Amigo
É coisa para se guardar e por
guarda que te tenho desde sempre que penso em ti, como amigo de muito tempo
dizendo-me no silencio vem e segue-me e eu como criança a seguir por um caminho
vezes cheiro de espinhos, tendo a frente não a recompensa mas o estar contigo
enquanto vivo, parece-me ser o alento que preciso.
Embora portas pareçam-me fechadas
na certeza intima da tua amizade eu sigo sempre em frente.
Testemunhas meus anseios, meus
medos,erros e acertos bem poucos é fato, o tamanho que realmente tenho não o que penso que sou ou pensam os que
me estimam, vezes melancólico como agora, mas tu sabes porque assim me sinto
mesmo que eu mesmo não me entenda.
Ainda só sei que nada sei e isso
me deixa abismado já que a essa altura do caminho já deveria me sentir como um infante, guerreiro de
muitas lutas nem todas com vitorias ou louvores, muitas caídas no caminho,
carecendo da tua misericórdia.
Fico pensando no que estou agora
meditando no que fui a cada momento nos movimentos da minha historia, bem o
sabes das lutas interiores e não foram poucas, os risos frente a prova só na infância
porque parecia-me poder vencer o mundo, (me sinto fragilizado agora) e nada me
amedrontava. Era eu o infante destemido sonhando sonhos vezes desvariados, sem consciência
de que ia por esse caminho, hoje repleto de lembranças e do futuro esperanças.
Pela sina ser poeta talvez meu
conto não encontre alento porque o alento de quem escreve é o próximo poema ou
prosa, feito de vida que se lembra de ou se traça desde agora em sonhos vezes quiméricos.
Sei que sabes de mim, eu que por
vezes me desencontro de mim mesmo e me sinto assim meio que perdido sem rumo
porque o servo parece-me, quando pensa que termina o trabalho sente-se inútil,
ansiando por mais uma atividade jornada aprendizado mesmo que em campo difícil e árido.
É agora o teu tempo, em mim
segredas e é como se te ouvisse, e como sei que me inspiras quando te procuro
nas letras que meu coração dispõe vezes desordenadas e confusas tu reconheces
minha grandeza e minha fraqueza, mesmo que eu não veja ou sinta, pois vim de ti
meu Pai amado e anseio a proximidade sempre como meu refugio.
Sempre quis trazer alento e cura
e me mostras no compasso das experiências que as misérias que avolumam não pela
falta de pão, de irmão, de amigo, de consolo e vida que se repete a cada
presente oferecendo movimento ao ser que fizeste assim, cheio de medos meus, de
inseguranças de verdades meio utópicas de sonhos inatingidos, outros tantos delírios
mesmo assim no correr das ondas vezes ruidosas em melancolias, busco teu afago
é como se me respondesses em meu coração aflito.
Segue e confia, trabalha e ama me
repetes insistente. E sigo em frente sem saber meu porto e enquanto conversamos
agradeço por saber de ti enquanto tantas almas não creem, não sabem, pois
adormecidas não comtemplam a grandiosidade fora e dentro de nos mesmos.
Sabes o que passo e sinto rogo
forças na dificuldade serenidade na felicidade para poder dividir com quem
precise da força da fé que me anima a prosseguir confiando em ti, em total
entrega porque não fosses tu pensando meu ser não estaria aqui escrevendo
proza, nem conversando com muitas palavras porque me deste ao longo do caminho
trabalhar com elas.
Não sei pedir porque me sinto em
tuas mãos divinas, e neste aconchego de nada mais preciso.
Esvazia-se meu querer. Apenas confio
e sigo.
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Antonio Carlos Tardivelli