segunda-feira, 27 de março de 2017

Superação


Superação

Existem encontros onde por certo as almas se tocam e por sermos mestres em nos mesmos visitamos o outro entendendo que o mesmo temos em graus que diferem segundo o entendimento, do que somos, do que estamos no que agimos.

A par desta vista de mestres no encontro com o outro muita vez recebemos sua vista como sal da  terra, e a vista que realmente aporta na perseverança do ser espiritual em sua jornada redimitiva, supera e muito diante de nossa vista que se sente abismada com a vista do outro de nossa historia.
Reservado um momento de encontro, frente a mim um jovem cegado fisicamente desde o nascimento, se alimentava enquanto fazíamos nosso instante de historia. O divino vibrante em cada um de nós ansiava esse encontro para que no contato  de almas, nos tornasse movimento de auto superação no sentido de evolução do entendimento. Mais que crer ouvir dizer sentir que vê é à vista da alma de diferentes modos para o mesmo fato da vida que existe em dimensões que se aproximam fato, que todos irão vivenciar enquanto só espirito.

Depois de se alimentar a mesa, por natural estávamos um a frente do outro, entretemos conversa fraterna já que o momento era de festa espiritual, contei-lhe já que a vista física lhe faltava que estava diante de um jovem de cabelos brancos por natureza no contar do tempo que me foi generoso no corpo, o jovem mestre a minha frente não tinha metade da idade cronológica minha.

Por ser poeta lhe contei deste meu processo de pensar e grafar letras, de receber inspiros de seres de outra dimensão e então o jovem pergunta se lhes reconheço a identidade, disse-lhe com toda verdade, tenho um amigo que se identifica como Simão de Kerioth, pai de Judas discípulo amado pelo Cristo encarnando, sei disso porque ele disse “nenhuma das ovelhas confiadas a mim por meu pai se perderia”.

Ele então descreve com a vista da sua alma a figura de Simão com suas vestes características do tempo em que viveu na carne. Por próprio poder configurativo o Cristo que nos trouxe verdade e vida em abundancia. E lhe perguntava enquanto Simão sugeria temáticas diversas alguma palavra que se lhe impusesse o mestre interno aquiesceu e disse: Superação.

Assombrosos movimentos quando se tem o Mestre a nossa frente porque seguimo-lo levando o fardo justo de qual nos tornamos por pensamentos e atitudes decorrentes, ele nos conduz a aprendizados sobre nos mesmos que se compartilhados no tempo de tornar palavras sentimentos não haveria em na natureza física papel suficiente ou memoria eletrônica que coubesse tanto aprendizado diferente.

O jovem cego via e descrevia a forma humana feito espirito em outra dimensão, sem nunca ter visto com os olhos físicos como se da isso sem que a alma veja por inteiro? Que tenha procedência anterior enquanto vivencia de somente espirito, não pode pintar um quadro com tanta precisão descritiva quem não vê ou quem nunca teve o privilegio da vista física.

É de pasmar a condição dos mestres que se dedicam ao caminho do esclarecimento, por verdades reúnem dois outros em seu caminho de juntar vistas sobre si mesmos como mestres que em se rebuscando encontram nas faculdades da alma as vistas do eterno ensejo de sermos espíritos, ligados a forma e que não somos o corpo que Deus nos empresta, estamos nele para que a superação ocorra, das provas que nos enobrecem o espirito, das lidas de trato justo em nossas almas para que vendo a profundidade do interior dos elementos e a expansão infinita da criação divina possamos nos dar o direito como filhos do Pai e herdeiros do universo estar neste caminho de passo a passo encontrarmos o grande mestre, norteio de lei eterna em nos inscrita com toda letra que é preciso para o pleno florir das faculdades do espirito eterno.

“Não se colhe uvas dos espinheiros”, verdade em parábola dita pelo sublime enviado, por certo reconhecendo a condição de humanos e divinos na sua didática luminosa nos mostrava o caminho do reino de belezas muitas exuberantes felicitantes que trazemos por sementes germinantes em plenitude de entendimento se fazemos por onde, no trato de nos mesmos como seres espirituais vinculados ao veiculo físico para descortinar o reino dos céus em nos mesmos.

Rasgando o véu da ignorância deixando a simplicidade para a complexidade sem entanto formatar em nosso intimo sentimentos conflitantes com o amor preciso do mestre interno por si mesmo, para que irradie de fonte de agua viva o saciar da sede de quem busque seguir os passos do Cristo por vezes no próprio calvário já que nascidos para ser sal na terra não podemos outra coisa por nosso mestre interno e pelo Cristo que nos indica onde somos, senão  superação em nós mesmos.

De certo que olhos que não veem dirão o que trazes? Palavras soltas? Quem é o cego, o que vê e entende por fato a questão do espirito além da forma, se não vês agora estarás só espirito para além do corpo físico e então a lição se fixará em tua alma para ser historia que comemora o descobrimento em si mesmo de eterna vida e indagarás o que vejo do mestre interno? O que sinto das ações que tive e que por efeito tornam no que estou agora?

Por certo a misericórdia do provedor da vida no envio de benfeitores amigos, seus prepostos lúcidos, tratarão do entendimento justo. E por estar nele no que somos nos presentes do futuro que por nosso trato de nos mesmos felicitante se de amor vibrante, encontramos no entendimento do que estamos mais que a crença no divino, os céus em nós para que sejamos ele no manifesto do amor que temos no que somos nunca a sós!.

Antonio Carlos




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Antonio Carlos Tardivelli