quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Hoje, só por hoje


O agora sempre é o melhor momento, para rememorar antigos feitos, no tanto de acerto e erro, e quanto for sincero e verdadeiro nosso espírito atribui-se por verdade não somente seus equívocos, mas o tanto avançado no campo virtuoso, mas quem se lembra das virtudes expressas em atos, somos medidos às vezes por uma régua muito estranha a realidade do que somos, como alguém que acerta em cem situações quando chega na centésima primeira se equivoca e as outras virtuosas são totalmente esquecidas, é uma estranha postura mas acontece ainda em mundos interiores julgando rudemente.


Quando olho para o quadro da atual existência, e ele todo só alguns seres têm ciência, primeira evocação por consciência, quem sabe de mim é Deus, é de mim a sincera evocação, depois sou eu mesmo o autor de todos os meus dias, onde a escrita saiu rebuscada ou ainda por ignorância ou inocência simples, singela, por vezes desconhecidas as causas das dores e aflições experimentadas, como se estivesse em forno provativo, em têmpera para o espírito, e foram ais bem profundos, em sentimentos tocantes que transtornaram o interno mundo.


O agora é assaz interessante, quem compreende o que sou sou eu, embora muitos tentem ou não se importem, porque cada um escreve sua história feita de vida e luta, existindo variantes entre um e outro, compreendo entanto que a uma só finalidade, que todos cheguem a alcançar domínio sobre si e sua história, existem espíritos devotados a ações de aparente nobreza, dizemos aparente, porque na unidade quando ligada ao instinto do corpo, as escolhas podem ser desastrosas, levam ao agora para que os equívocos sejam reconsiderados, e faça a própria consciência de si auto avaliações precisas, o ser que se conhece, desperta a consciência de si e mais se enobrece.


Nos parece assim na régua com qual medimos nossos feitos, a essência reclama quanto se erra, cultivada a indiferença, a frieza, tal sorte é triste sina, leva a colheita    em dor que desperta, ora se sofro se sofri ou se sofrerei, é em parte em função de negação de princípios que edificam, relegando a indiferença quanto aos efeitos do que sou por fato, espirito jornadeando por um corpo transitório, porém em íntima consciência do que sou, no que amei, no que compadeci, no quanto me envolvi a dar o melhor esforço, acaso haveria mais justo juiz que minha própria consciência?


Por agora rememoro, para sentir o que faço deste presente, olhei-me no espelho e vi um homem envelhecido, tanto que parado em uma esquina com trânsito cerrado, via de regra os sinais são de paciente espera, cessando a movimentação de veículos, em respeito a idade, acenando para que eu atravesse a via, idade na aparência avançada, no espírito entretanto os anos da juventude parecem não ter acabado, caminho como se tivesse o ímpeto dos dezoito, os pés flutuam silenciosos, sentindo cada passo, e medindo a mim mesmo em pensamento muito ativo que, para mim, no sentimento sobre mim, não arrefece, é uma multidão de lembranças que me retornam, provocando novas, os que me veem dizem lá vai um velho, minha consciência outra coisa afirma em experiência, por tudo o que a vida me provou, sai vitorioso, estou aqui e agora repensante, como poucos tem coragem para olhar-se em espelho, sentir-se com sinceridade.


Hoje talvez os amigos espirituais estejam incentivando o campo das lembranças, sabemos das testemunhas silenciosas, ou vibrantes, pois se tenho de quais me compadeço sinceramente, com a mesma sinceridade entendo que existem outras mentes mais completas em compreensão por caridade, que de mim se compadecem, olham para mim como se me amassem, incentivando que me meça, logo, sempre estão ao lado, nos bons e nos maus momentos. A isso chamo de devotamento a uma grande causa.  A causa do amor que se sente e nele age sempre, como eu que sempre tenho isso por norte, Ser reconhecido como sou primeiro por quem me fez, depois por minha própria consciência, ousada, triunfante, mesmo a aridez acentuada no caminho em constância.


Então mais por hoje é assim, busco compreender-me mais que isso aceitar-me, como estivesse em sala de aula que só termina quando começa, sentir a vida com intensidade da madureza que tenho agora, para entender-me ainda jovem frente ao meu tempo, cuja conta tenho por infinita, logo me sinto ainda ponto a gerar outros tantos encantos e desencantos, nunca mais tristeza como as do passado, não os trago mais carregando no presente, que fiquem lá no passado gentil ou agressivo que fui o que foram para mim, perdôo e a mim e aos algozes, vezes aqueles que de mim receberam o benefício do melhor de minha atenção, por hoje penso em mim assim, no que estou, porque meu passado me trouxe aqui a esse presente, mas já é passado o que sou por hoje faz toda a diferença só para mim é claro.


Noutros pode por hoje estar a crítica, o julgamento indiferente a que sorte eu continue em alegria, a prestar apenas atenção aos equívocos, anormalidades existentes em todos, as ingerências como desejo de domínio na maioria inconscientes, eu perdoo, porque eu amo a obra em mim mesmo, por hoje me aceito, me entendo um tanto mais, sei que o que está em mim é de minha responsabilidade o no outro não, é dele


E tem mais, vida que segue!


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Antonio Carlos Tardivelli