhe damos um contorno, por muita alegria ou desencanto, tratamos os momentos como um pintor que de sua própria alma tira imagens, retidas no tempo, em momento de profunda abstração elas acessadas, é como se reunisse no campo mental, mistura de cores, odores, situações, e fosse compondo por força de seu princípio inteligente, quadros iniciais de muita beleza, se dada a dimensão exata para perceber a forma dos pensares, luminosos, quando mergulha extasiado nos elementos que labora em si antes do pincel, é aí que a alma é vista no seu maior esplendor.
Aqui tratamos do lúdico, que toda alma tem para ser somente sua descoberta, olhando para as imagens que a letra retém, de certo que relaciona-as todas com similares vivências, ou despertamentos de reminiscências adormecidas, tanto de virtude com alegria, quanto dos equívocos que em muita situação se reúne em próprio histórico existencial, neste ponto de olhar-se com maior profundidade, é onde se transforma, se questiona, mais acerta porque pondera sobre essa sua necessidade, tornando seu histórico em lutas interiores que vão conduzindo a alma do ponto que se sinta agora, ao futuro, venturoso agora e mais a frente em sua história.
Assim sendo, o quadro presente é sempre com sua singularidade, de elemento fora e dentro como que alimentando o espírito que deduz, do que já te posse de si e noutro quadro da mesma pintura, as cores que lhe faltam acrescentar luz de si, porque toda beleza que extasia é assim, na posse da consciência de si o autor determina as intensidades, com quais rebusca seus valores, via de regra sempre ascendentes, para o patamar em si que anseia ou já tenha saciedade, e torna isso palavra que pinta sua parte da divina autoria, o que se torna passo a passo, ventura e desventura, acerto e erro, fé ou descrença, esperança ou temores infundados, onde se aplica por desejo de sua essência, vezes por caminho intuitivo, a compor o melhor quadro, que no seu futuro por si será sempre melhor avaliado, como em contínua transformação.
É natural que no campo da forma corpórea, haja muita vez mais angústia que paz, porque a vida pede ou melhor impõe ao autor de si reavaliações cada vez em maior profundidade, e só se explica em própria história com a continuidade dos presentes, hora no corpo em qual sente-se vivo, ora em outro, que é do mesmo autor divino, ordenando que bilhões de minúsculos elementos, tomem a forma onde o espírito se angustia livremente por liberdade, muito semelhante ao aluno que chega em primeira aula de escola, sabe que tem pouco conhecimento, entanto existe em seu espírito algo inato, de sua essência, que o impulsiona rumo ao conhecimento, a palavra que antes apenas dita, passa a ser escrita, ou reservada em memória de outros autores de si quais influência.
Veja amado, o quadro abstrato que se lhe apresenta, feito de reconhecimento do que em ti já lumineia, a compaixão que sinta, na bondade que expresses, na tolerância e paciência a si e ao outro nos labores diários, são em verdade pinceladas compondo sua história, que revês dia a dia como fosse apertando pequenas bisnagas de cores diversas, misturando-as, movimentando-as, para que no que expressas tenham formosas formas pensamentos, nos atos, nos comportamentos, nas atitudes diante de tua própria existência que um tanto aqui compreende, sua imortalidade de alma, porque doutra forma, porque compor um quadro de bondade e ventura em reminiscências do que já foi ato teu, ansiando por mais amar em melhores composições de cores, se só te reservado fosse a lápide fria, e não mais a consciência de ser seu próprio autor de muito ou pouco amor.
Nestes momentos onde recolhidos dividindo pensamentos, logramos entender um tanto nos quadros postos, a beleza suprema do autor da vida, determinando em sua infinita generosidade, que compuséssemos por nosso arbítrio, o quadro todo pessoal em ser tudo o que nos tornamos, por premissa, em sua criação perfeita na sequência dos presentes, vamos nos encontrando, nos recriando, utilizando dos valores em entendimento já tratados, para outros transcendentes quais quantificamos qualificando nosso histórico de espírito, porque é isso que somos, no corpo em trânsito ou fora dele. Sem medo de ser feliz.
Namastê
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Antonio Carlos Tardivelli