quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Portal da festa.



Deixando a porta aberta.
Vez ou outra a vida conta dos fatos tantos que foram vividos que ao revivê-los de memoria parece que a vida sempre foi uma grande festa onde se conversa com ela e se aprende a saber o que se leva.
Na infância o aprendizado vezes de forma rude pela necessidade, embora pronta para sentir a  vida e todo instante que a compõe,  vezes na inocência tomamos rumo equivocado, não acertamos tudo mas sempre nos parece que é um recomeço, brincando de novo de pega-pega de pular amarelinha, contar um tanto enquanto os amigos se escondem em algum canto.
Depois se cresce mais um pouco e se pensa que tudo sabe ate que faz uma descoberta sobre si mesmo:
Para o ego o sabe tudo, a descobrir-se ignorante em muito e começa a olhar para aqueles que foram instrumentos divinos para oferecer um corpo com a atenção voltada a aprender o que seja o amor possível, pois tudo de si nos deram essas grandes almas mesmo que nos pareça insuficiente, ate porque, dando  a vida como festa para nos fazer presentes que mais  precisa a alma para buscar a si mesma?.
Para a alma que Deus fez e pôs num corpo as possibilidades são muitas. Ate crer nele a festa permite se bem que torna aquele que não crê pensa triste, pois somente o tumulo parece lhe estar a espera depois mais nada de continuar a festa!
Se vista da transitoriedade tudo acaba, por outra tudo continua.
E não é questão de crença em quem nos guie mesmo que seja Jesus porque não tem quem não o conheça embora não se lembre nem tenha tido contato com a historia marcante quando foi crucificado pela incúria dos convidados para festa.
É um constatar de vida que não se explica sem que se pense Deus, mesmo que se tenha o dom de línguas, toda ciência, interprete o pensam outra almas viventes, tenha toda sabedoria e como diz a fala apostólica sem amor nada tem.
Deixando ela aberta, essa do espirito que pensa, doutros vem em fraternal conversa. Mas não explicam tudo nem que sejam mestres, ate porque o mestre verdadeiro educa oferecendo a vista os caminhos que se pode percorrer, por aqui diz ele tem um  rio sem ponte pode se afogar o nome do rio é ego, por ali tem a casa do seu João onde pode repousar a noite e ele tem um jeito de confundir as aguas do ego simplicidade e humildade é seu remédio.
Como quando nos deixamos na prosa em uma festa. E a vida é festa de alegria. Porque trocamos o que temos sem exigir resposta pronta, fato já concluído, prêmio sem esforço, salario sem trabalho, alegria sem oferecer carinho, palavra que constrói e educa, segundo as aquisições da alma em sua busca de si mesma.
Quem nos ouça vai dizer que estamos rindo a toa como amigos em reencontro e é verdadeira a vista porque quando se troca numa conversa o que se traz em si e seja doce  ternura pacificação como conquista que perdura em se trocando vibrações serenas festivas em afinidades, é como encontrar-se com o infinito dentro da própria individualidade.
É muito disso que acontece se a porta fica aberta como se fosse prece, porque nela a alma sai de si como se mergulhasse em si, parece confusa essa fala, pois a conversa com quem doa vida no primeiro instante se mergulha dentro desligando o máximo do campo efêmero como se vibrasse seu próprio amor na direção do amor que pensou o amor, muda o foco do ego para ser o que se submete a divina condução!
Vem um e sua  fala é de paz e quietude necessária amiúde a todos na festa. Mas por ser inquiridor é meu pendor digo  isso, sem que seja conquista não perdura
Sim diz outro, mas como se chega a paz e quietude nesta terra de tanta dor e angustia -Ara responde a alma mais antiga, o mundo se transforma a partir da unidade que pensa.
Se todos pensam na paz ela impera! Se diz um de um lado é meu há divisão de consciências porque a bem da verdade só se tem o que se é tudo mais é empréstimo de amor e alegria para se chegar a festa da paz um dia entre as almas que tem boa vontade!
Claro que reverentes à alma mais antiga nesta festa concordamos em parte. Porque ainda crianças imaturas a procura queremos ver como quem ensina mas estamos aprendendo a ouvir a própria alma ainda.
Em parte já que pensamos juntos todos, explicar só sem a veste que limita. Mas como pode ser isso ainda em um corpo, faculdade  da alma diz a alma mais antiga.
A parte que fica de quem sinta paz que educa torna a terra para quem busca frutificante, já que a paz contagia se como consequente vem do  amor que é árvore da vida, quem se alimenta dela nunca mais terá fome!.
Sim é festa a vida pois o amor educa, quando não tem paz na terra pela dor que visita a angustia de ter perdido o que não seja conquista da alma,  pensa a alma que a calma é decorrente da paz que se instala quando se escolhe amar se pode dar, mas não se fixa  a não ser que se escolha ficar nela.
Esse abrir de porta para a festa da vida além da vida é algo que incita mais a frente como se reconhecêssemos todo o caminho em um só quadro.
É a festa mostrando  que o correr do tempo é escola para a alma e onde ela se situa depende de suas escolhas, em todo ano letivo onde como lenitivo ou cura de si mesma oferece ao universo sua divina presença, contando do que vê ou sente do que tem aprendido quando a porta se abre para o tempo sempre  e a conversação perdura ah que alegria rever almas tão amigas!
Ai se entende a fala divina em felicidade porque a cada um será dado segundo suas boas obras. E também a compreensão se faz mais precisa quando por vontade própria sendo boa laborou a paz em si para que a tenha  para oferecer em festa a quem procura.
O que você procura alma amiga?







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Antonio Carlos Tardivelli