sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Quando ser igual é diferente

Difícil dizer
De sentimento quando a opção é solidão
Ou quando ela nos visita e de pronto não lhe dizemos não ou fique!
Difícil dizer que somos completos quando oscilantes
Quando amor nos falte em ser o sentimento.

Difícil contar uma historia sem que memoria tenha
De movimentos nos instantes de alegrias divididas para que seja posse
É pouco contada a historia que importa porque a lembrança foge
Quem o amor verdadeiro não encontrou para vive-lo.

Complicada a expressão da verdade para aquele que se engana
Vezes por algum tempo, noutras todo tempo
Então encontra vazio, desesperança, lamento por haver perdido o que teve?
Se compreendesse que para ter é preciso ser, amor teria!.

Claro que para o poema de muitas letras as situações são diversas
Incontáveis são os movimentos internos dentro de cada instante repletos de sentimentos
Se bem sentidos e vividos há que deles se lembrar
Como algo que foi ontem e o desejo em sua ardência é que se repitam sempre.

O que é bom é difícil de dizer somos insaciáveis sempre os queremos
Poderia ser melhor, mais completo do que foi ontem tudo o que sinto agora
Mas em se construindo amar em cada passo a alegria certa é ter vivido cada instante
Não se ter feito de rogado ao beijo enquanto dado com intensa paixão.

Porque o tempo de viver é diferente do tempo de contar o feito
Se lhe tenha dado a intensidade em cada movimento
E com todo ardor lhe emprestou a alma todo seu sentimento
Difícil dizer ainda se foi pleno porque algo mais a alma sempre pede novamente.

Dita o conto de um poema ao correr da pena
Que o concerto harmonioso do sentimento grava eternas lembranças
Mas o amor não quer viver de lembranças nunca nelas se sacia por inteiro
Quer dizer com toda letra tudo o que sente mas difícil dizer o que se pensa.

Como harmonizar então felicidade quando estás e lamento quando partes?
Ser poema talvez como efeito aquiete a alma por algum instante
Mas como desvairada em busca vezes insana
Quer explicar o que sente e quer mas não entende!

Porque é poema! Imagem do que sente transito entre ser e estar
Onde seja importante ser conto de alegria que  assim seja
Onde o recordar esteja na saudade e ela seja o amor que fica
Difícil dizer quando a felicidade será plena se me falte  a pena forma de dizer.

Porque hora é sonho noutra nem se entende
Então queira Oxalá que no amor que sinta, não desvie do amor que tenha
E no abraço leve ou conflituoso de um momento que mais amor eu seja
E te leve sempre na lembrança do que foi para que dentro sempre estejas

A recontar tudo o que já foi belo momento e inexplicável
Como tenta o amor que sinto sem conseguir de falto a expressão mais pura
Talvez porque não importa dizer ou escrever do amor que sinta
Apenas sê-lo para se lhe divida como a leveza de um perfume na letra

Que ao tentar escrever como diria  entende que melhor é calar
Olhar nos olhos mesmo que do movimento antecedente
E sentir o amor presente que não se explica porque sente
Apenas sente, apenas sente. 


Antonio Carlos Tardivelli

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