“invoca-me e te responderei anunciar-te-ei coisas grandes e
ocultas que não sabes” Jeremias
Quando o coração disposto a
encontrar-se em caminho de luz que o sustente, mesmo que de forma inconsistente
invoca por ter em si em sua essência aquele que lhe oferece vida e
oportunidades.
Por não ser de muita letra ou verbalização
inspirada, nos rudimentos da pedra lascada já ai encontra em si algo que o
domine e que lhe imponha caminho mais a frente e ascensivo quando nas rudes
condições algo em si clame e de insciente forma invocando o divino.
Desde essa hora, esse movimento
interno, pode-se reconhecer o amparo educativo no caminho da alma. Depois que
vem a maturidade em meio a escolhas, de certo e mais certo onde afasta de si as
inferioridades alçando voos mais altos, discernindo, sentindo, contando seus
feitos como historias vividas!
Eis-me aqui então diz a alma numa
invocação serena, calma certa de ser ouvida porque o discernimento alcançado
nesta vida, diante de si a própria natureza intima, impele, conduz mais a
frente como se o objetivo a ser alcançado ainda a ele não tivesse chegado.
Nas coisas simples vai colocando
por sua escolha movimentos cada vez mais serenos em descobertas sobre si, o que
estava oculto e que supunha fora já que pensa no que sente encontra no campo
que um dia foi semente, o despertar da consciência que conclui: Deus! Já é
ciente!
Oferece então nomes ao Incriado,
jornadeia supondo e pensando ele com caracteres seus, fisionomicamente, e nos
seus enganos do certo para o mais certo, porque do certo conclui que lhe seja
semelhante, a própria essência grita que é assim dentro de si mesmo e no mais
certo conclui porque o sente, como um rei divino que amando ao filho sua criação
diz-lhe Ame e sob sua condução deixa-se.
Ah o verbo quando educa a alma
que invoca o divino acervo, este se lhe mostra um mundo infinito dentro de si
mesmo e a sondar esse espaço como se abraçasse o universo inteiro. Deus esta
comigo, geme minha alma ate que um dia queira que eu possa completamente
senti-lo, e quando isso se der por inteiro também serei luz em suprema
felicidade.
Mas longe de ser parada para
sublimada vista e eterno descanso, a essência grita por movimento e rompendo as
sombras como luz cadente volto a carne renascente e amor posso ser novamente com presente, como o
presente.
Quem me poderá tirar esse amor
infindo já que dentro de mim ele palpita em harmoniosa sinfonia com o universo
e Deus? Ah dimensões infindas almas a perder de vista em sublimes estações de
estar e ser, amor pequeno que seja, nos rudimentos da consciência e por ser
amor rebusca-se e se torna no amor que sente cada vez maior e mais abrangente.
Veja alma irmã se sou do céu o
que te trago? Respostas? Um mundo novo que dentro de si não tenha? Entenda a
verdade que ninguém lhe há de tirar quando atinges o ponto onde podes sentir o
quadro da tua existência numa única vista e serena.
Assim como sou do céu venho ao
céu que levas tornar a pena para que alguns sintam, percebam, compreendam que o
que se conta quando se invoca Deus é talhar a própria alma no sentir que
necessita corrigir a própria direção que lhe incita, impele, movimenta mais a
frente e acima.
Então para que sintas o que esta
oculto, labora tua alma nos detalhes menores.
Ama-se pouco ame com todo o
entendimento.
Se Chorar ria como se soubesses
que te ouve os céus e que anjos descem para te instruir no campo celestial que
cultives dentro!
Se consolares pouco vai à busca
do reino instalado em ti mesmo e seja a verdade máxima do teu sentimento um
pleito humilde a Deus que te promova a mais elevada esfera que tenhas méritos.
Porque o céu imérito não existe é
ilusão gerada pelo ego por supor-se acima quando ainda rasteja. Há que dar-se
em divino acervo a expectativa que o amor te assiste e quando o aceitas torna
verdade tua! Ação que promove reação divina! Veja o que esta oculto!
E se amas pouco, entenda, invoca
o amor divino que te ensinará o amor que
pensa.
E no amor que pensa visitaras
feliz porque deixas-te rastro de luz no teu labor sincero que descendo do céu
que pensa no céu da terra penetra fundo no que levas.
Porque o reino dos céus como nos
ensina o sublime Ungido.
Esta dentro de cada um de nós. Então
seja o poema a fazer valer a pena de ser...
Namastê.
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Antonio Carlos Tardivelli