segunda-feira, 30 de novembro de 2020

3 Existem anjos?

 


Eu diria que sim, mas não esses seres pintados pelos artistas talentosos, sim seres reais não oriundos da fantasia humana, embora ainda esteja experimentando os efeitos de minhas ações, estou em condições de trazer minha contribuição e receber, e isso já esta acontecendo, em minha alma que sofre, o balsamo da esperança que se renova.

Por certo que muito já foi dito ou escrito, entretanto do ponto de vista de qual viveu uma vida desregrada visitando todo tipo de escolha infeliz, na viciação, de diversos matizes quando fui desligado do corpo o padecimento natural e intransferível não foi em ambientes sombrios e escuros, longe da misericórdia divina, na minha analise dos meus sofrimentos, eles se deram em mim mesmo, como o autor da obra mal edificada, que experimenta por esse fato o ruir de sagradas convicções para um ambiente de angustias inenarráveis, que vão sendo amainadas ao longo de não sei quanto tempo, não se conta aqui como ai, é dimensão diferente, onde o sofrimento moral se  acentua de fato.

Como estar no corpo doente, despertas do sono reparador e confrontas vosso espirito nas provas de sofrimentos, uma pálida ideia do despertar enquanto espirito, já sem o templo qual vivencia-se as experiências de vida, por norte, para qualificar os anjos, julgo que faria injustiça se mencionasse seres mais próximos da divindade cuja atenção não me sinto digno, porém, a misericórdia tem contornos angelicais nas mães que acodem nossas almas  dementadas, investem tempo, renunciação, ajuda, orientação, acaso não seriam essas qualidades angelicais, tornadas a efeito em nossas existências?

Quisera ter compreendido o que hoje minha mente vê claramente, teria evitado todo sofrimento moral que passei e passo ainda, recordando em recortes as lembranças de todas as minhas faltas, principalmente junto aos anjos chamados pais, dedicados obreiros do senhor da vida que, com tanto zelo tentam nos socorrer os adoecimentos que nos impingimos, mas nossa rebeldia os afasta, nossa ingratidão não lhes reconhece o esforço caridoso.

Não consigo alcançar o proposito de aqui estar, pois por mim mesmo só posso ter conta de minha desventura, mas quando li a pergunta, existem anjos, pareceu-me uma pergunta, vieram a minha lembrança entre as lagrimas de arrependimento, meus pais, meu irmãos que tanto me apoiaram querendo que eu escolhesse melhor, com seus conselhos lúcidos enquanto cego por eu ego, “senhor da minha vida” assim afirmava prepotente!

Sinto como anjos, os seres que nos primeiros atendimentos a minha penúria, estendiam suas mãos na minha direção e nestes momentos de doação, o refrigério para as angustias de minha alma por meus mal feitos se amenizava, sinto como anjos bondosos os instrutores e amigos que por sincera sincronia com a verdade de mais de dois milênios a contar do seu surgimento, Jesus, o mestre de amor, que nas palavras destes anjos de bondade, me consolavam e recontavam com sabedoria, já que espíritos sentindo nossa imortalidade, a parábola da ovelha perdida, que era resgatada e os anjos do senhor então estendiam as mãos aconchegando as minhas, refazendo minha esperança de vida, e oferecendo em ambiente formatado por harmoniosos procedimentos, em preces, em pensamentos que se elevam, a vários movimentos dos dias, presentes do eterno para que voltemos nós ao aprisco do senhor.

Vejam, sintam, quantos anjos a providencia lhes coloca frente a frente com ilações ao vosso espirito , no confronto de valores quais devam ser alinhados com as leis do criador, dizem na bondade de seus corações, os instrutores, que chegarei eu alma misérrima, a reunir procedimentos de bondade e temperança, desde que, sob o lastro das presentes experiências doloridas em mim mesmo, proceda  de forma a renovar meu campo intimo e formar no meu campo mental condições de ser útil a outros que passaram a nosso lado, a ser necessitados a serem socorridos, como eu o fui, e sou, por aqueles aos quais chamo de anjos celestiais, sem as asas luminosas, não que não as possam ter ocultas, eu que na minha insignificância ainda não tenho as vistas de alma qualificadas para perceber suas grandezas espirituais, se bem que, os seguidores do cristo, ocultam na sua humidade para não constranger almas como a minha, seria por demais dolorosa a imagem sagrada que mostrasse a minha alma uma grandeza espiritual que muito se distanciaria da minha atual condição de espirito.

Sofremos sim, nas fibras divinas de nossa alma, os efeitos dolorosos das escolhas infelizes, quanto agredimos o templo escola corpo físico, os efeitos que somos causa, se prolongam para além da existência corpórea, nada de fogo eterno ou punição divina, em verdade , somos assistidos pelos anjos celestiais que mencionei em minha narrativa, um campo de atuação de almas generosas, instrutores, benfeitores, amparadores que se qualificam pelo imenso manifesto de amor junto aos sofredores como eu, minhas dores hoje foram beneficiadas por maior equilíbrio, a equipe espiritual deste trabalho, meu amigo, é composta de guardiões, instrutores, médicos, enfermeiros, passistas, e sempre que nos ofereça a oportunidade desta proximidade esse ponto de luz se amplia, confundindo o céu com a terra, em muito mais luz ao clarear do dia.

Foi um grande momento de desabafo, perceba, que não são mais lamentosos ais, sim já com um campo de maior harmonia promovida pelos anjos celestes que nos assistem, anjos mencionados acima, nada de asas! Mas, mãos estendidas e ativas na caridade, nada de luz ofuscante nos constrangendo, sim vestes simples, brancas olhares amorosos corações em doação onde a palavra de ordem, nos é ditado de pura caridade.

Não mais regiões sombrias, não mais sofrimentos intermináveis, sim o despertar de uma esperança, antes ovelhas desgarradas hoje,  alma esperançosa quanto ao futuro como membros no aprisco do senhor.

Gratidão

 

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Antonio Carlos Tardivelli