terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Filho prodigo.

No que você se torna.

Quando fere torna dor porque sente culpa
Quando é cura porque ama quando ama porque se cura
Torna-se paz quando ausculta sua essência e ela doa
Enxerga e torna visível ao outro o que entende
Sente compaixão, mas age sem esperar retorno nem reconhecimento.
E se torna piedade porque ela é filha dileta da caridade que defendes
Roga como quem pede, mas a prece torna por quem não sabe orar ainda.
Recorre ao socorro socorrendo tanto quanto entenda e possa
Se vacilar não para apenas toma novo folego na compreensão precisa
Quando tudo escurece enxerga a noite estrelada
Na mansuetude porque ela fecunda a terra na paz que pode
Na caridade que entende estendendo a mão sem que lhe peçam
No perdão que sente ao outro e a si amparando a própria alma
Quando pede a Deus geralmente nada a si doando ao outro o que tenha
e possa.
E se torna amor quando oferece o perfume da presença quando é preciso solidariedade
Se é choro se tornando lagrima  se consola na verdade que liberta e mesma liberdade oferece ao discernimento de qual  te ouça ou veja
A  alma é forte só o corpo que  fraqueja. Só  instinto que não pensa.
Só violência quando esteja  egoísta mas corrige a vista  recomeçando sempre
Colhendo o que deva por ter tornado a pena mentira ou verdade
A colheita se torna leve se mesmo nos desacertos tenha amado um pouquinho que seja
Porque uma gota de amor cobre uma multidão de pecados
Então se pecas contra ti e contra a lei que te normaliza os passos
Toma para ti como filho prodigo que retorna ao paterno abraço cheio de alegria
E a festa ao teu regresso será dentro no acolhimento que esperas fora
Quanto ao Pai eterno, penso, sempre nos dirá.
Bem vindo filho, de volta!
Não matará cordeiro era só imagem figurada, tratará a vida em eterna estada no amor que gerou a vida que pensa  e ora, se alimenta do que se torna em seu retorno mais maduro mais sabendo que é artífice do seu destino e que a liberdade que tem é ser vivo e escolher viver.
Todo resto são perolas de aprendizado que Deus que é pai colocou no teu caminho para que te tornes.
No que te tornas então agora?
Luz e amor, trevas ou da culpa dor que não consegues te perdoar agora?
Se Deus te perdoa porque não tu a ti mesmo?












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Antonio Carlos Tardivelli