Anotar alegrias
Para a soma dos elementos para
que se torne mais que desejo há que se ter parâmetros entre o ser o ter o
porque se sente o porque se tem e assim na somatória do que esteja na ação manifesta
recolha os efeitos já que alegria, festa intima, não acontece se nos tornamos
ilha.
Cercada por nossos apegos por nos
sentirmos o centro que importa, doutro, que no mar navegue em volta sem que me
afete sem que me torne senão indiferença por sua sorte boa ou por qual razão
que esteja.
Assim para que eu anote é como o
semeador que saiu a semear, uma ternura oferecida ao amigo nobre por certo nos
retorna com sorriso largo e se lhe damos abraço sem que as mãos se estendam o
olhar repousa na serena compreensão do ato o no brilho que resplandeça em
contentamento recolhemos o que temos dado.
Ao rosto macilento angustiado que
por prova dura se sinta asfixiado, se
por nossa ventura surge além da compaixão digno ato, por certo se não houver
gratidão, reconhecimento, onde o bem feito deva ser por ele mesmo ação sem
busca de reação, retorna ao espirito eterno no tempo de sua reflexão sobre si
mesmo, que tudo o que lhe coube no dever santo de assistir o pranto isso fez,
por ventura se observa aquele que consola e este reestrutura no bom animo,
alegria que se recolhe não tem preço.
O amigo que partiu primeiro, já que
todos deitam a terra sem desvios, não há um ser pensante por rico seja por
nobre se entenda ou do paupérrimo barraco que o abrigue, deixara de trilhar o
mesmo caminho, deixar a veste material para se revestir de uma outra, sutil, que
os olhos físicos não divisam para estar na escola da existência eterna a buscar
em seus caminhos semear para recolher alegrias.
De um espirito bondoso que se nos
traga consolo por inspirações poetizadas com verdades de alma para alma, é como
um semeador promovendo a alegria do discernir que também é espirito e estará por
certo vivo quando todos o virem deitado entres as flores arrumadas antes que não
mais se veja sorrindo ou chorando frente a si mesmo quando relutantes almas em
discernimento não aprovam sua vida pregressa, os julgados entretanto são sempre
os julgadores!
Não se colhe figos dos abrolhos,
nem se torna flor no charco antes que o divino tenha colocado semente
germinante, pois que cada ato no campo de estar na forma indica grandiosidade
ou ociosidade interna um e outro lado de mesma moeda a definir o que se recolhe
durante o caminhar da vida.
Se grandioso for o sentimento que
ocupe a alma por certo estará irradiando harmonia e paz que tenha, o amar que
peça no amar que sinta dentro do amor que doa! Enquanto semeador do amor que
esteja vai formando uma multidão de amigos, no ponto onde a caridade assiste em
generosa oferta sem suscitar prêmios de reconhecimento se ampliada a vista para
a eterna vida será jubilosa onde esteja e se sinta.
Se ociosa entanto na compreensão da
lida, que por desejo de recolher alegrias nada fez de seu para que se lhe retorne, então ao amparo de outra alma que seja nobre,
por certo será menos ditosa por si mesma enquanto alegria de estar na ação de
amar com entendimento de si mesma.
Seu amor fragilizado pelo ego que
julga sem tempero do sentimento ainda
rudemente estagia em dor e lamento.
Recolher alegrias logo é para
qual semeia os encantos do amor que seja luz emprestada do amor divino por qual
sem ele não se movimenta, então se dá em tons diversos entoando ao leigo seu
conhecimento, ao de pouca fé toda sua crença em vida, ao que vacila o braço
amigo estendido a palavra lucida que encaminha o estar presente o ser no seu
melhor sentir o outro.
E nem pensa em recolher porque o
bem que sinta é o realizar o bem que almeja, mas soma em seu espirito que se
imortaliza na lembrança de quem amor em vida sem que tenha mesmo recebido paga
ela foi o ato, de bondade, de esperança, de tornar sua verdade lucida de si mesmo porque talhou na vida o
entendimento de que amor não palavra apenas.
Então se desejamos anotar
alegrias que nos elevem a alma as sublimadas paragens onde existe o Cristo, há
que se tomar as rédeas do amor que sinto que ele faço no amor que esteja então ampliando
a vista para que mais ofereça o sorriso largo então divisado não na face
macilenta que nos torna pesado o fardo, mas naquele que entende que a cada um
de nós será dado segundo nossas obras.
Ou seja invariavelmente sempre
seremos os mestres de nos mesmos.
A não ser que queríamos seguir
cegos de si mesmos que nos oferecem o deus da facilidade, do ter sem méritos,
do céu nas ilusões do ego, da prosperidade sem verdade do caráter reto, do
medir o outro sem tirar a trave que impede de ver em plenitude o outro e a si
mesmo. Esse endeusar procurando o caminho largo deixando de lado o estreito que
torna o ser livre para um amor pleno, dificilmente verá senão amarguras em si
mesmo enquanto a distancia os espíritos laboriosos no entender o vaticínio do
dever imposto.
Agem com coragem e discernimento
sabendo-se felizes hoje e sempre.
Espirito amigo. Semeando o que
tenho tido.
Mustafá.
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Antonio Carlos Tardivelli