Embora todos possam argumentar
sobre o que é ser livre, é na auto pacificação quanto se determine nela estar,
que as escolhas que fazemos são em plena liberdade, nada nos aprisiona quando
pacificados, os medos são substituídos pela coragem de enfrentar os dissabores,
não nos paralisa mais ideias ou ideais que estejam em outros campos mentais,
por mais intelectualizados que sejam, muita vez na prepotência, se auto aprisionam
num falso saber, quando a abrangência se limita aos campos da própria percepção
no transito pelos fatos de vida.
Neste caso, nada transcende ao próprio
ego limitante, mas mesmo assim se o espirito decide assim permanecer, é por sua
escolha que sua consciência não atingirá progressivos campos de melhor compreensão,
e sua liberdade se circunscreve ao campo de sua percepção sobre si mesmo, vendo
o quadro parcial na sua liberdade de escolha, estacionário, vivencia vários
elementos de dor moral, já que nossas ações produzem reações em graus de intensidade
distintos segundo nossas escolhas, cujos efeitos submetidos as leis divinas, mesmo que limitados por nós mesmos da
liberdade plena de consciência que nos remete a acertos em próprio benefício.
No campo do sentimento, nos permitimos
equívocos, quando das reavaliações pelo pensar mais lucido recebe resistência da
preguiça mental, onde por escolha nos situamos, sem pensar no que sentimos e
quais as causas em nós mesmos, deixamos para traz formações conceituais mais
seguras tendo em vista que para estarmos pacificados, a clarificação em nossas
posturas dentro de um quadro ponderado em bom senso deve ocupar o quadro de
nossas rotineiras expressões, já que os juízes, avaliadores de acerto e erro
somos nós mesmos, e somente existe acerto e erro quando a escolha é movimento!
Se nos enveredamos pelo caminho
de mágoas constantes, sem o uso da razão, que vai fomentando nossa liberdade de
espirito, trazemos consequentes resultados danosos, primeiro para auto
potencializar angustias dimensionando-as maiores do que realmente são, sem o reconhecimento da causa o abismo das ilusões que criamos se amplia, e diante
delas se a magoa nos envenena o caminho, nossa liberdade fica circunscrita ao
circulo egoico, onde somente a descoberta do desprendimento como virtude pode
abrir uma porta para que a outras concepções nosso espirito se permita em maior
abertura.
Assim, o bem e o mal que nos
acompanha na trajetória física, nos permite um campo de ação para nos situar no
desenvolvimento de lucides, quanto aos deveres desde nossa criação com relação a
nós mesmos, no universo não existe acaso nem privilégios, existe Deus, nos céus, que tudo
fez e os princípios inteligentes que somos nós os espíritos imortais gerados
por sua soberana vontade, essa consciência de Deus, na compreensão de suas leis
eternas, nos conduz ao pleno exercício de auto pacificação em liberdade plenificada, quando nos situamos
em nossa consciência presente, como fieis observadores das mesmas no máximo de
nossa capacidade discernitiva, que aliás, segue junto com a lei de progresso, indesviável,
em um avançar continuo na melhor compreensão.
Na fala do apostolo dos gentios,
onde ele assevera que quando “criança pensava como criança” alertando ali o
digno emissário do Cristo o processo progressivo de desenvolvimento de nossa consciência
sobre nós mesmos, já que atingindo a maturidade espiritual, mais pacificados,
irradiando essa condição intima por escolhas arbitradas, nos tornamos aptos para
ver Deus, primeiro em sua obra, depois observar em suas leis todos os caminhos possíveis
de evolução em nossa melhor compreensão de vida, atingindo a perfeição dita
pelo Cristo, “sede perfeitos como vosso pai celestial é perfeito” não vos
parece logico no bom senso que nossa liberdade de escolha se torna lucida e
coerente com valores transcendentes?
Qual seria pois o valor de tal transcendência
senão a fixação daquilo que em síntese Jesus, nosso amado mestre, dispôs como
seu reino em nós mesmos, na especificação deste reino esta a nossa capacidade
de escolher pacificados, permanecer nele realizando os propósitos de vida
agendados pela providencia.
Nos amparando em um lar que nos
abriga na infância discernitiva, física, esperando o ser maduro surgir já com
suas aquisições temporais de outras dimensões de vida, e amparados neste reino
em nós mesmos, orientados por suas disposições instrutivas, laboramos esse
reino em nós mesmos, reunindo tesouros celestiais, que não são transferíveis,
podem ser compartilhados em seus efeitos, mas os possuidores são aqueles
capazes de depois do processo evolutivo em sua pacificação, se tornarem
pacificadores nas escolhas frente as influenciações possíveis ao campo da convivência,
sem impor suas conceituações mais precisas, compreendendo que no seu passado
remoto ou bem próximo passou pelas mesmas condições de parcial compreensão da questão
do livre arbítrio.
Trazemos pois amado filho, considerações
segundo a nossa vista de nós mesmos, estamos por conta deste ministério de amor
( a mediunidade) exercitando nossa liberdade de escolha de estar diante de vós
outros, almas que acessam nossas ponderações, a conta de mil por mês, pela
contagem do nosso amigo e instrumento neste trabalho, que via de regra restaura
em nosso ser muito movimento de auto pacificação também, pois so podemos
oferecer no serviço mediúnico os elementos conceituais que já laboramos, se
assim não for feito, as palavras passam a ser somente palavras, que podem
segundo o talento natural no desenvolvimento deste contato com elas, laborar
quadros em ilusões, por isso, por nossa conta nas escolhas que livremente
realizamos, alertamos para sujeitar a razão toda ponderação nossa, se podeis
acrescentar ainda a elas vossos valores muitos podem se beneficiar na aplicação
dos vossos deveres perante a vida.
Sempre é dando que se recebe.
Perdoando que se é perdoado
Deitados a terra, devolvendo a
ela seus elementos físicos
Vemos em nós mesmos a verdade que
a vida continua sempre
No amor de nosso Pai criador, “Pai
nosso”, no dito instrutivo do Cristo
Onde todos nós nos igualamos como
filhos do altíssimo, portanto todos irmãos em mesma origem sagrada por ser
divina.
Gratidão
Autores espirituais
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Antonio Carlos Tardivelli