*Olhava pela opção em tecnologia,
e uma criança cheia de chagas, sem as mãos, pedindo ajuda e naturalmente a
indagação surge contundente, do porquê, já que em sua voz embargada não sentia
nenhuma revolta ou inconformação, doía-me entretanto a alma na compaixão mais
pura, não fosse por entender que a existência não começa com o corpo e nem
termina quando se desliga deste, é que encontro verdade e consolação, já que a
criança suplicante o fazia em língua diferente da minha, em pais vizinho. Mas quantas
tem semelhante histórico! (do intermediário)
Abro esse trabalho portanto a que
se manifestem as almas desejosas de colocar a pena sua vista sobre a dor, mas
sobretudo, nos informando de esperanças que nos sejam por caminho que nos
liberta, dos medos, das inquietações, vitimizações que muita vez nos colocamos,
entanto diante de um quadro deste, paramos e ponderamos, se fosse somente vida
a que temos em um corpo, estaríamos como os vermes que putrefaz o corpo, depois
mais nada, e não se explicaria o presente dentro de justiça.
Por agora, voltemos o nosso olhar
a figura angélica de Maria de Nazaré, rainha do nosso coração, que vive em
reino de seu amado filho, na compaixão, na instrução de nossas almas, aquietemos,
portanto, nossos temores, terrores diante de elementos quais não podemos nos
desviar, atendendo assim imperativo da evolução aos nossos espíritos e aos que
passam pelos tempos difíceis do caminho, que nossa palavra seja apenas essa, consolação!
Neste sentido a compaixão é
remédio para nossas almas, e irradiamos um tanto do que as almas buscam, isso
porque suas suplicas em nos tocando, voltamos nosso ser para o divino momento
onde fomos criados, a compaixão move o bruto para agir mesmo que somente com o
pensar que é agir, na estruturação de ser, o remédio que a dor é, para aquele
que a irradia e se aprende com que proposito divino de que ela existe, e essa
vista não pode ser dada, ensinada, senão educada no sentir, desde o despertar
que seja vida, é estada individual da consciência sobre si mesma em progressiva
compreensão.
Nada do que esteja oculto deixara
de vir a vista, a descoberto, portanto, a causa pode ser compreendida, aceita,
ter resignação com a nossa e compaixão com a dor do outro, são dois elementais
de virtude que se movimentam no nosso campo energético afetivo, vibrante em
diversos patamares, um de sentir, outro de pensar como agir, e a ação por prece
já que nada mais se possa e se por ventura lograr consolar, trazer a
consciência que por ela passa a revelação sublime que, após curar-se a alma, pelo
sentimento de compaixão desperto, a alma esvoaçará a campos felizes, de paz em
plenitude, mesmo que esteja entre os maiores ais dos homens!
Ai já são três os elementos que
se somam, somatizando nos corpos sutis tonalidades em cores diversificadas, a
compaixão é uma, a resignação é outra, a prece é outra! E o consolar toma a si
por efeito a beatitude, mesmo que em dor lancinante no físico, a alma se
liberta de seus grilhões do próprio passado e por justa vista traz a si
compreensão precisa e aqueles que mais se enobrecem trazem a aceitação da lei
eterna que lhe cobra renovação.
A compreensão por si então,
vinculados que estamos a quem sofre, passamos a desejar e agir no desejar, um
compartilhar nossa condição com quem sofre mais que nós, deixando a nossa própria
no altar do amor, aí passamos ao grau de consoladores, sinta, que cada passo
desta reflexão de vida, equaciona o que estás ou o que lhe falte, o teu futuro
no teu presente, em se permitindo ver a verdade no que sentes e por auto amor
aceitar Deus simplesmente.
Com a alma livre e pensante, é
natural que compreendamos mais a justiça divina, quando os quadros de
sofrimentos se nos apresentem a vista, o choque, é para cura de nossas almas, o
que sofre a bem de justa medida despertando nossa compaixão, é cura para ele e
para nós, já que fragmenta a nossa dureza de coração refazendo a piedade em
nós, manifesto que muita vez adormece junto a nossa essência que é divina, por
nossa conta e escolha.
Mas existe uma infinidade de
dores na existência física podes bem argumentar, agora olhes sem julgar as
ações humanas no ano de 2021, conta ocidental desde o Cristo encarnado, quantos
períodos de sombras em escolhas por pura crueldade, nos ambientes decisórios do
principado deste mundo, a indiferença, o materialismo, o egoísmo a semear
terrores, vírus tratados em laboratórios com o fito de causar dor, crianças
sendo violentadas, idosos sendo abandonados como abandonamos os animais nossos
irmãos menores indefesos, sem que nos esqueçamos dos abortos, dos suicídios,
das guerras por romper com a lei, “não matarás”, das calunias e difamações, do
escravizar almas em relações conflituosas, insanas, despóticas à extrema
crueldade, quereis mais parâmetros para os efeitos para tanto diante da lei de
justiça que oferece a colheita obrigatória?
Ai se encontra pela razão
simplesmente a justa medida em colheita, por outra é preciso olhar pelo saber
de Deus, supremo em tudo, portanto também em misericórdia, aquilo que
gatinhamos para exercitar em nós e fazer crescer, em Deus desde toda eternidade
é pleno!
Assim o melhor na dor é
compreender o porquê de sua existência na nossa percepção de espirito, algumas no
cuidado do corpo pode-se amenizar ou ate curar, as na alma, compadecida é
movimento de elevação, a outra em reparação, mesmo que não se lembre da ação
que provocou a dor presente, cura pois recebendo em si os efeitos das obras
passadas, assim como tu, a esse ponto a compaixão não vos parece uma dor que não
quer calar, ajusta sua estada em caminho
ascensivo, e quanto mais corajosa e resignada, mais elementos de leveza durante
e quando deixar o campo físico que lhe é escola.
A dor assim por essa vista nos
parece benção, o que achas?
Diga a teu coração, mas aceite
que ele sinta, o teu sentimento em entendimento vai se aprimorando e te
elevando mais acima, compreendendo mais, compadecendo-se mais, amparando mais,
servindo melhor, e assim tuas dores desaparecerão quando servires no campo de
amar-se, amando vossos semelhantes, seguindo criterioso a máxima de amar,
“fazei aos outros o que desejais que lhes seja feito”
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli