sábado, 14 de novembro de 2015

Visitando a feliz idade.


Visitando a felicidade.

De passagem pelo campo transitório jovem ousava tudo, tendo por vista o ganho o ter investiu seu tempo nas aquisições materiais. Por certo que sentiu satisfação consigo mesmo ao atingir seus propósitos. Entanto ao chegar ao degrau mais alto como se lhe faltando algo não se sentia completo.
Inicia então uma busca em si mesmo de como encontrar contentamento, procede a avaliações de toda jornada minuciosamente visitando suas ações anteriores desde a infância. Os amigos da escola, os professores, o inicio do trabalho com ganho justo, as primeiras dificuldades vencidas pela perseverante busca em seus objetivos.

Passa  em revista cada detalhe como se quisesse entender o que lhe faltava já que tudo houvera conquistado. Deteve-se em analise introspectiva de como sentiu cada movimento de sua existência, como convivera com aqueles que lhe ombreavam os propósitos pensando ainda se não se poderia acrescentar alguma coisa que viesse a encher de completo jubilo seu movimento presente.

Recorda dos primeiros passos onde revivendo o amparo recebido alegremente inicia de um lado a outro correr para os braços maternais e paternais em jubilo interno inexprimível! Onde perdera o  referencial da alegria constante que viveu naquele momento?

Dentro de si palpitava uma imensa vontade de reencontro enquanto viajando mentalmente reavaliava todas suas passagens. Foi ai que um canto parecendo-lhe prazeroso e estridente chega aos ouvidos insistente.

Dois bem te vis cantavam alegremente um cortejando o outro então ele indaga para si mesmo talvez estejam querendo me ensinar algo que perdi no tempo.
Se bem que via bem seus feitos porque em nada fora injusto, tudo que ganhara foi por trabalho honesto e longo período de dedicação. Dizendo entanto a voz interna, mestra que seguia sem vacilo algum, algo me falta preciso entender.

Começa a pensar na forma como realizara tudo, e do canto que entretia enquanto o deixava pensativo mais ainda descobre que se tivesse colocado a vida o tempero do amor em cada gesto, em cada feito, muito provavelmente hoje andaria satisfeito.
O jovem perdera os belos lustros, já contava mais de oitenta e nove anos, belos entanto sentia que lhe faltava algo, suplica temente que sua situação presente perdurasse para sempre, nova oportunidade de realizar o que lhe faltava por sua justa avaliação.

Então voz intima lhe responde de forma bem nítida. A terás por certo segue e confia .

Recorda então das suas primeiras horas, quando na infância sua mãe lhe estende o conhecimento do Ungido, e falando dele e vivendo no que ele ensinava, ela lhe chama a atenção para o necessário ajuste. Recorda as palavras que ela dizia referindo-se a ele, ele retornou a vida depois de crucificado pra nos mostrar que a vida continua sempre, para além da cruz que carregamos agora, ainda descontentes com o que conseguimos plantar na terra deu-nos semente eterna germinante pela seiva do amor constante.

Sorri o jovem de oitenta e nove renova sua esperança e novamente canta o bem te vi agora a três tons distintos, dois de pássaros um de uma alma humana que com voz já cansada repete a fala do pássaro  que conta

Bem te vi bem te vi.

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Antonio Carlos Tardivelli