Deixemos que a vida flua por nossas palavras para que sejam construtivas em nós mesmos, para que no quando nos avaliemos, isso é inevitável, não sejam encontradas máculas, mágoas, egoísmo tornado ação no campo dos presentes de vida, naquilo que pensamos nosso, corpo, e que em verdade devolvemos ao pó da terra ficando nossa consciência no presente dado como vida além da vida.
Todos sabíamos disso, ouvíamos as
predicas, os alertas, os conselhos, falo nós porque na reunião familiar qual
renasci, tínhamos a mesma diretiva, ter poder, chegar ao cume na sociedade
sujeitando a servidão das nossas mesquinhas vontades, todos aqueles que sempre
julgamos inferiores a nós.
Bateu-se a nossa porta a procura
de ajuda? Não foi dada a reação devida! Dos deveres que se impunham urgentes dada a nossa posição de
poder realizar os benefícios sociais, ate isso nos negamos a realizar, dávamos desculpas
por intermináveis reuniões, ou simplesmente usávamos intermediários para que nos
escusassem as ausências e o não atendimento.
Na continuidade da posição em qual
nos encontrávamos, fomos semeadores da discórdia e da calunia fomentando revoltosos
junto a nossos adversários, furtamos das viúvas, os pobres eram tidos como
nossos serviçais inferiores, vejam, a lei é implacável, se auto aplica quando
encontramos a realidade em nossa definitiva realidade, na imortalidade, a consciência, nosso severo juiz nos cobra os feitos mal feitos, os desatinos, as influenciações
negativas .
De farta cultura, poderia ter sido
um ícone na condução do erário público, entretanto, servi-me como fosse proprietário
de bens e das pessoas, lançado ao desligamento pela morte física, ao auto
enfrentamento inevitável no tribunal da consciência, vi-me tal qual me fiz em egoísmo,
e lamentei, pois a vista dos meus feitos, se juntaram os efeitos comprometedores,
hoje, permitido esse relado, para que sirva de elemento ponderativo, se o quiserem, os homens públicos, embrenhados nos deveres como dirigentes no coletivo.
Fora do corpo juntei-me aos miseráveis
como eu em justa cobrança de consciência, a minha frente os quadros do
sofrimento imposto aos outros, aos pais de família que desagreguei tornando-os
infelizes, seus chorosos corações vinham ate mim como dardos a penetrar minhas
entranhas, nos hospitais os infelizes quais pela minha ganancia condenei a assistência
deficitária de igual forma só que me parecendo dardos incandescentes,
torturavam com dores inenarráveis minha miserável existência.
Frente a frente com a minha real condição
de espirito, e sendo somente digno de pena, ou nem isso, pois a auto condenação
vinha em toda vista dos efeitos de minhas ações, porque estão abrindo esse
espaço onde por fim, ao cobrar-me, já não me torturam os arrependimentos tardios?
Atingido pela misericórdia, dizem os instrutores sábios, pois sou uma das ovelhas que se desgarraram e
perdida no meu egoico ensejo, dentro das escolhas em afastar-me da dignidade em
vida, dos valores do caráter reto, da observância das leis naturais que
recebera esclarecimentos em vida, e posso ver agora, que terei uma nova oportunidade,
orem por mim, pois será em um corpo com inúmeras limitações.
Das dores que provoquei cada enfeito
levarei para o corpo disforme que devo ocupar pela sentença de minha própria consciência,
é justo, que como tive tudo agora me seja tirado tudo o que penso ter mesmo
agora, manterei dizem os instrutores, a consciência de mim mesmo, esquecida dos
males que provoquei, entanto ciente de que todas as limitações ao manifesto do
meu espirito é por alcance da justiça divina que me quer retornando ao aprisco.
Preciso por isso, que orem por
mim, coloquem-me no quadro dos espíritos que encarnarão para sua regeneração,
entre os que tem débitos enormes, já que a dor que provoquei devo sentir com
alguma intensidade nas dificuldades que experimentarei doravante.
Vossa prece, vosso desejo que
vosso amor chegue nas grandes aglomerações de sofredores, chegara ate mim como
balsamo fortalecedor, e poderei depois no corretivo que a encarnação promove, nas maculas auto impingidas ao corpo sutil que percebo claramente agora, a
cura, pelo purgar das negatividades produzidas.
Fui um político influente inconsequente,
se tivesse menor ego e mais amor, não chegaria a situação presente, de auto
resgate pela dor. Primeiro no encontro com minha realidade de espirito, depois
pelos efeitos causados pela minha má influência, sentindo na alma a vista dos
sofrimentos que fui causa, em seguida na minha necessidade de auto resgate, as implicações
das leis do criador para todos os que como eu se perderam em seus equívocos,
por fim, não uma punição, mas um encontro com os efeitos das minhas ações em
mim mesmo.
Vivi pela espada, devo
experimentar no campo de lutas morrer por ela, para poder entrar novamente no
campo espiritual qual me encontro em renovada condição repito, orem por mim!
Minha dor moral ainda continuará
até o entorpecimento da carne, mas ao retornar dizem os instrutores, visitarei
a paz acessando os anos de meditação e pensamentos voltados para o bem, já que
trarei na face sempre um sorriso, despertado pela esperança que será a marca inscrita no meu inconsciente da
vitória futura.
Sintam, tenho dores, mas ainda
assim sou um ser feito pelo amor, a cura é inevitável, o alcance da misericórdia também, mas necessito de ajuda,
o socorro de preces será o item fortalecedor para minha alma adoentada.
Gratidão por agora
A lei é clara, portanto, que a
bondade neste lugar possa ser multiplicada em recebimento da misericórdia e
amor divino, que certamente a bondade sempre compartilha, por ser bondade,
simples assim.
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Antonio Carlos Tardivelli