No fluir do amor que sintas,
mesmo que te pareça de diminuta dimensionalidade, o pouco ao sedento que nada
tem em seu deserto interior, é vida que reaparece em esperança, sinta o ir de
tua alma nos caminhos a que o divino em ti determina.
O sopro de Deus é teu mestre interno, por ele
te instruis nos segredos do eterno, nada há de oculto que não seja manifestado,
não percebes isso neste movimento de transição planetária? As máscaras caem, o
ser real se manifesta, bom ou mau, sereno ou desarvorado, luminoso ou sombrio
em sua crueldade, sábio ou um fluente ignorante em postura prepotente, os que
pensam ter e os que tem a si mesmos em pleno domínio, os livres em verdade e os
aprisionados da cobiça desenfreada.
Não te parece quadro semelhante a
entrada na estrada que levava a tempo do Cristo encarnado a Jerusalém? A
dominação plantando fileiras de cruzes, ocupadas por aqueles que o poder
arbitrário supliciava, não vos parece de igual forma que, algo há que oferecerá
movimentação a esse quadro dantesco, transformando e oportunizando aos mansos e
humildes de coração tomarem posse de sua herança, a terra transformada?
Sinta a misericórdia em
movimento, os que semeiam todo tipo de excessos, termina seu tempo e serão
reunidos em campo apropriado para que cessem suas primitivas arbitrariedades na orbe terrena. Os redimidos, santificados
pela esperança e fé verdadeira, reunidos e em coro declarando seu amor ao
cordeiro que vem, “voltarei para vós outros” ele asseverou! Mas não temais vós
os que praticam a justiça, qualquer que seja o tanto que ela esteja manifesta,
segundo vosso grau de compreensão, se amais com todo vosso entendimento estarão
entre os justos, herdeiros da terra!
Por outra, se fores chamados a
serem misericordiosos, pois essa virtude não é feita intelectual onde a palavra
existe por concepção humana, é de divino acervo, despertada ao discernir nas
ações mais elevadas dentro do campo da compreensão dos que se elegem seguidores
do Cristo!
Onde encontra teu sentimento? Não
sentes força quando em vossas fragilidades parece que sucumbes? De onde vem o ânimo
que vos reconduz ao equilíbrio, ao dar mais um passo esperando por realizações maiores
em esperança, durante a jornada, onde é o nascedouro de vossa perseverança? Sintam
a esperança nunca se desvincula da qualidade de alma que a procura auto
aplicando-se para um encontro felicitante.
Acaso o nada pode produzir sentimentos? E
quanto focado em descobrir-se, detém-se nos detalhes da própria existência, sem
lembranças do passado mais remoto, já que entorpecido pela veste corpórea,
deténs impulsividades produtivas e benéficas ao teu caminho, de onde vem a vida
que existia já antes que esta passagem pelo físico fosse? Como te situavas
nela?
Conceitue a misericórdia e verás
em vosso manifesto ela tomando forma nas vossas expressões de vida, o
nascedouro desta virtude sem dúvida é em vosso espirito, alma vivente, sopro
divino!
Não te demores a esta
compreensão, se nela, adotarás a mansuetude e te instrumentalizará no caminho
de outras virtudes, é assim que a misericórdia divina age, prove os meios para
que a sinta, não fora, sim em si mesmo para que sendo alcance a compreensão
precisa, pois a vivencia da virtude é necessária para que cresça, de nada vale
a semente senão semeada em terra fértil, ou teria o provedor de vida semeado em
ti inutilmente, para que deixasses junto ao tumulo que levara seu corpo, não
reterá tua alma, esta chama divina que reclama sempre tua melhor ação em vida!
Diante disso, não é maravilhosa a
misericórdia na divindade, e acaso um sopro dela não teria dela qualidades
inatas? E sendo vossa alma vivente este sopro e não sois obra do acaso, de uma
explosão cósmica, sois de fato, caso pensado por Deus em teu passado,
conduzindo-vos a este presente, onde o mundo intimo diante de ti vai se
descortinando, te observas maior do que pensavas ser, mais paciente para vencer
todos os obstáculos, rogante sim, ainda porque a sintonia deve ser buscada
constantemente com a fonte de vida, sem essa fonte o rio dos presentes secaria,
vazio que não pode ser justificado pela vossa razão, onde pensar já é um
processo maravilhoso, movimentas energias sutis de forma natural e espontânea
já que está em ti ser!
Então sinta a misericórdia, pelo
tanto que recebes, pelo tanto que sentes, que te falta, e procuras preencher-te
em saciedade, pela luz do dia, pelas estrelas no céu, pelo harmônico silencio
no universo, parece que ele procura ouvir Deus, sinta-o, pois, o que é dele
está em toda criação e estando em tudo está em ti a ser maravilha, descoberta,
para que tua alma exulte, louve alegremente, em adoração se dobre com alegria
diante dele que te fez, Eu sou!
Eu sou a misericórdia em bem
aventurança! Sou a alma criança que se abre ao ensino do eterno, trato no
trajeto por conquistas espirituais dos tesouros que são dele, um deles eu sou
dentro do infinito, tu és como eu, que levarei até a consumação dos séculos, onde
a aguardar vitorias, está o Cristo a nossa espera , a sorrir conosco e para
sermos um com ele voltará sua vista para a imensidade de moradas do pai no
universo, proporá em sua misericórdia já que teremos em semelhança, os
trabalhos daqueles que alcançaram a sublimidade e por fim haverá entendimento a
lei, que seus lábios proferiam como ensinamento eterno de forma tão sabia e
envolvente.
“Meu pai trabalha todo tempo e eu
também” se o temos como modelo e guia haveremos de ser como ele em vida
Em coro pensaremos como se nossas
vozes fossem lançadas a todas as direções do universo.
E nós também queremos trabalhar
contigo todo sagrado tempo!
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli