Eu diria que sim, mas não esses
seres pintados pelos artistas talentosos, sim seres reais não oriundos da fantasia
humana, embora ainda esteja experimentando os efeitos de minhas ações, estou em
condições de trazer minha contribuição e receber, e isso já esta acontecendo, em
minha alma que sofre, o balsamo da esperança que se renova.
Por certo que muito já foi dito
ou escrito, entretanto do ponto de vista de qual viveu uma vida desregrada
visitando todo tipo de escolha infeliz, na viciação, de diversos matizes quando
fui desligado do corpo o padecimento natural e intransferível não foi em
ambientes sombrios e escuros, longe da misericórdia divina, na minha analise dos
meus sofrimentos, eles se deram em mim mesmo, como o autor da obra mal
edificada, que experimenta por esse fato o ruir de sagradas convicções para um ambiente
de angustias inenarráveis, que vão sendo amainadas ao longo de não sei quanto
tempo, não se conta aqui como ai, é dimensão diferente, onde o sofrimento moral
se acentua de fato.
Como estar no corpo doente,
despertas do sono reparador e confrontas vosso espirito nas provas de
sofrimentos, uma pálida ideia do despertar enquanto espirito, já sem o templo
qual vivencia-se as experiências de vida, por norte, para qualificar os anjos,
julgo que faria injustiça se mencionasse seres mais próximos da divindade cuja atenção
não me sinto digno, porém, a misericórdia tem contornos angelicais nas mães que
acodem nossas almas dementadas, investem
tempo, renunciação, ajuda, orientação, acaso não seriam essas qualidades
angelicais, tornadas a efeito em nossas existências?
Quisera ter compreendido o que
hoje minha mente vê claramente, teria evitado todo sofrimento moral que passei
e passo ainda, recordando em recortes as lembranças de todas as minhas faltas,
principalmente junto aos anjos chamados pais, dedicados obreiros do senhor da
vida que, com tanto zelo tentam nos socorrer os adoecimentos que nos impingimos,
mas nossa rebeldia os afasta, nossa ingratidão não lhes reconhece o esforço
caridoso.
Não consigo alcançar o proposito
de aqui estar, pois por mim mesmo só posso ter conta de minha desventura, mas quando
li a pergunta, existem anjos, pareceu-me uma pergunta, vieram a minha lembrança
entre as lagrimas de arrependimento, meus pais, meu irmãos que tanto me apoiaram
querendo que eu escolhesse melhor, com seus conselhos lúcidos enquanto cego por
eu ego, “senhor da minha vida” assim afirmava prepotente!
Sinto como anjos, os seres que
nos primeiros atendimentos a minha penúria, estendiam suas mãos na minha direção
e nestes momentos de doação, o refrigério para as angustias de minha alma por
meus mal feitos se amenizava, sinto como anjos bondosos os instrutores e amigos
que por sincera sincronia com a verdade de mais de dois milênios a contar do
seu surgimento, Jesus, o mestre de amor, que nas palavras destes anjos de
bondade, me consolavam e recontavam com sabedoria, já que espíritos sentindo
nossa imortalidade, a parábola da ovelha perdida, que era resgatada e os anjos
do senhor então estendiam as mãos aconchegando as minhas, refazendo minha esperança
de vida, e oferecendo em ambiente formatado por harmoniosos procedimentos, em
preces, em pensamentos que se elevam, a vários movimentos dos dias, presentes do
eterno para que voltemos nós ao aprisco do senhor.
Vejam, sintam, quantos anjos a
providencia lhes coloca frente a frente com ilações ao vosso espirito , no confronto
de valores quais devam ser alinhados com as leis do criador, dizem na bondade
de seus corações, os instrutores, que chegarei eu alma misérrima, a reunir
procedimentos de bondade e temperança, desde que, sob o lastro das presentes experiências
doloridas em mim mesmo, proceda de forma
a renovar meu campo intimo e formar no meu campo mental condições de ser útil a
outros que passaram a nosso lado, a ser necessitados a serem socorridos, como eu
o fui, e sou, por aqueles aos quais chamo de anjos celestiais, sem as asas
luminosas, não que não as possam ter ocultas, eu que na minha insignificância ainda
não tenho as vistas de alma qualificadas para perceber suas grandezas
espirituais, se bem que, os seguidores do cristo, ocultam na sua humidade para não
constranger almas como a minha, seria por demais dolorosa a imagem sagrada que
mostrasse a minha alma uma grandeza espiritual que muito se distanciaria da
minha atual condição de espirito.
Sofremos sim, nas fibras divinas
de nossa alma, os efeitos dolorosos das escolhas infelizes, quanto agredimos o templo
escola corpo físico, os efeitos que somos causa, se prolongam para além da existência
corpórea, nada de fogo eterno ou punição divina, em verdade , somos assistidos
pelos anjos celestiais que mencionei em minha narrativa, um campo de atuação de
almas generosas, instrutores, benfeitores, amparadores que se qualificam pelo
imenso manifesto de amor junto aos sofredores como eu, minhas dores hoje foram
beneficiadas por maior equilíbrio, a equipe espiritual deste trabalho, meu amigo,
é composta de guardiões, instrutores, médicos, enfermeiros, passistas, e sempre
que nos ofereça a oportunidade desta proximidade esse ponto de luz se amplia,
confundindo o céu com a terra, em muito mais luz ao clarear do dia.
Foi um grande momento de desabafo,
perceba, que não são mais lamentosos ais, sim já com um campo de maior harmonia
promovida pelos anjos celestes que nos assistem, anjos mencionados acima, nada
de asas! Mas, mãos estendidas e ativas na caridade, nada de luz ofuscante nos
constrangendo, sim vestes simples, brancas olhares amorosos corações em doação onde
a palavra de ordem, nos é ditado de pura caridade.
Não mais regiões sombrias, não mais
sofrimentos intermináveis, sim o despertar de uma esperança, antes ovelhas desgarradas
hoje, alma esperançosa quanto ao futuro como membros no aprisco do senhor.
Gratidão
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Antonio Carlos Tardivelli