Chamado à simplicidade.
Por senda de sabedoria onde o espírito se acomode, a um simples conjunto de vogais e consoantes tem por síntese, Deus, e porque crê ou já concluiu que é, não afeito a descrença do tempo corrente, como se a fé pudesse receber fria indiferença, prossegue em íntima alegria com o reconhecer do pai no filho, e filhos do pai celestial são todas as almas, sem excluir nenhuma.
De certo que o caminho estreito onde te situes , pode vos parecer inóspito e muito distante da chegada, entretanto ao que persevere no nome do senhor da vida e a si concede, crer ou saber de sua onisciência e rebuscando-se no construir-se, como oleiro que da forma na vaso sagrado, fruto de seu discernir sobre si, sobre seus valores que vai adquirindo na onipresença que bem sabe, também em si por ser obra do senhor, sua alegria e paz se torna uma constância em vida, mesmo que tropece, sinta dores, angústias, temores, sua essência lhe ensina a ver tudo como realmente o é.
Com simplicidade se alcança pleno entendimento, porque nela realmente nos colocamos como aprendizes da sabedoria divina humildemente, e esta nos concede uma jornada vezes redimitiva, se antes só nos julgamos em deméritos por uma condenação eterna, aprendemos por justa causa em nós mesmos, que o soberano arquiteto do universo em sua perfeição, é amor, não nos faz para o averno, nos trata, nos conduz, nos instrui, para que em sabedoria encontremos com simplicidade um campo de abstração onde concluímos, o que é deste mundo desde o corpo que nos oferece por abrigo ao espírito, até ele por nossa origem, nele e, por estar em nós como está em toda obra que realiza, entendemos que, ou somos, ou ainda seremos um com ele conscientemente.
É um patamar complexo ao entendimento, entretanto, ao que se rebusca, se reescreve, se transforma, do ponto primeiro que era, ao ponto que se encontra agora, como luz divina ciente de si e do pai eterno que lhe conduz a existência, ciente de si como obra dele, da luz que retém em sua essência, e mergulha corajoso nela para que em si aprenda diante da onipresença altíssima, a ser um filho que observa e aprende, operoso, sobre a importância de estar cada vez mais consciente da vontade do senhor da vida com relação a sua presença, no templo corpo ou fora dele, visto que a perfeição suprema nos conduz passo a passo a compreender, aceitar, crer pelo saber de nossa imortalidade em espírito e vida.
De certo que as mentes laboriosas no seu pensar ativo, tem a maturidade espiritual no exato ponto intuitivo para nos compreender, não que tenhamos sabedoria plena, somos simples aprendizes, essa postura nos facilita a vista para ações irradiantes nas virtudes sábias do pai que está em sua obra, somos viajantes atemporais, vez no corpo por uma sequência de anos, noutra nas esferas de trabalho espiritual que a providência nos concede, para cuidarmos da terra intima com zelo adentrando assim a sabedoria do pai no filho em amor plenificado.
Há por toda terra rudimentos para que se compreenda a continuidade, nos organizamos em sociedade quando conscientes de que somos uma unidade dela, muito ativa em nós mesmos, nos organizando intimamente para que ofereçamos contribuição no campo ao qual somos conduzidos a trabalhar e servir, a condução é divina, nos elementos que dispõem na sua criação intimamente, por essa razão compreendemos que o túmulo que recebe o que é da terra em devolução, não é o fim, foi apenas mais uma lição vivenciada ao espírito, onde labora os valores virtuosos, nas virtudes vivenciadas, está posto o caminho da sabedoria em plenitude do pai criador no filho criatura dele.
Assim, a um tempo que se conta, juntamos ciência intelectualizada, que nada mais é que o desenvolver da inteligência em semeadura divina no ser criado, e quando o ser amplia sua vista de si compreende que está por alcançar sabedoria, no atrito proativo que o eleva, disso não se distancia do desenrolar das possibilidades do princípio inteligente gerado pelo criador e posto na unidade familiar, junto algumas vezes a antigos adversários quais deve entreter por dever a si, redimir-se, ampliar a capacidade de amar ao semelhante, logo toda vida é oportunidade onde se manifesta o ser filho do pai eterno, em graus distintos evidentemente, pois ao dar a mesma oportunidade de igual forma, uns se esforçam mais outros menos.
O ocioso quando mede o que lhe falta espreguiça-se e resmunga, ah depois vejo isso, enquanto outro se aplica permitindo-se assim aprender mais sobre elementos espirituais que detém em si, entre o que se aplica laborioso e o ocioso, por diferentes posturas se cria um abismo entre um e outro, como Lázaro o rico abastado e ambas são oportunidades onde o espírito elabora sua grandeza ou penúria, provas ao espírito onde a riqueza em aparência pode ser entendida como privilégio, entretanto privilégio não existe na criação divina.
Essa divisão só o amar Crístico preenche!
A suprema lei diz: Amarás, e o filho entende que ao pai deve amar em sublimada instância, quando se mede e se encontra isso conclui, amar ao pai amando no filho e quanto esteja diante de outra criatura do pai, reconhece para progredir que deve ao outro seu melhor esforço discernitivo, compreendendo o simples, o quadro todo, no qual se situa como criatura do divino senhor da vida, fato de crer a princípio, porque abismados vimos no ponto mais primitivo, um raio cair em uma árvore ressequida pela nevasca, nos aproximamos pois era à chama crepitante que o raio despertou, percebendo que nos aquecemos, pegamos parte e levamos para caverna, lá onde principiava o consentimento do espírito em compor família.
Atribuímos o raio a essa inteligência suprema nos rudimentos de nossa inteligência.
O amor então como lei, principia o indivíduo para compor em si esta harmoniosa ação, e que somente se ama ao pai se amar ao filho, e este que veio como messias, enviado para clarificar o caminho para o pai, afirma que o Pai é nosso, logo nos amemos uns aos outros respondendo com nossa simplicidade ao chamado íntimo que vibra em nós, amar como o pai ama, e isso é tudo.
Antonio Carlos
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Antonio Carlos Tardivelli