terça-feira, 5 de janeiro de 2021

2 Viver, existir.

 

 


Logo que viver se redescobre, no ter presença viva em ser, ser vida é aproveitar o tempo que dispõe no templo corpo, para realizar sua presença no mundo, real, por vezes, geradas auto ilusões, construídas na areia inconstante dos enganos, rui a edificação que se tenta tornar real, o ajuste então se faz necessária presença que marca na alma para que ocorra o indesviável avanço.

Longe de ser apenas questão de filosofia posta em letras, viver é a sublime descoberta, de ser e o estar nesta condição de existência, é sobremaneira leve fardo se o feito por todo tempo for de amar, é o construir uma edificação segura, onde veem por abrigo aqueles famintos de verdade, os desconsolados do caminho, os inseguros abrigam-se a sua sombra aconchegante, e neste recebimento dos aflitos a consolação se apresenta, encontra a própria consolação como que visualizando no que realiza o próprio futuro venturoso.

É o caminho oferecido pelo cordeiro, onde os auto enfrentamentos são indesviáveis, estes trazem por sua vez auto construção segura em sabedoria, e tendo em si o que oferecer, a festa do noivo por excelência, se dá em vivencias diversas, onde pela leveza e integridade o espirito se oferece, dando sua vida por seus amigos em humanidade, mesmo que isso seja ação oculta aos que recebem.

É ser semelhante ao sol que aquece as manhas frias e solitárias, seus raios penetrantes e que promovem a existência nos diversos instantes contados, e depois desta conta por anos, na madureza, se reconhece em atividade construtiva em si mesmo, e por ela, na sabedoria entende o fator divino, feito assim pelo provedor de toda alma vivente na terra.

A alma do verde, a alma dos pássaros, a alma das pedras, a alma do filho do homem que se aprimora em entendimento, flui em sua ciência intuitivamente, reconhece o infinito fora e dentro e por naturalidade supera todos os obstáculos do caminho, que via de regra, são gerações do próprio ser divino, dentro a testar seus limites, buscando auto superação. Tornar-se por seus feitos, o galho produtivo em frutos agradáveis na arvore de vida oferecida pelo cordeiro.

Na natividade, quando o ser celestial desce ao campo das almas misérrimas, todos nós, para tratar  em seu amor incondicionado, desde que densificado em um corpo com sua sublime presença, irradiante de tal forma que toda a orbe é envolvida por sua serena presença, modifica algumas pendencias restritivas, labora a libertação das almas viventes do seu cativeiro milenar, os que antes aprisionavam tomam-se de assalto pelos renascimentos, como prisioneiros dos seus atos, tendência a se redimirem, reverem suas vivencias nos equívocos firmados em si, enquanto os que foram encarcerados são chamados ao perdão irrestrito oferecido como dadiva vivenciada em amor ao semelhante.

Nada se perde no processo de transformar o primitivo que caminha para o angélico, consciente de seu amor e vida em plenitude, por isso a imagem oportuna da romagem terrena, onde o ser de semente, se torna arvore, que alimenta, abriga, protege, consola, educa, cura a solidão da estada armado de sua sabedoria!

Viver e existir vão tomando cada um a sua forma mais expressiva, enquanto vida, no estar nela se aprimora, aproveitando cada instante como fosse uma sagrada escola que por eras transforma o primitivo em ser pensante, atuante com discernimento quanto madure e se integre na observância das leis divinas, no existir ,  constrói sagrada edificação por sua presença viva, de divino acervo, pois o mesmo que enviou o cordeiro, messias, sublime enviado dos céus a terra, envia por nossa vez nós outros para  trabalhos edificantes. Antes de ser ao outro é o construir em nós mesmos, a divina presença no mundo das formas mais densificadas, que ao próximo passo de nossas almas viventes, retomamos de onde viemos, enriquecidos de sabedoria se a ela nos dedicamos, já que tudo é por merecido esforço, da vontade propulsora, no tempo que se conta vida em existência infinda!

Por essa razão de que a alma vivente é imortal fruto da criação divina, se estabelece como rama do cordeiro que trouxe vida ao primitivo entendimento, existir após seu feito, passou a ser atividade renovadora, por vista construtiva na educação de ser, melhor a cada vida, mais sábio e do tanto que se absorve se torna mestre doutros, instrutor que ama e respeita o livre arbítrio consolando-se em sublimada dedicação de servir.

Viver então toma outro campo mais amplificado de ternura, na fase de mais luz que se tenha, reúne-se a perfeição do pai no perfeito estar com ele como filhos, a luz que era pequeno ponto no universo primitivo, evolui para ser luminária irradiante e bela! O amor se fixa no terreno íntimo, reflorindo e perfumando os instantes que se tenha em manifestos diversos, a diretiva de lei retamente observada traz ao viver a formação que se fixa, nas atitudes e pensamentos construtivos, por pequenos sejam, já que no universo infinito, são paginas escritas que se somam e contam história de vidas, de existir aqui e agora, sempre no presente eternamente.

Quando se detém na visita do passado, se perdoa e perdoa seus algozes, porque no seu traçado de existir já foi um deles, e quando perdoa o amor desperta para ser pleno, tanto que se reconstrói contribuindo para a edificação da esperança, do seu espirito para outros, que assim estejam juntos procurando dar significação a existência.

Ser vida em existir longe de serem afirmativas filosóficas, em separado para sutis ou evidentes reflexivas, é feitio de tua história, da minha, da nossa reunida em semelhanças e por analise comparativa em nossos feitos, compartilhamos os acertos e as vistas dos enganos, para o devido ajuste frente aos ditames divinos, estes são indesviáveis, nos crentes, nos ateus, nos que compreendem nossa fala, nos que buscam o entendimento, abrigando-se nas palavras, que parecem nossas, mas vibram em cada ser em semelhança

Por nosso condutor o Cristo, guiados por ele, respondendo a seu mando, aqui estamos novamente, revisando o que há para ser revisto, repetindo suas predicas muita vez com contornos poetizados, por verdade nossa, o temos como modelo e guia, e nossa ligação com ele não obstante as provas ásperas, é de confiança e fé em mais vida na nossa existência de forma plena em amor, por amor, enquanto amor.

Namaste

“gênesis 9:12. E disse Deus: Esse é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós, e entre toda alma vivente, que está conosco, por gerações eternas

Veja, toda alma vivente: por geração eterna. 
por nosso entendimento, renascer da agua e do espirito tanto quanto nos seja necessário, comprender isso e aceitar-se é fator evolutivo.

 

 

 

 

 

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Antonio Carlos Tardivelli