Eu tenho medos.
Dos medos que eu tenho que me paralisem
Os sonhos e anseios onde quer que
esteja
Desde que sendo sempre volito
Viajo por meus descaminhos
desencontros e encontros
Com meus vacilos minhas vitorias
sobre mim mesmo
Já que temo só ter medo o enfrento
determinado
Não existe sombra do meu passado,
só aprendizado.
Não tenho culpas que martirizam
tenho resultados que recolho
Dou-me o direito por ser divino
de existir confrontando-me todo tempo
Escolho-me como mestre de mim mesmo
isso minha essência dita
O melhor mestre eu sou!
Eu sou o caminho da alvorada
sempre visitando luz para ser luz
Estou como um viajante nunca
vadiante no confronto do que estava
Sou a mais pura verdade em minha essência
eterna jamais morro
Apenas mudo meu estado de
manifesto em dimensões diversas
Meu tempo dito sempre as vezes
sou poeta
Porque poeta seja sonho
construindo o estar futuro porque planto
Do inato em mim como quem sabe
que será um dia
Poema eternizado na alma que
toque
No amor que desperte
Na lagrima de alegria!
Nas palavras soltas que tu que
lês te aprisionas a ver-te nestas vertentes de mim!
E já que eu sou sinto porque
estas aqui que sou muitos imagine!
O toque das palavras como pequenos
pontos de luz que Deus me deu a ti.
Sinta o rico manancial de dentro
a rebuscar-se sem tormento para que na poesia estejas
Vibres no eu sou por fato e por
direito como herdade de divino acervo celeste
Mesmo que no agreste aprendas com
provas rudes
Sinta que por esse caminho de luz
e sombra que vamos redescobrindo
Os medos se apequenam diante do
infinito dentro
O amor mesmo passando pela dor
ensina a discernir por fatos
Poéticos as vezes para nosso
deleite mesmo não sendo poetas a beleza nos retoca a alma
A esperança se redescobre e a
tornamos nossa e nos perguntamos
O porque dos nossos medos e
pasmos descobrimos no enfrentamento
Que eles não mais existem porque não mais os alimentamos
Morrem a míngua no toque do auto
amor do amor expresso em obras
Quais ditamos as almas nobres de
toda nobreza que em nós seja poema
Aquele do tocar com o olhar
sereno pacificando
Aquele do dizer do encanto
enquanto encanto sinta que no amor esteja
Outro de fazer por onde que uma
alva alma vacilante se permita encontrar-se
Por desejo nosso como principio
de luz no manifesto amor
Por aqueles que estão como estivemos
tristes e nossa alegria se torne deles!
Só o amor insiste, existe, atua,
rompendo com os grilhões dos medos e segue para além da vida que pensamos ter
no ser
Para que nos tornemos poema nelas
todas compartilhando
Mesmo que não tornemos poema
letras.
Castro Alves
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Antonio Carlos Tardivelli